Estação 3
Do outro lado da câmera
Nas imagens feitas a partir dos anos 1940, quando a presença de fotógrafos se tornou mais assídua no Xingu, uma cena se repetia: a do indígena com uma câmera. O gesto surgia em contextos variados – desconfiança, curiosidade, descontração –, mas com uma constante: não havia registro de imagens produzidas pelos indígenas.
Esse cenário começou a mudar em fins do século XX, a partir de ações como o projeto Vídeo nas Aldeias, que ofereceu formação audiovisual a gerações de indígenas. Nesse período, as câmeras também circulavam por iniciativa dos próprios xinguanos, que registravam o dia a dia nas aldeias.
Hoje o Xingu é um dos principais polos do audiovisual indígena no Brasil, com ênfase na linguagem documental. Os filmes comissionados, distribuídos ao longo da exposição, abordam temas centrais dessa produção: a preservação da memória e a valorização das culturas, a luta por direitos e a defesa do meio ambiente.
Audiodescrição

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