Blog do Cinema
Corpo livre, corpo cativo
Vistos em conjunto, os filmes de Helena Ignez como atriz ou diretora são uma ode à liberdade do corpo, em especial do corpo da mulher. Uma amostra desse cinema libertário está acessível de graça na internet, por um mês. Apenas três filmes, mas sintetizam sua postura e sua arte.
Inimigos declarados
Amigo secreto, de Maria Augusta Ramos, que acompanha jornalistas investigando as entranhas da Operação Lava-Jato, se desdobra numa leitura da história brasileira recente. No documentário, em cartaz nos cinemas do IMS, o conluio do lavajatismo com o bolsonarismo é exposto em palavras e imagens.
Cinemas do IMS: 14 a 30/6/22
Grades clicáveis com todos os filmes em cartaz nos cinemas do IMS Paulista e do IMS Rio na segunda quinzena de junho de 2022. Além da mostra Bixaria Negra: o cinema de Marlon Riggs e do Festival Varilux de Cinema Francês, estão programados filmes como Mariópolis (destaque).
Fogueira das vaidades
Um romance da grandeza de Ilusões perdidas, de Balzac, tem tudo para intimidar quem queira levá-lo ao cinema. O francês Xavier Giannoli enfrentou o desafio com um misto de reverência e altivez – e se deu bem. Seu filme dialoga com o livro sem passar vergonha, o que não é pouco. (José Geraldo Couto)
Sexo subversivo
Pode um filme condensar toda a loucura e o absurdo do mundo contemporâneo? Provavelmente não, mas o romeno Má sorte no sexo ou Pornô acidental, de Radu Jude, chega bem perto. Também em cartaz nos cinemas do IMS, uma bela obra renascida das cinzas: Amigos de risco, longa de estreia do pernambucano Daniel Bandeira (foto).
As revistas de junho
Línguas desatadas, de 1989 (foto), é um dos destaques da mostra Bixaria Negra – O cinema de Marlon Riggs, em cartaz nos cinemas do IMS em junho. As revistas de programação do mês trazem a lista completa dos filmes da mostra e do restante da programação, com datas e horários, além de ensaios.
Felicidade miúda
Um pequeno grande filme corre o risco de passar batido. Sua força está justamente em sua aparente singeleza, em sua poesia discreta. Estou falando de A felicidade das coisas, longa-metragem de estreia de Thais Fujinaga, premiado no festival Aruanda e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.