Ana nasceu em São Miguel, uma ilha no meio do oceano Atlântico, em território português, marcada pela tradição e pela religiosidade das gerações mais velhas. É a filha do meio de três irmãos que vivem com a mãe e a avó. Em sua amizade com Luís, um jovem LGBT, Ana questiona o mundo que lhe foi prometido e os papéis de gênero que lhe foram designados. Quando sua amiga Cloé chega do Canadá, Ana embarca numa viagem que a levará a novas experiências.
Primeiro longa de ficção de Cláudia Varejão, diretora de Ama-san, Lobo e cão recebeu o prêmio de Melhor Filme da mostra Jornada dos Autores, do Festival de Veneza, em um júri presidido por Céline Sciamma. Em entrevista para o portal Comunidade Cultura e Arte, quando questionada sobre o caráter performático dos personagens LGBT, Varejão comenta:
“Não será a grande performance o papel da virilidade que os homens herdam da educação e que são milénios de História? E agora estamos a falar dos homens, mas podemos falar do papel de género também da mulher. Enfim, não será essa a grande performance que aprisiona mais o ser humano? O que eu vejo neste filme, nestes jovens, é que eles quebram a performance e trazem uma coisa muito interessante: nós não somos só uma coisa, somos múltiplas coisas. E se nos permitirmos a brincar com as máscaras que pomos, esse lado performático, com mais liberdade, somos mais completos.”
[...]As pessoas vão fazendo aquilo que melhor sabem fazer mediante do contexto. É como o pai neste filme. Nós não conseguimos odiá-lo, ele é agressivo, mas nós vemos naquele rosto o contexto, a história de vida dele. Nós pensamos: ‘Este homem também herdou um papel de género que não lhe permitiu experimentar outra forma de ser’. Ele não quer que o filho arrisque ser outra coisa, porque ele também não pôde ser, ele não conhece outro lugar. E, portanto, se calhar, o filme permite-me olhar para as pessoas com quem eu me fui cruzando ao longo da vida, com mais ou menos preconceito, com mais humanidade. Os filmes são um apaziguamento com a Humanidade, para mim. Vão-me ajudando a conhecer melhor a vida, as pessoas, como é que nós nos comportamos. Aprendo muito com as pessoas. É por isso que me fascina tanto o documentário – porque não vem só de mim.”
Entrevista de Cláudia Varejão ao portal Comunidade Cultura e Arte (Na íntegra) ►
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Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos online ou na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.
Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.
Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site.
IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.