Um dos concertos mais populares do mundo, Primavera, que integra o conjunto As quatro estações, do compositor veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741), é uma espécie de hino oficial da chegada da temporada das flores, que se inicia neste 22 de setembro. Para comemorar a data, num setembro muito especial para o Instituto Moreira Salles, que inaugurou dia 20 seu novo centro cultural, o IMS Paulista, dois funcionários da instituição tocam trechos da música composta por Vivaldi para violino e orquestra em 1723.

Verônica Rosa, estagiária do setor de Educação do IMS Paulista, tira de sua viola os famosos acordes do concerto que faz parte de um conjunto maior, Il cimento dell’armonia e dell’invenzione. Rafael Braga Lino, educador do IMS Rio, vai de clarineta, instrumento que toca há dez anos, e com o qual se apresenta na Orquestra de Sopros Pró Arte desde 2012.

Estudante de viola – instrumento um pouco maior e que soa um pouco mais grave que o violino – há aproximadamente sete anos, Verônica já se apresentou com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e a Camerata Profana, embora atualmente não esteja tocando em nenhum grupo. Sua paixão pela música dificulta a escolha de um compositor preferido. “Acho que em todos os períodos aconteceram coisas interessantes, e tem muitos compositores dos quais eu gosto’’, conta a jovem de 21 anos.

Já Rafael, que no próximo dia 29 de setembro se apresentará com a Orquestra de Sopros Pró Arte no Teatro Ipanema, às 20h30, para mostrar o repertório do mais recente CD do grupo, enumera e contextualiza suas preferências musicais em vários gêneros. “Amo Beethoven por ter explorado até o último ‘talo’ as estratégias barrocas e clássicas da música, abrindo espaço para as artimanhas do romantismo. Amo Milton Nascimento porque ele parece estar conectado à subjetividade dos brasileiros, musicando nossos sentimentos mais íntimos e profundos. Amo Beyónce por universalizar, através do pop, estéticas sonoras e visuais historicamente recusadas pela elite”, explica o educador de 27 anos.