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A 12ª edição da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, publicada em novembro de 2012, traz na capa uma ilustração de Lynd Ward (1905-1985), um dos fundadores da graphic novel americana. É também de autoria deste gênio o ensaio visual de 16 xilogravuras que contém o capítulo “O retrato”, publicado no livro Gods’ Man: A Novel in Woodcuts (1929), presente nesta edição da revista. A trajetória de Ward é contada em “Milhares de palavras sobre livros sem palavras”texto de Art Spiegelman, um dos mais importantes artistas gráficos dos dias de hoje, também publicado na serrote #12.

Robert Warshow (1917-1955), um dos mais influentes e menos conhecidos críticos culturais americanos do século 20, apresenta seu clássico “O gângster como herói trágico” (1948), texto até então inédito em português, que faz ver em tipos como Scarface o protótipo do sonho e das frustrações americanas; o poeta e ensaísta americano Wayne Koestenbaum enumera todo e qualquer tipo de humilhação; desenhos de Louise Bourgeois (1911-2010) ilustram as impiedosas constatações; o professor de literatura em Princeton Pedro Meira Monteiro disseca a polêmica entre Caetano Veloso e Roberto Schwarz – obras de Cildo Meireles da série Inserções em circuitos ideológicos acompanham o texto.

Em outro ensaio visual, serrote publica um conjunto de fotos, posteriormente pintadas à mão, que deu origem a “Árvores pintadas”, série que sintetiza o trabalho de Tacita Dean, projetado internacionalmente pelo Turner Prize de 1998, em que se destaca o cruzamento do cinema, da fotografia e do desenho.

Mais: Alexander Kluge, Witold Gombrowicz, Emmanuel Nassar, Lars Iyer, Paulo Roberto Pires, Josef Albers, Jonathan Lethem, George Steiner, Gerhard Richter, Eliot Weinberger, Kenya Hara e Jean-François Chevrier.