Rio: primeiras poses permite, em três pontos da exposição, que imagens do passado sejam observadas com recursos do presente. O desenvolvimento do projeto coube à SuperUber, produtora especializada em design de experiências que misturam arte e tecnologia.
A mostra culmina numa grande projeção de 9m x 2,20m, em que são realizados passeios pelas fotos, sendo possível ver detalhes que seriam inalcançáveis sem essa ajuda da tecnologia. Mesmo em grandes panoramas da cidade, feitos no século XIX e no início do XX, pode-se chegar perto de pessoas que caminham nas ruas.
“A ideia é que a pessoa esqueça o mundo lá fora e entre nas fotos, percebendo costumes da época e as transformações por que o Rio passou”, afirma Liana Brazil, sócia-fundadora e diretora de criação da SuperUber.
O painel consiste em três telas, mas a separação entre elas é imperceptível. Segundo Liana, é utilizado um software que compensa as diferenças de luz entre as imagens, que saem de três projetores.
Também há, na galeria, duas mesas interativas que oferecem ao visitante a possibilidade de ver detalhes de até 150 fotos. Bastam leves toques na tela para se escolher as imagens, ampliá-las e movê-las.
“Odiamos fazer coisas em que as pessoas tenham de ler instruções. Precisa ser fácil para quem tem 8 ou 80 anos. Essa mesa é uma das melhores interações que a gente já fez”, diz Liana.
A terceira experiência preparada pela SuperUber permite ao visitante comparar antigos registros estereoscópicos, feitas por fotógrafos como Marc Ferrez e Guilherme Santos, com imagens digitais atuais, que criam o efeito da tridimensionalidade.
Todas as fotos foram escolhidas pelo curador de Rio: primeiras poses, Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS.
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Exposição Rio: primeiras poses
Acervo Marc Ferrez no IMS
Acervo Guilherme Santos no IMS