Blog do Cinema
Medo do corpo humano
Quem quiser ter a dimensão do obscurantismo moral, político e cultural em que o Brasil se afundou nos últimos anos deve assistir a Quem tem medo?, documentário que registra e discute casos de censura, hostilidade e agressões a obras e espetáculos artísticos desde 2017, com ênfase nos anos Bolsonaro.
O império dos sentidos
“Entender” uma obra, apreendê-la intelectualmente e explicá-la em linguagem verbal, nem sempre é o caminho. Ganhará o espectador que se deixar levar pelo fluxo de sensações levantado com o desconcertante Memoria, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, em cartaz nos cinemas do IMS. (José Geraldo Couto)
A invenção da verdade
Por um capricho do acaso estão em cartaz três filmes brasileiros que borram as fronteiras entre gêneros e, sobretudo, entre realidade e ficção. São eles o carioca O Rio de Janeiro de Ho Chi Minh, o pernambucano Seguindo todos os protocolos (destaque, nos cinemas do IMS) e o mineiro Rua Guaicurus.
Vida frágil
Dois filmes bem diversos com algo em comum (ambos programados nas salas do IMS): O acontecimento, de Audrey Diwan, e Os primeiros soldados (foto), de Rodrigo de Oliveira, abordam a luta desesperada de indivíduos para manter o controle do próprio corpo, da própria vida, numa situação pesadamente adversa.
Corpo livre, corpo cativo
Vistos em conjunto, os filmes de Helena Ignez como atriz ou diretora são uma ode à liberdade do corpo, em especial do corpo da mulher. Uma amostra desse cinema libertário está acessível de graça na internet, por um mês. Apenas três filmes, mas sintetizam sua postura e sua arte.