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Pequenas Áfricas

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Estação 4

Praça Onze

 


 
Capital da Pequena África, a Praça Onze concentrava o espírito multiétnico e cultural que a define na formação e difusão do samba urbano. À expressiva população afrodescendente ali instalada no período pós-Abolição, juntaram-se imigrantes judeus, italianos e ciganos que, juntos, reinventaram suas vidas e a cidade nas quatro primeiras décadas do século 20. Batizada em alusão ao 11 de junho de 1875, data da vitória do Brasil na batalha do Riachuelo, na guerra do Paraguai, a praça foi endereço de gafieiras e sinagogas, terreiros de candomblé e igrejas, comércios sofisticados e populares. Foi bem perto dali que se fundou a primeira escola de samba, e em torno dela realizou-se o primeiro desfile das agremiações. Sobre seus escombros, o presidente Getúlio Vargas inaugurou, em 1944, uma avenida árida e desumana que recebeu seu nome, em homenagem. Foi quando a Praça Onze saiu do mapa para se perpetuar na história.

 

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No extremo oposto da avenida Central, onde as grandes sociedades carnavalescas eram a atração dos desfiles da cidade oficial, branca e europeizada, os foliões da Praça Onze ocupavam as ruas em saudável desordem. Em 1932, realizou-se em suas ruas a primeira competição entre escolas de samba, vencida pela Mangueira. Pelas décadas seguintes, a região continuaria a ser a passarela das agremiações, que desfilavam na avenida Presidente Vargas. Em 1984, a cidade ganharia o Sambódromo, palco de grandes espetáculos – e próximo à rua Visconde de Itaúna, onde viveu Tia Ciata.

 

Augusto Malta. Praça 11 de Junho, c. 1922. Acervo IMS

 

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Autoria desconhecida. Carnaval de rua, entre 1900 e a década de 1930. Acervo Fundação Biblioteca Nacional

 

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