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Hans Ulrich Obrist: Entrevistas Brasileiras

No IMS Paulista

Conversa

Com Anna Bella Geiger e Antonio Manuel. Mediação de João Fernandes

Quando

3 de dezembro de 2019, terça, às 19h

Entrada gratuita

Lugares limitados. Mais informações em Como participar.

IMS Paulista

Cineteatro
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

Por ocasião do lançamento do livro Hans Ulrich Obrist – Entrevistas brasileiras vol. 1, publicado pela Editora Cobogó, os artistas plásticos Anna Bella Geiger e Antonio Manuel se reunirão com o diretor artístico do IMS, João Fernandes, para conversar sobre o trabalho do curador Hans Ulrich Obrist que viaja pelo mundo há 30 anos gravando suas conversas com artistas e pensadores sobre temas que extrapolam as artes visuais e alimentam discussões sobre a criatividade, a inventividade e a construção do futuro, da cultura e da sociedade.

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Sobre o autor

Hans Ulrich Obrist é curador e historiador da arte. Nasceu em Zurique, na Suíça, em 1968. Atualmente, é diretor artístico da Serpentine Gallery, em Londres. Nos últimos trinta anos, atuou como curador independente, além de ter sido curador do Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris. Organizou mais de cem mostras internacionais, como Utopia Station, na 50ª Bienal de Veneza (2003), e Cities on the Move (1999), uma exposição multidisciplinar e itinerante que teve origem em Bangkok, na Tailândia. É autor de The Interview Project, em que faz o registro de entrevistas com artistas e intelectuais de vários países sobre diferentes áreas do conhecimento. Uma vasta seleção dessas conversas com pensadores do mundo todo encontra-se na coleção Hans Ulrich Obrist – Entrevistas, publicada pela Editora Cobogó em seis volumes, entre 2009 e 2012.

Capa do livro Hans Ulrich Obrist – Entrevistas brasileiras vol. 1, publicado pela Editora Cobogó
Capa do livro Hans Ulrich Obrist – Entrevistas brasileiras vol. 1, publicado pela Editora Cobogó

Sobre os participantes

Anna Bella Geiger nasceu em 1933, no Rio de Janeiro. A arte abstrata marcou os primeiros trabalhos da artista carioca, que tratou mais tarde do tema no livro Abstracionismo geométrico e informal: a vanguarda brasileira nos anos cinquenta (1987), organizado junto com o curador Fernando Cocchiarale, que foi seu aluno e com quem trabalhou em diversas ocasiões. No livro, os dois analisam a implementação, o desenvolvimento e a crise da linha plástica por meio da compilação de entrevistas e textos escritos por diferentes artistas, poetas e críticos entre 1949 e 1969. Anna Bella começou seus estudos artísticos na década de 1950, no ateliê de Fayga Ostrower (1920-2001), considerada a maior expoente do abstracionismo informal no Brasil. Com formação em Língua e Literatura anglo-germânicas, Anna Bella frequentou aulas de História da Arte no The Metropolitan Museum of Art, cursos na New York University e na New School for Social Research. Nos anos 1960, produziu o que foi chamado de “fase visceral”, com a representação fragmentada do corpo como referência ao mapa do microcosmo. Em 1972, sua obra foi marcada pelo uso de diferentes poéticas e a exploração de novos materiais, passando pelo uso de fotografia, fotogravura, xerox, super-8 e vídeo, como registrado na instalação Circumambulatio (1972). Alguns anos depois, a vida indígena foi retratada na obra Brasil nativo-Brasil alienígena (1977), formada por nove pares de cartões-postais. Outro importante tema de seus trabalhos é a cartografia e a noção de limites de territórios culturais baseados em fronteiras geográficas, como pode ser visto na série Fronteiriços, dos anos 1990, com o uso de diferentes materiais, como a encáustica. Em 2018, seus trabalhos estiveram em exposições individuais e coletivas no Brasil, na Argentina, na Bélgica, nos Estados Unidos, e na exposição Radical Women, Latin American Art, apresentada no The Brooklyn Museum, em Nova York, e na Pinacoteca de São Paulo.

Antonio Manuel nasceu na cidade de Avelãs de Caminho, em Portugal, em 1947. Escultor, pintor, gravador e desenhista, chegou ao Brasil em 1953, no Rio de Janeiro, onde mora atualmente. Estudou na Escolinha de Arte do Brasil (EAB), frequentou o ateliê de Ivan Serpa e foi ouvinte da Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Na década de 1960, sua trajetória foi marcada pela atuação política e performática. Usou como suporte para seus primeiros trabalhos o jornal e sua matriz para a impressão, o flã. Fez interferências nas páginas e distribuiu os jornais em bancas com notícias inventadas como se fossem autênticos. A partir de 1965, participou de salões de arte e bienais. Em 1968, integrou a exposição Apocalipopótese, na qual apresentou Urnas quentes, que consistiam em caixas de madeira lacradas para serem arrebentadas em público, com textos e imagens de violência recortados de jornais, numa época de repressão política e censura dos meios de comunicação. Em 1970, o artista apresentou a proposta de usar o próprio corpo no Salão de Arte Moderna, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), mas ela foi recusada. Como forma de questionar os critérios de seleção, fez a obra O corpo é a obra, entrando no museu nu na noite da abertura da exposição. Entre seus filmes de curta-metragem, estão Loucura & Cultura (1973), Semi-ótica (1975) e Arte hoje (1976). Dos anos 1980 em diante sua marca foi a pintura de matriz construtiva. Optou pela abstração geométrica e começou a pintar em tela com texturas. Em 1994, fez a primeira versão da instalação Fantasma, com carvões suspensos por fios de náilon e uma foto da violência no Rio, com o desafio de levar o público à reflexão sobre o contexto social e político do país. Em 2017, fez uma exposição individual na Cassia Bomeny Galeria, no Rio de Janeiro, celebrando seus 50 anos de carreira.

João Fernandes é diretor artístico do IMS. Por seis anos foi subdiretor do Museu Reina Sofía, de Madri e entre 2003 e 2012 dirigiu o Museu de Serralves, no Porto. Em 2018, a revista ArtForum, o incluiu junto com Manuel Borja-Villel, diretor do Reina Sofía, como uma das 100 pessoas mais importantes no cenário artístico mundial.


Como participar

Quando
3 de dezembro de 2019, terça, às 19h

Entrada gratuita, com distribuição de senhas 1 hora antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.


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