Idioma EN
Contraste

Coleção de DVDs

A batalha de Argel

A batalha de Argel descreve eventos decisivos da guerra pela independência da Argélia, marco do processo de libertação das colonias europeias na África. A ação concentra-se entre 1954 e 1957 (a guerra só terminaria em 1962), mostrando como agiam os dois lados do conflito: enquanto o Exército francês recorria à política de eliminação e à tortura, a Frente de Libertação Nacional (FLN) desenvolvia técnicas não convencionais de combate baseadas na guerrilha e no terrorismo. A narrativa mistura técnicas de documentário e de ficção. “O filme começou na prisão, eu condenado à morte” – conta Saadi Yacef, produtor e autor do relato autobiográfico que inspirou o roteiro. “Vivíamos a descolonização, a época em que o colonizado decidiu ser mestre de seu destino. Um dia fui preso e condenado à morte. E, quando se está sozinho numa cela, tenta-se preencher os dias. Eu fazia filmes na cabeça. Lembrava do que vivi antes de ser preso.” Beneficiado com um indulto, transferido para uma prisão francesa, Saadi escreveu um livro de memórias, Souvenirs de la Bataille d’Alger. Libertado em 1962, foi para a Itália, buscar um diretor e um roteirista capazes de traduzir seu livro em linguagem cinematográfica: Gillo Pontecorvo, o realizador de Kapò, e Franco Solinas, autor do roteiro de O bandido Giuliano.

    Gillo Pontecorvo

  • Título Original: La bataille d’Alger La battaglia di Algeri
  • Ano: 1965-1966
  • Duração: 121 min. aprox.
  • Idiomas: Árabe, Francês
  • Formato de tela: 4:3
  • Cor: Preto e Branco
  • Legenda: Português
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Países: Argélia, Itália
  • Elenco: Brahim Haggiag, Jean Martin, Saadi Yacef, Samia Kerbash e Fusia El-Kader
  • Informações adicionais / Extras:

    Depoimento de Yacef Saadi a José Carlos Avellar (gravado em 2005). Livreto “A verdade 24 vezes por segundo”, com análise crítica por José Carlos Avellar.

    Sobre o diretor:
    Diretor e roteirita, Gillo Pontecorvo (Itália, 1919-2006) dirigiu filmes por mais de uma década antes de realizar A batalha de Argel, seu filme mais conhecido. Dentre seus outros trabalhos estão Kapò (1960) e Burn! (1969). Realizou cinco filmes de ficção dentro de uma filmografia construída principalmente em torno do cinema documentário. No início de sua carreira como cineasta, Pontecorvo foi assistente de Yves Allégret, Mario Monicell, Francesco Maselli e Cesare Zavattini. Dentre muitos outros prêmios, A batalha de Argel recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1966.

DVD A Pirâmide Humana e Cocorico! Monsieur Poulet

A Pirâmide Humana e Cocorico! Monsieur Poulet

Em A pirâmide humana, a chegada de uma jovem estudante francesa à cidade de Abidjã, na Costa do Marfim, é o ponto de partida para uma experiência provocativa. Rouch reúne dois grupos de alunos de uma mesma escola, europeus e africanos, e propõe um filme sem qualquer roteiro, totalmente improvisado.

Cocorico! Monsieur poulet é um mergulho na ficção. Inicialmente pensado como um documentário sobre o comércio de galinhas em Níger, o filme transformou-se radicalmente a partir do momento em que o cineasta decidiu compartilhar a realização com seus dois intérpretes, Damouré Zika e Lam Ibrahima Dia. O carro em que viajam, um pequeno furgão sem portas, freios ou documentos, é um personagem à parte.

    Jean Rouch

  • Título Original: La Pyramide Humaine / Cocorico! Monsieur Poulet.
  • Ano: 1961 / 1975
  • Duração: 90 min / 94 min aprox.
  • Idioma: Francês
  • Formato de tela: 4:3
  • Cor: Colorido
  • Legenda: Português
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • País: França
  • Elenco: Nadine Baillot, Denise Dufour, Jacqueline, Dany, Elola, Alain, Raymond, Jean-Claude Dufour, Baka, Landry, Dominique, e os alunos do Liceu de Abidjan / Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia, Tallou Mouzourane, Claudine e Baba Nore
  • Informações adicionais / Extras:

    Entrevista de Jean Rouch para Enrico Fulchignoni [1980, 11 min]. Livreto com textos de João Moreira Salles, Marcel Martin e um depoimento de Jean Rouch.

    Sobre o direitor:
    Nascido em Paris, na França, Jean Rouch (1917-2004) formou-se em engenharia civil e foi trabalhar em obras públicas na África. Ali, tomou contato com os mistérios das religiões africanas e decidiu estudar etnografia. Cineasta e etnólogo, é um dos maiores representantes e teóricos do cinema direto e pioneiro dos filmes etnográficos. Morre em Birni-N´Konni, em Níger.

As Praias de Agnès

“Se você abrir uma pessoa, irá achar paisagens. Se me abrir, irá achar praias”. Na areia de uma praia, Agnès Varda dispõe espelhos que refletem o mar e também seu rosto – ponto de partida para uma viagem autobiográfica em que se alternam documentário e ficção. “É uma idéia engraçada, entrar em cena, filmar um autorretrato quando se tem quase 80 anos”. A ideia surgiu um dia na praia em Noirmoutier (onde ela filmou, em 2006, Quelques Veuves de Noirmoutier). “Percebi que outras praias tinham marcado a minha vida. As praias se tornaram um pretexto e sequências do filme. Eu queria passar para meus parentes e conhecidos algumas histórias e algo de meu trabalho ao longo de minha jornada de vida. E mais, queria voltar o espelho para os outros, para aqueles que me formaram, aqueles que conheci, as pessoas que amei.”

    Agnès Varda

  • Título Original: Les plages d'Agnès
  • Ano: 2008
  • Duração: 110 min. aprox.
  • Idioma: Francês
  • Formato de tela: 16:9
  • Cor: Colorido
  • Legenda: Português
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • País: França
  • Informações adicionais / Extras:

    Livreto com o ensaio "Autoficções e cinema", de Claire Boyle.

    Sobre a diretora: Agnès Varda
    Nascida em Bruxelas, na Bélgica, em 1928, radicou-se na França. Seu primeiro filme, La Pointe Courte (1955) traz muitas das características que adiante iriam marcar as realizações da Nouvelle Vague. Entre filmes longos e curtos, tanto para o cinema quanto para televisão, sua filmografia conta com pouco mais de 40 títulos, dentre os quais Cléo das 5 às 7 (1962), Black Panthers (1968); Lions Love (1969) e Les Glaneurs et la glaneuse (2000).

A Tristeza e a piedade

A tristeza e a piedade, cronica de uma cidade francesa sob a Ocupação – Clermont-Ferrand, 134 mil habitantes, a 387 quilômetros de Paris e a 59 quilômetros de Vichy, entre 1940 e 1944. Montagem de fragmentos de cinejornais e depoimentos de gente da cidade e de políticos; militares alemães, ingleses e integrantes da Resistência Francesa; simpatizantes e colaboracionistas. Marcel Ophuls analisa tanto o processo da memória quanto os próprios acontecimentos da guerra.

Em um encontro com estudantes, em abril de 1979, Marcel Ophuls começou a sua fala da seguinte forma: “A ideia de que um filme demonstra algo resulta de um mal-entendido. Não quis demonstrar algo, quis apenas mostrar. Um filme não demonstra, simplesmente mostra. O cinema é um instrumento excepcional para descrever e interpretar a realidade tal como nós a percebemos, através de fatos e de gestos precisos.”

O DVD é acompanhado por um livreto com texto crítico de Naomi Greene, professora emérita de francês e cinema da Universidade da Califórnia, e traz como extra uma entrevista de Marcel Ophuls a Perry Wolff, produtor de documentários, feita em 1972 para a CBS, canal de TV americano.

    Marcel Ophuls

  • Título Original: Le Chagrin et la pitié - Chronique d'une ville française sous l'occupation.
  • Ano: 1969
  • Duração: 251 min. aprox.
  • Idiomas: Alemão, Francês, Inglês
  • Formato de tela: 4:3
  • Cor: Preto e Branco
  • Legenda: Português
  • Classificação indicativa: Livre
  • Países: Alemanha, França, Suíça
  • Informações adicionais / Extras:

    Entrevista de Marcel Ophuls a Perry Wolf  [1972, 48 min.]. Livreto "O retorno do reprimido", ensaio de Naomi Greene.

    Sobre o diretor:
    Nascido na Alemanha e naturalizado francês, Marcel Ophuls (Frankfurt, 1927) iniciou a carreira como assistente de diretores como Anatole Litvak e seu pai, Max Ophüls (Lola Montés, 1955). Antes de A tristeza e a piedade, Marcel Ophuls realizou uma série de filmes para a TV alemã e uma série de longa-metragens de ficção e documentário dentre os quais Hotel Terminus: The Life and Times of Klaus Barbie (1988). Seus dois últimos filmes foram uma biografia de Max Ophuls, Max par Marcel (2009), e uma autobiografia, Un voyageur (2013).