Ernest Cole, um fotógrafo sul-africano, foi o primeiro a expor os horrores do apartheid para uma audiência global. Seu livro House of Bondage, publicado em 1967, quando ele tinha apenas 27 anos, o levou ao exílio em Nova York e na Europa pelo resto de sua vida. O indicado ao Oscar Raoul Peck narra suas andanças, seu ativismo como artista e sua raiva diante do silêncio do mundo ocidental frente aos horrores do regime do apartheid. Ele também conta como, em 2017, 60 mil negativos supostamente perdidos do trabalho de Cole foram descobertos no cofre de um banco sueco.
“Eu estava em Berlim, com 17 anos, na universidade, quando vi pela primeira vez as fotografias de Ernest Cole sobre a África do Sul”, conta Raoul Peck em entrevista ao portal POV Magazine. “Berlim era uma cidade muito politizada naquela época, o lar de todos os movimentos de libertação. O ANC, o movimento anti-apartheid, estava lá. Todos nós trabalhávamos juntos. Eu era um dos mais jovens, mas havia anciãos que me acolheram e me formaram politicamente. As fotos de Cole estavam sobre a mesa onde nos reuníamos para fazer panfletos e escrever artigos. Eu era fotógrafo naquela época, então ele fazia parte do meu mundo.”
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“Quando comecei a trabalhar em I Am Not Your Negro, James Baldwin era considerado ultrapassado. Meu trabalho como cineasta é dizer: ‘Não, essas são pessoas que devemos respeitar’. O trabalho de Cole era importante, como o de Baldwin – ele mudou vidas.”
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“Ele sofreu por estar no exílio. Esse é o ponto central. Quando chegou à América, ele não queria ser um fotógrafo negro. Queria ser um fotógrafo. O ídolo dele era Cartier-Bresson. Como ele, queria ir a todos os lugares, capturar histórias, rostos, situações. Essa era a liberdade que achava que merecia. E não conseguiu. Ele dizia: ‘Não quero me tornar um cronista da miséria’. Isso é profundo.”
Entrevista do diretor Raoul Peck ao portal POV Magazine (na íntegra, em inglês) ►

Ernest Cole: achados e perdidos
EUA, 105 min., Raoul Peck
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