Considerado o mais importante fotógrafo a atuar em Pernambuco na virada do século XIX para o XX, Francisco du Bocage (1860-1919), que se intitulava fotógrafo artista, evidenciando a preocupação com o valor estético de sua produção, ainda tem muitas lacunas e pontos de interrogação em sua biografia. Nascido em Portugal, embora alguns jornais pernambucanos tenham se referido a ele como francês, foi autor de uma importante documentação de Olinda e também do Recife. Seus registros, muitos dos quais editados como cartões-postais, revelaram a capital pernambucana, chamada de Veneza brasileira, no auge de sua beleza. Eram tempos de profunda transformação no cenário urbanístico da capital, e Du Bocage documentou com qualidade técnica e senso artístico as extensas obras de modernização da zona portuária do Recife, a cargo da Societé de Construction du Port de Pernambuco, durante as administrações dos governadores Herculano Bandeira de Melo (1850-1916), Emídio Dantas Barreto (1850-1931) e Manuel Borba (1864-1928), no período entre 1908 e 1919.
Bocage foi correspondente, no Recife, do Jornal do Brasil e da Revista da Semana, e também foi dono de uma oficina de chapéus para senhoras e crianças.
Além da coleção abrigada no IMS, em que se destaca a documentação das obras portuárias, há trabalhos de Du Bocage na Biblioteca Nacional, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na Fundação Joaquim Nabuco, do Recife.

Bairro de Recife
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa

Boa vista e Rua do Hospício
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa

Ponte da Estrada de Ferro Caxangá
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa

Porto de Recife – Construção do Armazém
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa

Porto do Recife
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa

Largo da Estação Central – Detenção
Francisco du Bocage
Recife - PE - Brasil - 1910 circa
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