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Universidade aberta

29 de agosto DE 2022 | Equipe IMS

Oitenta e sete novos ensaios filosóficos e políticos de autores brasileiros e do exterior acabam de ser incorporados ao site Artepensamento. A plataforma conta agora com 711 ensaios e 25 filmes feitos originalmente para redes de televisão. Os novos ensaios foram escritos para os livros Mutações – Novas configurações do mundo; Fontes passionais da violência; O novo espírito utópico; Entre dois mundos.

Criada em parceria com o Instituto Moreira Salles, a plataforma é de acesso gratuito e tem até hoje mais de 830 mil visualizações. Ela reúne importantes pensadores como José Américo da Motta Pessanha, Sérgio Paulo Rouanet, Marilena Chaui, José Miguel Wisnik, Eugênio Bucci, Maria Rita Kehl, Jacques Rancière, Antonio Candido, Franklin Leopoldo e Silva, Renato Janine Ribeiro, Frédéric Gros, David Lapoujade, Jorge Coli, Olgária Mattos, Michel Déguy, Francis Wolff, Jean-Pierre Dupuy, Pascal Dibie, Newton Bignotto, Vladimir Safatle e mais de uma centena de filósofos do Brasil e do exterior. Os ensaios tratam de questões prementes da nossa época: as paixões, o olhar, o desejo, a ética, civilização e barbárie, a crise da razão, o medo, as artes, a crítica da ideia de  progresso, os problemas da democracia e muitas outras questões.

Cartazes dos ciclos de conferências que deram origem aos livros

 

A nova fase da plataforma é toda centrada no conceito de Mutações, que está a exigir uma retomada corajosa do pensamento. Os velhos conceitos já não dão conta da nova realidade. Os autores partem do princípio de que vivemos hoje não propriamente uma crise, mas uma mutação radical em todas as áreas da atividade humana: na política, nos costumes, nas mentalidades, na sensibilidade ética, no pensamento, tudo decorrente do enorme desenvolvimento da tecnociência, da biotecnologia e da revolução digital.

Como escreve a professora Marilena Chaui, esse conjunto de ensaios é uma “recriação da ideia original de universidade, isto é, de um conjunto de indagações entrecruzadas que se voltam umas para as outras em busca de respostas comunicantes que se enriquecem mutuamente”. Essa recriação, escreve ainda Chaui, “ao ser transformada nessa plataforma, transformou-se não apenas em uma biblioteca pública de acesso universal, mas também tornou possível um ideal que sempre pareceu inalcançável numa sociedade dividida em classes sociais: a concretização de uma Universidade Aberta, espaço de cidadania cultural”.