Um mergulho em processos artísticos que têm como característica a forte conexão com o território. Nesta imersão, o grupo será convidado a experimentar vivências propostas pelo curador Osmar Paulino e três artistas de diferentes localidades da metrópole fluminense.
Realização
O módulo II Arte, corpo e metrópole será desenvolvido através da metodologia da Pedagogia da Convivência, que tem na capacidade de construção de sociabilidade de sujeitos oriundos de favelas e periferias uma de suas potências. Desta maneira se constrói um espaço de aprendizagem que se dá no encontro entre os corpos, na fala daquilo que é o objeto de estudo e orientado pelas vivências e práticas das periferias e favelas. Como metodologia epistemológica adotaremos a episteme periférica, uma vez que além de sua riqueza representativa, a mesma nos oferece a condição de tornar a formação mais fluida.
Serão oferecidos encontros presenciais com artistas mediadores em 5 localidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo 4 encontros no horário das 13h às 16h e 1 encontro de 09h às 12h, que contabilizam carga horária total de 15 horas.
Mediador
Osmar Paulino
Pai do Lucca, curador, pesquisador e escritor. Fundador e diretor criativo do FAIM Festival, coordenador de cultura da Uniperiferias. Participou dos livros "Quilombo do Lima" produzido pela Flup e editado pela Malê, "O chão que pisamos" produzido pelo Museu de Arte do Rio e para a Revista Periferias, além de contribuir para a Folha de São Paulo. Já ministrou palestras e aulas sobre imagem, cultura, e poder. É membro do grupo de pesquisa Afrovisualidade: estética e políticas negras.
Artistas propositores
Gabriella Marinho
Natural do Jardim Catarina, município de São Gonçalo, Gabriella foi criada por mulheres pretas que a introduziram ao mundo das artes a partir das suas vivências cotidianas. Artista plástica e jornalista especializada em Literaturas Africanas reflete sua existência a partir do espaço, subjetividade e corporeidade usando o barro como ponto de partida material e filosófico. Seus trabalhos carregam cores e formas que fazem alusão a natureza e seus elementos, utilizando linguagens como escultura, pintura, poesia, fotografia e audiovisual.
Beto Oliveira
Documentarista, ativista e artista visual manauara, lgbtqia+. Atua há seis anos na fotografia e é mestrando em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas. Idealizador de A Margem do Rio, projeto que resgata a herança dos povos ancestrais que habitaram a Amazônia. O principal intuito do projeto é catalogar e documentar as atividades que fazem parte do cotidiano dos povos amazônicos, valorizando os registros das técnicas de cultivo do plantio dessas comunidades.
Rona
Multiartista, nascido e criado no Morro dos Pretos Forros, na Boca do Mato/Lins de Vasconcelos, onde ainda reside e tem seu ateliê, gÁz. Suas maiores influências visuais são a Folia de Reis, as Escolas de Samba e o Candomblé, onde é iniciado. Pinta as histórias que inventa e leva para outros campos como a dramaturgia,a videoarte, fotoperformance e performances, além de ser cenógrafo, figurinista e diretor de arte.
Onde
Rio de Janeiro
Formato: presencial
Território: Leste Fluminense, Baixada Fluminense e cidade do Rio de Janeiro
Duração: 15 horas.
Vagas: 15
Perfil: pessoas artistas, agentes culturais e atuantes em curadoria que sejam residentes em periferia ou tenham origem periférica