15.4.20
O Instituto Moreira Salles, diante da situação de vulnerabilidade causada pela pandemia da covid-19 na sociedade brasileira, e particularmente na produção das artes, decidiu lançar um programa de incentivo à criação artística concebido para vigorar durante o período ainda imprevisível da quarentena.
Inicialmente, nesta primeira etapa, serão R$ 500 mil, destinados a duas ações. A primeira é formada por projetos individuais comissionados pelo IMS, que ficarão disponíveis para o público no site e nas redes sociais da instituição como IMS Quarentena - Programa Convida. Serão contemplados cerca de 50 criadores, nas áreas de atuação do Instituto: fotografia, cinema, música, literatura, artes visuais e desenho gráfico. Foram convidados segundo critérios que levam em conta a diversidade de identidades presentes no Brasil – de raça, gênero, regionalidade, contexto social e cultural. Os projetos não seguem formatos fixos ou rígidos, tendo sido apenas solicitado que não implicassem em deslocamentos físicos ou outras formas de quebra às medidas de isolamento social.
Ao mesmo tempo, ainda nessa primeira etapa do programa, o IMS convidou grupos coletivos de produção artística e ação social com os quais já mantém uma relação de parceria e que atuam em regiões de periferia, de grande vulnerabilidade, para que construam e desenvolvam projetos em seus campos de atuação.
As duas novas iniciativas encaixam-se no projeto #IMSquarentena, que está no ar em quarentena.ims.com.br desde a sexta-feira, 3 de abril, com ensaios do acervo, trabalhos inéditos, podcasts e indicações de leitura sobre a atual conjuntura. O material preparado especialmente pelas equipes das revistas serrote e ZUM está disponível no site institucional (ims.com.br) e nas redes sociais (instagram, facebook e twitter) do Instituto Moreira Salles.
Desse modo, mesmo com seus centros culturais (São Paulo, Rio de Janeiro e Poços de Caldas) fechados há um mês e suas equipes trabalhando em casa, o IMS busca levar ao público interpretações muito particulares de uma grande diversidade de criadores.
O Instituto Moreira Salles é uma instituição cultural sem fins lucrativos e todas as suas atividades são sustentadas por uma dotação, constituída inicialmente pelo Unibanco e ampliada posteriormente pela família Moreira Salles.
Até este momento, os seguintes artistas e coletivos aceitaram o convite do IMS:
Ação Educativa, SP
Adirley Queiroz, cineasta, Ceilândia, DF
Agência de Redes para Juventude, RJ
Aleta Valente, artista, Rio de Janeiro, RJ
Allan Sieber, desenhista, Rio de Janeiro, RJ
Ana Paula Maia, escritora, Paraná
Ana Pi, coreógrafa, bailarina e pedagoga mineira, vive na França
Angeli, cartunista, São Paulo, SP
Brisa Flow, compositora/rapper, Belo Horizonte, MG
Brô MCs, rappers, aldeias Jaguapirú e Bororó, Dourados, MS
Castiel Vitorino, artista visual, macumbeira e psicóloga, Vitória, ES
Cidinha da Silva, escritora, SP
Davi Nascimento, artista, Pirapora, MG
Débora Bolsoni, artista visual, São Paulo, SP
Denilson Baniwa, artista, Barcelos, AM
Desali, artista visual, Contagem, MG
Edgar, multi artista, Guarulhos, SP
Edmilson Ferreira e Antonio Lisboa, repentistas, Várzea Grande, PI, e Marcelino Vieira, RN
Família Ernest Dias, músicos, Brasília, DF, Rio de Janeiro, RJ e Belo Horizonte, MG
Feira Preta, SP
Geovani Martins, escritor, Rio de Janeiro
Giselle Beiguelman, artista visual, São Paulo, SP
Grace Passô, atriz, dramaturga e cineasta, Belo Horizonte, MG
Grupo EmpreZa, coletivo de artes visuais e ações performáticas, vários estados.
Helena Ignez, atriz e cineasta, São Paulo, SP
Ilê Sartuzi, artista visual, São Paulo, SP
Ilessi, cantora e compositora, Rio de Janeiro, RJ
Itamar Vieira Junior, escritor, Salvador, BA
Jaider Esbell, artista visual, Normandia, RR
Karim Aïnouz, diretor de cinema, roteirista e artista visual cearense, Berlim, Alemanha
Leona Vingativa, artista visual, Belém, PA
Limitrofe Television (Enantios Dromos e Pedro Ferreira), coletivo, Bagé, RS, e Jundiaí, SP
Linoca Souza, ilustradora, São Paulo, SP
Lorran Dias, diretor, roteirista, artista e curador independente, Rio de Janeiro, RJ
Marcelo Rocha, fotógrafo e ativista em educação e negritude, Mauá, SP
Mídia Ninja, coletivo, vários estados
Miguel Chikaoka, fotógrafo, Belém, PA
Milena Manfredini, antropóloga e cineasta, Nova Iguaçu, RJ
Mulambö, artista visual, Saquarema e São Gonçalo, RJ
Michelle Guarani-Kaiowá (MS), Graciela Guarani (CE), Patrícia Guarani-Mbyiá (RS) e Sophia Pinheiro (GO), coletivo de cineastas
Nelson da Rabeca e Dona Benedita, compositores, instrumentista e cantora, Marechal Deodoro, AL
Observatório de Favelas, Imagens do Povo, RJ
Panmela Castro, artista visual, Rio de Janeiro, RJ
Paulo Scott, escritor, São Paulo, SP
Projeto Retratistas do Morro, fotógrafos, Belo Horizonte, MG
Radio Diaspora, músicos, São Paulo, SP
Redes da Maré, RJ
Rocinha Resiste, Favela da Rocinha, Rio de Janeiro
Roger Cipó, fotógrafo, São Paulo, SP
Rosa Luz, artista, Gama, DF
Sallisa Rosa, artista, Goiânia, GO; Renata Tupinambá, jornalista, Niterói, RJ; Davi Marworno, cineasta, Oiapoque, AP; e Edgar Xakriabá, fotógrafo, MG
Slam das Minas, RJ
Socorro Acioli, escritora, Fortaleza, CE
Takumã Kuikuro, cineasta, Alto Xingu, MT
Thelmo Cristovam, artista sonoro, Olinda, PE
Ventura Profana, artista, Salvador, BA
Verónica Valenttino, atriz e cantora, Fortaleza, CE
Vinicius Silva, cineasta, São Paulo, SP
Yasmin Thayná, cineasta, Nova Iguaçu, RJ