Sobre o filme, selecionado pelo Festival de Locarno, conta João Rui Guerra da Mata: “Vivi parte da minha infância em Macau. Foram tempos de fascínio e aventura. Trinta anos depois, voltei para lá com o João Pedro Rodrigues para filmarmos A última vez que vi Macau. O João Pedro só conhecia Macau pelos filmes e livros. Mostrei-lhe o Mercado Vermelho: os gestos, a rotina banal dos trabalhadores, os cheiros, as cores… o sangue. E outra vez o fascínio, a aventura. E a descoberta de um mundo que resiste, que o Ocidente esqueceu ou evita mostrar. Assim surgiu Alvorada vermelha, entre a vida e a morte, o real e a ficção. Entre animais decepados e sereias, mulheres-peixe que não usam sapatos porque não têm pés.”