Idioma EN
Contraste

João Máximo Ferreira Chaves, jornalista, escritor e pesquisador, nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 29 de maio de 1935. Com três anos, mudou-se com seus pais para o Rio de Janeiro. Fez o curso primário em colégios da Tijuca e formou-se em Odontologia na antiga Faculdade Nacional, atual UFRJ. Em 1960, completou a faculdade de Jornalismo, construindo, a partir de então, uma sólida carreira de mais de 50 anos na profissão, especializando-se nas áreas de futebol e música, duas grandes paixões.

Começou a frequentar estádios aos 11 anos, ainda na era pré-Maracanã. Morador de Vila Isabel, acompanhou de perto a construção do maior estádio do mundo, erguido para a Copa de 1950 no Brasil. Aos 15 anos, como torcedor, em meio aos 200 mil presentes, silenciou com a derrota do Brasil por 2 a 1 para o Uruguai, o famoso Maracanazzo.

Ainda trabalhava como dentista quando, em 1958, examinou os jogadores da seleção, levados por Mário Trigo de Loureiro, o “pai da odontologia esportiva”. Naquele ano, o Brasil foi o campeão da Copa do Mundo, disputada na Suécia. Em 1961, foi trabalhar em jornal com o intuito de ajudar a montagem de seu consultório em sociedade com um amigo. Incentivado pelo primo, o também escritor e jornalista Zuenir Ventura, procurou a redação da Tribuna da Imprensa, onde ingressou como estagiário. Foi quando se apaixonou pelo jornalismo e passou a ver o futebol de maneira profissional. Em 1962, abandonou definitivamente a odontologia.

Entre 1961 e 1963, trabalhou em três veículos de comunicação ao mesmo tempo: Tribuna da Imprensa, Jornal dos Sports e Rádio Continental. Depois passou por vários outros órgãos de imprensa: Jornal do Brasil (1963-1969), Correio da Manhã (1969-1971), grupo Manchete/Bloch (1971-1976), novamente Jornal do Brasil (1976-1992), O Globo (1992-1993), Folha de S. Paulo (1993-1994) e novamente O Globo, para onde retornou após a Copa do Mundo de 1994 e onde está até hoje.

Foi editor de esportes do Correio da Manhã e do Jornal do Brasil, tendo participado, como jornalista, da cobertura de cinco Copas do Mundo (como torcedor, assistiu a várias). Sua atuação no jornalismo esportivo rendeu dois Prêmios Esso, em 1963 e 1967. Publicou alguns livros relacionados a esse tema, entre eles: Gigantes do futebol brasileiro (com Marcos de Castro, 1965), João Saldanha: sobre nuvens de fantasia (1996), Maracanã: meio século de paixão (2000), Brasil, um século de futebol: arte e magia (2005) e Heroísmo sem limites (com Rogério Daflon, 2007).

A música, sua outra grande paixão, o levou a produzir textos sobre o tema para o Caderno B do Jornal do Brasil. Como escritor, tem cinco livros voltados para esse assunto: Noel Rosa: uma biografia (com Carlos Didier, 1990) – até hoje considerado uma das melhores biografias escritas por um autor nacional –, Paulinho da Viola: sambista e chorão (2002), A música do cinema: os 100 primeiros anos (2 volumes, 2003), O morro e o asfalto no Rio de Noel Rosa (2010, ano do centenário do Poeta da Vila) e Sinfonia do Rio de Janeiro: 60 anos de história musical da cidade (2015).

Escreveu ainda livros que, de uma maneira ou de outra, estão relacionados à sua atuação de mais de meio século como repórter e cronista: Cinelândia – Breve história de um sonho (1997), Retratos de outono (1999) e Uma história em cada novo amanhecer: 70 anos na Clínica São Vicente (2003). Arriscou-se como autor teatral em 2003, com o musical Quem tem medo de Kurt Weill?, sobre a vida do compositor alemão, criador da Ópera dos três vinténs.

Por seu trabalho como roteirista e apresentador do documentário “Vinicius – Poesia e Paixão”, série de 32 programas apresentada pela Rádio Cultura AM de São Paulo em 1993 por ocasião dos 80 anos de Vinicius de Moraes, foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2011, recebeu, por iniciativa do vereador Eliomar Coelho, a Medalha Pedro Ernesto, maior comenda do município do Rio de Janeiro.

Em 2015, João Máximo doou ao Instituto Moreira Salles – onde atua como colaborador da Rádio Batuta – seu acervo, composto por livros, discos (CDs e LPs de 10 polegadas e 33 rpm), DVDs, fitas cassete, textos impressos, songbooks, catálogos e fôlderes.


Pesquise no acervo de Música

A Reserva Técnica Musical do IMS tem sob sua guarda acervos de compositores, instrumentistas, pesquisadores e colecionadores, todos disponíveis para consulta e pesquisa. São nomes como Chiquinha Gonzaga, Baden Powell, Elizeth Cardoso e José Ramos Tinhorão, entre outros, além de sites especiais.

Coleção de discos de Humberto Franceschi na Reserva Técnica de Acervos do IMS