Batuta em alta rotação
30 de janeiro de 2020 | Equipe IMS
A Rádio Batuta terá um 2020 de muitas novidades. Duas serão lançadas nos primeiros dias de fevereiro: uma parceria com a Rádio USP e o podcast “Música em 78 rotações”.
A Rádio USP (93.7 FM) é uma referência em São Paulo para quem quer escutar boa música brasileira. Desde 2017, a Batuta produz em parceria com a emissora da Universidade de São Paulo o “Playlist do Zuza”, programa semanal (sexta, às 17h) do crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello. A edição 150 entra no site em 31 de janeiro.
A parceria ganha novo capítulo em 2 de fevereiro. A USP passará a veicular programas da Batuta aos domingos, das 16h às 17h. Nas quatro primeiras semanas será possível ouvir “Vibrações – O som de Jacob do Bandolim”, documentário realizado para celebrar o centenário do músico, em 2018.
A série tem a assinatura de artistas e pesquisadores que conhecem profundamente o choro, em especial a trajetória de Jacob (1918-1969): roteiro e apresentação de Pedro Paulo Malta; concepção de Paulo Aragão, Marcílio Lopes e Pedro Aragão.
Os oito episódios duram meia hora cada. Na USP, portanto, serão apresentados dois a cada domingo. Na estreia, “Reminiscências – Jacob e suas origens” e “Horas vagas – Jacob, o amador rigoroso”. O documentário conta com depoimentos de Paulinho da Viola, Hermínio Bello de Carvalho, Hamilton de Holanda e outros.
Para março e abril estão confirmadas outras duas séries. Uma é “O feitiço e o feitio de Vadico”, sobre o paulistano que se consagrou como o parceiro mais importante de Noel Rosa. O roteiro e a apresentação são de um biógrafo de Noel, o jornalista João Máximo. A outra é “Aracy de Almeida é coisa nossa”, mergulho feito por Pedro Paulo Malta e Rodrigo Alzuguir (biógrafo de Wilson Batista) na trajetória da brilhante cantora que terminou a vida como jurada do programa de Silvio Santos.
Podcast
Depois de Sertões: Histórias de Canudos, que entrou nas listas de melhores de 2019 do Spotify e do Apple Podcasts, a Rádio Batuta apresenta em 4 de fevereiro outro podcast: Música em 78 rotações. A série em dez episódios – lançados simultaneamente – conta as histórias de importantes discos lançados no formato que predominou no Brasil nas primeiras cinco décadas do século XX e foi utilizado até 1963.
Estará disponível no site da rádio, nas plataformas de podcasts e em discografiabrasileira.com.br, site do IMS em que se tem acesso a mais de 46 mil gravações em 78 rpm (rotações por minuto).
No primeiro capítulo estão aqueles que são, muito provavelmente, os dois únicos registros da voz de Chiquinha Gonzaga, que é ouvida quando ela anuncia as músicas que tocará ao piano.
Na série, entre outros destaques, há Pixinguinha, no episódio 5, contando a Jacob do Bandolim, em gravação do Museu da Imagem e do Som (RJ), que dois cantores dispensaram “Carinhoso” antes de Orlando Silva gravar e fazer história.
Dori Caymmi recorda no capítulo 7 que, quando criança, ficava muito assustado com “O mar”, canção clássica de seu pai. E conta como quase se afogou enquanto Dorival não se movia na areia, parecendo pedir a Iemanjá que salvasse o filho.
O pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, explica, no episódio 8, que a melodia de “Asa Branca” era um tema popular, de autor desconhecido, que ganhou um “arranjo” de Luiz Gonzaga.
O podcast termina com Joyce Moreno comentando “Chega de saudade”, marco fundador da bossa nova, em 1958, e último grande momento dos 78 rpm.
Para apurar os ouvidos, um gostinho do que vem por aí no Música em 78 rotações, apresentado por Pedro Paulo Malta:
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