IMS Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ
CEP 22451-040
Visitação
Exposição encerrada.
De 29 de janeiro de 2010 a 18 de abril de 2010
Horário
De terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h
Contato
(21) 3284-7400
Curadoria
Leslie Bethell
Na Internet
#CharlesLandseerIMS
Imprensa
(11) 3371-4455
comunicacao@ims.com.br
Charles Landseer (1799-1879) foi o artista oficial da missão diplomática britânica chefiada por sir Charles Stuart, que partiu de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 1825, a fim de negociar o reconhecimento por parte de Portugal do recém-independente Império brasileiro. Após quase dez meses no Brasil, a missão retornou à Inglaterra, em 1826, com escalas em Lisboa e nos Açores.
Durante os três meses que passou em Portugal, na primeira etapa da viagem, Landseer realizou mais de 90 desenhos e aquarelas. O artista se interessou, sobretudo, pelos mosteiros, igrejas, palácios, castelos de Lisboa e das localidades vizinhas, assim como pelo povo nas ruas lisboetas: marinheiros, barqueiros, camponeses, trabalhadores, mendigos, padres e monges.
Nos cinco meses em que ficou no Rio de Janeiro, Landseer produziu mais de uma centena de desenhos e aquarelas. Nessa cidade, foi a natureza tropical – a baía de Guanabara e suas ilhas, o Pão de Açúcar e o Corcovado, as praias de Botafogo e Copacabana, a floresta da Tijuca e a Mata Atlântica – o que mais o impressionou, assim como a escravidão urbana – os cativos africanos que trabalhavam como criados domésticos, carregadores e artesãos de todo tipo.
Landseer também acompanhou Stuart em viagens pelo litoral do Brasil, ao norte e ao sul do Rio de Janeiro, registrando vistas e moradores das cidades por onde passou: Recife e Olinda, Salvador, Vitória, Desterro (atual Florianópolis), Santos e São Paulo. Por fim, na viagem de regresso à Inglaterra, fez ainda vários desenhos dos Açores e de sua população.
Charles Landseer é considerado um dos mais importantes dentre os muitos artistas europeus que visitaram o Brasil nas duas décadas posteriores a 1808 – como Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Thomas Ender, Johann Moritz Rugendas, Augustus Earle e seu companheiro de viagem na missão Stuart, o botânico William John Burchell.
Embora jovem e inexperiente, ele havia recebido rigorosa formação de seu pai, o gravador John Landseer, e de professores particulares, além de ter frequentado a Academia Real em Londres. Os mais de 300 desenhos (a lápis, tinta e carvão) e aquarelas realizados durante a missão Stuart, guardados em um grande caderno de desenhos, são um tributo à seriedade e à diligência com que realizou suas tarefas de artista oficial. Além da qualidade artística das obras, seu trabalho apresenta enorme interesse iconográfico para historiadores de Portugal e do Brasil no início do século XIX.
De volta à Inglaterra, sir Charles Stuart insistiu em ficar com o caderno de desenhos de Landseer, alegando sua condição de chefe da missão. O caderno permaneceu então sob a guarda da família Stuart, no castelo de Highcliffe, por quase um século. Somente em 1926 seria adquirido pelo empresário e colecionador carioca Guilherme Guinle. Antes de morrer, em 1960, este presentearia o que se tornara conhecido como Álbum Highcliffe ao sobrinho, o banqueiro Cândido Guinle de Paula Machado. Em 29 de abril de 1999, leiloado na casa Christie’s, em Londres, o álbum foi arrematado pelo Instituto Moreira Salles.
Esta exposição inclui cerca de metade dos desenhos e aquarelas feitos por Charles Landseer em Portugal e no Brasil em 1825-1826.
Leslie Bethell
Curador













Nesta palestra, o curador Leslie Bethell apresenta a exposição e conta como os desenhos e aquarelas de Landseer retornaram ao Brasil, mais de um século depois de terem sido feitos.
Exposição encerrada.
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