Aos 90 anos de nascimento de Eduardo Coutinho, celebrados com mostra no cinema do IMS Paulista, João Moreira Salles se pergunta: se o cineasta ainda estivesse vivo, que filmes estaria dirigindo?

Depois de sete meses fechadas devido à pandemia da Covid-19, as galerias do IMS Rio reabriram ao público em 10/10/2020 com a exposição Ocupação Eduardo Coutinho. Os visitantes tiveram toda a segurança para percorrer a mostra, que lançou luz sobre a trajetória de um dos maiores cineastas brasileiros. (Nani Rubin)

Abrigado no IMS desde janeiro de 2019, o acervo de Eduardo Coutinho guarda farto material inédito, que ajudou o pesquisador e jornalista Carlos Alberto Mattos a compor novo livro e uma exposição sobre o cineasta. (Na foto, Eduardo Coutinho e Adrian Cooper nas filmagens de “O fio da memória”. Arquivo Eduardo Coutinho / Acervo IMS)

“Flagrar o momento inefável do encontro, filmar o laço invisível entre os seres, a contradição entre palavra e gesto, entre música e silêncio, apreender o tempo que escorre, captar o rastro fugidio da vida – foi isso o que [Eduardo] Coutinho tentou. E tantas vezes conseguiu”. José Geraldo Couto celebra a obra do cineasta.

José Carlos Avellar destaca a última cena do último filme de Eduardo Coutinho, Sobreviventes da Galileia: um abraço apertado e silencioso que resume o sentimento de todos os que participaram de seus filmes como personagens ou como espectadores diante das lições de vida reveladas pelo seu cinema.

José Carlos Avellar escreveu sobre dois filmes de Eduardo Coutinho incluídos no DVD de Cabra marcado para morrer: Sobreviventes da Galileia e A família de Elizabeth Teixeira. Ambos são baseados no retorno do diretor a locações originais do filme, onde reencontra moradores que participaram das filmagens.