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O Rio de Rossini Perez

19.3.20

Um dos maiores gravuristas brasileiros, o potiguar Rossini Perez morreu nesta quarta-feira, 18 de março, aos 88 anos, deixando, além de uma vasta obra gráfica, milhares de fotografias, principalmente do Rio de Janeiro, para onde sua família se mudou quando ele tinha 8 anos. Seu acervo, sob a guarda do IMS, revela uma importante documentação das  transformações da cidade. O casario da região portuária, então bastante degradada, incluindo o bairro da Saúde, onde o artista manteve por décadas sua casa e seu ateliê, estão eternizados em fotografias que revelam a artesania de fachadas, relevos e estátuas.

Praça da Harmonia. Rio de Janeiro, 1988 (Rossini Perez/Acervo IMS)

 

Cabeça de mulher, ao centro de detalhe. em fachada de edificação. Rio de Janeiro, 1988 (Rossini Perez/Acervo IMS)

 

Uma de suas séries de maior destaque é a que registra a demolição do Palácio Monroe, em 1976. O prédio, que chegou a abrigar o Senado Federal, foi a sede do pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904, ganhando Medalha de Ouro de Melhor Arquitetura no evento. Sua estrutura metálica permitiu o desmonte e transferência para o Rio, onde foi erguido numa das pontas da então Avenida Central, atual Rio Branco. Rossini Perez também registrou o desaparecimento de outro prédio icônico do Rio: a mansão Guinle, na Praia de Botafogo.

 

 Casario da rua Sacadura Cabral. Rio de Janeiro, 1986 (Rossini Perez/Acervo IMS)

 

 

 Escultura "Os Quatro Continentes". Rio de Janeiro, 1979 (Rossini Perez/Acervo IMS)