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Contraste

Pequenas Áfricas

Audiodescrição

Estação 6

 

Em fevereiro de 1922, os Oito Batutas (na verdade sete deles, rebatizados Les Batutas) fizeram uma temporada de seis meses em Paris. Apresentaram-se em três casas noturnas, com destaque para a Shérazade, “feérico estabelecimento de Montmartre” dirigido por Duque, bailarino brasileiro que popularizou o maxixe na Europa. Na imprensa local, a “curiosa orquestra” era sinônimo de “la samba”, a “nova dança da moda”. Na volta, o grupo começou a experimentar novas sonoridades. “Quase todos mudaram os seus instrumentos. Fizeram violão-banjo, cavaquinho-banjo etc. Isso foi influência de Paris”, contava Pixinguinha, que também passou a tocar saxofone. Nos anos 1960, perguntado se os Batutas tinham consciência de que eram os primeiros artistas a levar a música popular brasileira ao exterior, Donga não titubeou: “Sem dúvida, sempre tivemos. Fomos lá com a cara, a coragem e os instrumentos.

 

Gramofone

 

 
 

Autoria não identificada. Duque (o primeiro da esquerda para a direita), Donga (o segundo), Pixinguinha (o quarto) e duas pessoas não identificadas, no porto do Rio de Janeiro, possivelmente no embarque dos Oito Batutas para Paris, em 29 de janeiro de 1922. Coleção Pixinguinha/Acervo IMS

 

Legenda

 

Audiodescrição

 


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