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Duas vitórias de Millôr: obra gráfica no Jabuti 2017

Millôr: obra gráfica, de Cássio Loredano, Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires, está entre os vencedores do Prêmio Jabuti 2017. O livro conquistou o segundo lugar tanto na categoria Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia, como também em Capa, assinada por Celso Longo e Daniel Trench. O livro é resultado da exposição homônima que, sob a curadoria de Loredano, Julia (coordenadora de iconografia do IMS) e Pires, ocupou o IMS Rio entre abril e agosto de 2016, com 500 desenhos originais selecionados no acervo abrigado pela instituição desde 2013, um ano após a morte do artista. Mostra e livro apresentaram ao público os principais temas que inspiraram o jornalista, cartunista, dramaturgo e tradutor Millôr Fernandes ao longo de seus mais de 70 anos de trabalho.

Capa de "Millôr: obra gráfica", duas vezes finalista

Além de Millôr, também concorreram ao tradicional Prêmio Jabuti, concedido anualmente pela Câmara Brasileira do Livro, outras duas publicações do IMS: Marcel Gautherot, fotografias, organizado por Samuel Titan Jr. e Sergio Burgi, também na categoria Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia, e o trabalho do estúdio Bloco Gráfico em Anri Sala: o momento presente, indicado em Projeto Gráfico.

Marcel Gautherot: fotografias foi publicado durante a grande retrospectiva que a Maison Européenne de La Photographie, em Paris, promoveu entre junho e agosto de 2016. Além de 256 imagens, a publicação reúne textos de Michel Frizot, historiador da fotografia; Jacques Leenhardt, sociólogo e crítico de arte; Samuel Titan Jr. e Sergio Burgi, organizadores da obra; e Lorenzo Mammì, curador de programação e eventos do IMS. O livro destaca aspectos relevantes da trajetória do francês, que morreu em 1996 no Rio de Janeiro, onde se radicou em 1940, tornando-se um dos nomes fundamentais da fotografia brasileira no século XX. Sua obra completa integra o acervo do IMS desde 1999.

"Marcel Gautherot, fotografias", um dos finalistas do Jabuti

Anri Sala, o momento presente, vai além da exposição que o artista albanês criou para apresentar no IMS Rio entre setembro e novembro de 2016. Textos de Heloisa Espada, curadora da mostra homônima, Moacir dos Anjos, Natalie Bell e Jacques Rancière analisam o impacto estético e político provocado pela obra de Sala desde Intervista (Finding the Words), de 1998, também exibido no IMS. No vídeo, o artista entrevista a própria mãe sobre as complicadas relações políticas na Albânia a partir de um rolo de filme sem som, encontrado por ele, que registra a participação dela num Congresso da Juventude Comunista nos anos 70 em Tirana, capital do país. Além dos ensaios sobre outras obras de Sala, estão incluídas no catálogo imagens daquelas criadas exclusivamente para o IMS Rio, como No Window no Cry, pequena caixa de música que foi instalada numa das portas de vidro da casa na Gávea projetada pelo arquiteto modernista Olavo Redig de Campos.

"Anri Sala: o momento presente", sobre a obra do artista albanês

Em 2016 outros dois livros publicados pelo IMS também foram selecionados pelo Jabuti. Rio, de Marc Ferrez, conquistou o terceiro lugar em Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia, mesma categoria que ainda teve Claudia Andujar – No lugar do outro entre os dez finalistas. No dia 30 de novembro acontece a cerimônia de entrega dos prêmios, ocasião em que serão conhecidos ainda os ganhadores do Livro do Ano – Ficção e Livro do Ano – Não Ficção.


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