A Bienal de Veneza de 2013 se organizou em torno de uma série de obras de personalidades até então não reconhecidas como artistas, boa parte delas vinculadas ao universo esotérico. Foi apresentada uma videoinstalação do albanês Anri Sala (1974), elaborada a partir de execução da música Bolero, de Maurice Ravel.

O artista albanês Anri Sala esteve no Rio de Janeiro em setembro de 2015 para ministrar um workshop que inaugurou o convênio de cooperação entre o Instituto Moreira Salles e a PUC-Rio. Anri também realizou visitas técnicas com a equipe do IMS e participou de um debate com Arto Lindsay.

Por Mànya Millen

O IMS Rio não serviu somente como galeria para Anri Sala: o momento presente. Além de abrigar a maior e mais abrangente exposição do albanês Anri Sala no Brasil, a casa do IMS Rio também foi um coadjuvante de peso na exposição. O espaço foi adaptado evidenciando a relação entre som e arquitetura que o artista vem explorando cada vez mais em seus trabalhos. 

“O processo de pensar sobre a exposição esteve muito ligado à primeira sensação que tive ao conhecer a casa. É um cenário muito bonito, uma casa muito especial”, disse Anri Sala durante a conversa, com mediação de Heloisa Espada, que aconteceu por ocasião da abertura da exposição do artista albanês no IMS Rio. 

Em vídeo, o artista Anri Sala fala sobre a importância dos espaços físicos e dos sons em seu trabalho. Nesta entrevista feita pela curadora da mostra, Heloisa Espada, Sala comenta o impacto que a casa do IMS Rio provocou nele, e de como pensou a mostra a partir desta forte impressão.

Ao assistir um filme de 1997 quase 20 anos depois, o espectador passa pela mesma experiência de Valdet Sala e percebe o anacronismo do discurso de 1977. Carla Rodrigues visitou a exposição de Anri Sala no IMS Rio e destaca o que viu da obra ‘Intervista’, uma produção da época em que Sala ainda era estudante de cinema em Paris.