Por Dentro do Acervo
‘Amar é uma aventura heroica e insuperável’
A imagem de Rachel de Queiroz foi pouco associada ao romantismo e ao lirismo. Mas a partir dos anos 1940 a temática do amor passou a aparecer em algumas das crônicas que publicou por três décadas ininterruptas na revista semanal O Cruzeiro. Pode-se arriscar um motivo: recém-separada do primeiro marido, conheceu o médico Oyama de Macedo, com quem viveria uma relação plena. (Elvia Bezerra)
Aquele abraço
Na série Primeira Vista, em que escritores se inspiram em fotografias do acervo do IMS sobre as quais não recebem qualquer detalhe além da imagem escolhida, João Silvério Trevisan escreve uma poesia a partir de uma obra da série A máscara, o gesto, o papel, de Sofia Borges, na coleção Contemporânea do instituto.
Caderno das paixões: Roberto Piva
Autor do delirante e surpreendente Paranoia, Roberto Piva era um poeta com paixão desmedida pela vida, refletida em sua obra e no modo como buscava prazeres e sensações. As anotações de um de seus cadernos sob a guarda do IMS comprovam a busca pelo êxtase – nas letras, na natureza, nas drogas. (Elvia Bezerra)
A cara do país nos estúdios de fotografia
Símbolos de uma época em que ir a estúdios de fotografia era o único modo de possuir fotos de família ou para documentos, os retratos produzidos por fotógrafos como Chichico Alkmim e Limercy Forlin encantam, refletem costumes e comentam o passar do tempo. (Nani Rubin)
Um sítio para a Humanidade
Reconhecido pela Unesco em 27/7 como Patrimônio Mundial da Humanidade, o Sítio Burle Marx, santuário de conservação da natureza que o paisagista brasileiro (foto) cultivou em Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio, teve parte de sua criação documentada pelo fotógrafo francês Marcel Gautherot. As imagens estão sob a guarda do IMS.
Caderno da Escandinávia: Otto Lara Resende
Como jornalista, Otto Lara Resende era convidado com frequência a visitar outros países. A viagem à Escandinávia feita em 1965 ocupa 80 páginas de um caderno. Nele, observa a “dignidade” das vacas dinamarquesas, a perfeição sueca e o egoísmo dos países desenvolvidos. A certa altura, desabafa: “Ai, Deus meu Deus, dai-me forças para eu ir até o fim destes intermináveis países escandinavos”. (Elvia Bezerra)