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Adelia Sampaio: Primeira luz do Cinema Negro Feminino, trajetória entre silenciamento e resistência

15 de setembro de 2025

Se eles apagam a gente, a gente reescreve.
Adelia Sampaio

À véspera do dia de São Jorge, 22 de abril de 2025 – data em que celebramos a africanização do padroeiro como Ogum, orixá das guerras e dos caminhos –, eu e Adelia nos sentamos para uma conversa sobre a vida. Pedi a ela que compartilhasse histórias ainda não reveladas publicamente em outras entrevistas. Foi assim que abri a conversa, pedindo licença à minha mais velha e querida amiga, para que vasculhasse as margens do seu tempo vivido e me oferecer algo inédito. Ela riu, meio encabulada, como quem já despejou a alma inteira no mundo, como quem sabe que cada lembrança é um filme, e cada filme é uma memória costurada à mão. Com voz serena, mas firme, disse: “Eu sou muito boca frouxa”. E, então, como quem abre uma gaveta antiga, começou a falar do asilo onde viveu quando criança, do colégio interno, da separação da mãe – pedaços de vida que se misturam à construção da artista, da mulher que ousou ser a primeira cineasta negra no Brasil, que dirigiu o primeiro filme sobre lesboafetividade na América Latina.

Mencionou o impacto profundo de quando foi ao cinema pela primeira vez, levada por sua única irmã, Eliana Cobbett – a primeira mulher a ocupar o cargo de produtora executiva no Brasil – que, na época, trabalhava na Tabajara Filmes, distribuidora de filmes soviéticos. Foi nessa época, quando tinha 13 anos, que foi ao cinema pela primeira vez e assistiu a Ivan, o Terrível (1944-1946), obra monumental de Serguei Eisenstein, dividida em duas partes. Encantada com a grandiosidade das imagens, a densidade dos personagens e a força da iluminação expressionista, algo brilhou diferente em seu olhar – uma faísca de origem. Ao recontar essa história, vejo ainda a menina hipnotizada por sombras e luzes, como se cada cena lhe soprasse segredos antigos vindos do fundo da tela. “Eu vou fazer isso aí”, disse na ocasião para a irmã. E fez! Contra o tempo, contra os silêncios, contra os nãos. Fez porque o cinema a chamou como quem convoca uma ancestral de volta ao seu posto. É nesse gesto de escuta e criação que Adelia Sampaio se faz – não apenas produtora e cineasta, mas condutora de histórias que insistem em existir.

Adelia trabalhava na Difilmes ao despertar para a militância política. Em meio ao fragor da ditadura civil-militar, conheceu o jornalista Pedro Porfírio – e com ele compartilhou afetos e abismos, numa história entrelaçada de amor, luta e silenciamentos. Tinha apenas 18 anos quando carregava no ventre o que seria seu primeiro filho. A gravidez foi interrompida de forma brutal durante uma repressão policial em plena Cinelândia. A violência do Estado, mais do que ao corpo, marcou sua história, uma lacuna que ainda ressoa. Anos depois, quando Pedro foi preso e enviado à ilha Grande, Adelia permaneceu à margem das grades – mas dentro do mesmo embate. Criou Vladimir e Geórgia, filhos do casal, e sustentou com altivez a travessia. Antes de AI-5 – O dia que não existiu, Adelia já havia se deparado com a obscuridade da ditadura. Em 1987, realizou Fugindo do passado: um drink para Teteia e história banal, documentário em que expressou, com coragem e sensibilidade, sua leitura crítica daquele período sombrio que sufocou tantas vozes. Era seu modo de inscrever memória e denúncia na imagem – um gesto de afirmação diante do esquecimento. O lar que construiu com Pedro Porfírio não era apenas abrigo: era espaço de resistência. Nesse mesmo território, Adelia enfrentava o racismo, a misoginia, os silêncios impostos. A pele negra, as ideias insurgentes e sua maneira singular de habitar o mundo transformavam o cotidiano em ato político. Com o tempo, o amor dela e Pedro se transfigurou. O casamento terminou, mas não o vínculo. Permaneceram o afeto, a escuta, a colaboração. Anos mais tarde, quando Pedro já havia partido, Adelia lançou um novo olhar sobre sua ausência. AI-5 – O dia que não existiu (2001), realizado com o jornalista Paulo Markun, tornou-se também um gesto de despedida – filme que evoca os silêncios forçados pela ditadura e a presença viva dos que se foram sem jamais desaparecer. Das idas e vindas à ilha Grande – onde Pedro esteve preso por sonhar – nasceu A barca, um roteiro ainda à espera de ser filmado. Um percurso de memórias femininas: mães, filhas, irmãs, sobrinhas, que cruzavam as águas para visitar seus amores confinados. Adelia segue ao leme, entre ausências e afetos, conduzindo essa travessia com a firmeza de quem nunca deixou de lembrar.

Falamos então de Parceiros da aventura, longa-metragem de José Medeiros – o primeiro e único filme dirigido por esse mestre da fotografia brasileira. Adelia, com o brilho instigante de quem conhece os bastidores como quem carrega cicatrizes e vitórias, lembrou que foi muito mais que diretora de produção da obra. Contou das batalhas para garantir o financiamento junto à Embrafilme, vencidas com o apoio essencial de sua irmã, Eliana Cobbett. No elenco, Milton Gonçalves dava corpo à potência da história. A conversa se desdobrava como uma fita antiga rebobinada com afeto, e, ao mencionar a proposta de exibição do filme do seu querido Zé Medeiros no Instituto Moreira Salles (IMS), durante a Mostra Adelia 80 anos, ela respondeu com a generosidade que a move: “É um filme muito bonito, foi feito com muito cuidado e carinho”. Mas Parceiros da aventura é mais do que bonito – é memória pulsante, gesto coletivo, cinema que carrega nas entranhas o ineditismo e o afeto de uma era.

Fomos então ao princípio do seu fazer como produtora. Com incentivo e estrutura oferecidos por Eliana, que era contadora e administradora, surgiu a AS Sampaio – firma pequena, nascida pessoa física, com ambição de liberdade criativa. Antes mesmo da produtora existir formalmente, Adelia já produzia. Foi assim com O segredo das rosas (1974), de Vanja Orico, filme resultado de um sonho acalentado pela artista e realizado pelas duas. Depois vieram os próprios filmes: Denúncia vazia (1979), seu primeiro curta, seguindo-se Adulto não brinca (1980). E, então, o passo maior: Amor maldito, o primeiro longa de ficção dirigido por uma mulher negra no Brasil, e o primeiro filme da América Latina a tratar explicitamente da lesboafetividade. Um gesto corajoso e solitário em sua época – e ainda hoje.

Amor maldito é a obra mais conhecida de Adelia – ainda assim, segue marginalizada. O filme conta a história de amor entre duas mulheres e expõe, com crueza e sensibilidade, os mecanismos de violência, repressão e preconceito que atravessam a vida de corpos dissidentes. Lançado durante um período de transição democrática, mas ainda marcado por um conservadorismo opressor, o filme foi sabotado de diversas formas. A crítica o ignorou ou desdenhou. A imprensa hesitou. As salas de exibição eram escassas. Ainda assim, o filme resistiu. Circulou. Foi redescoberto. Ganhou reedições, análises, estudos. Adelia abriu caminho com uma câmera na mão e o coração na boca. Como ela mesma afirma: “Eu resolvi fazer Amor maldito depois de uma série de notícias de jornais. Eu já tinha feito filmes sobre artista plástico, sobre criança, sobre miséria. Era hora de falar de amor. Mas de um amor que ninguém queria ver.” Amor maldito é também um retrato da solidão, do abandono, do sistema judiciário e da mídia sensacionalista. Um Brasil que julga, condena e executa. Um país onde a violência contra pessoas LGBTQIAPN+ é naturalizada – e que, até hoje, segue sendo o que mais mata essa população no mundo. Nesse cenário, o filme de Adelia permanece urgente. Um grito de denúncia. Um gesto de coragem. Um manifesto por existências que insistem em amar, mesmo sob ameaça constante.

Assim, reescrever a história do cinema brasileiro exige encarar as omissões. E, nelas, está o nome de Adelia Sampaio. Negra, mineira, filha de uma geração de mulheres que cuidaram de outras casas antes de cuidarem das suas. A voz firme, o humor afiado, a dor costurada à obra – tudo isso compõe presença e histórias que hoje se impõem e constroem um cinema negro no feminino.

Falamos do documentário Scliar, a persistência da paisagem (1991), sobre o pintor, cenógrafo, ilustrador, desenhista, roteirista e designer Carlos Scliar. Fico conjecturando o quanto o gesto de pintar se aproxima do cinema de Adelia, que, com a câmera na mão e a escuta atenta, constrói sua própria paisagem de memória e resistência. Escutar Adelia, mais do que ouvir, é partilhar essa forma rara de ver: arte que brota da escassez, mas transborda presença.

Adelia não quis ser heroína. Queria apenas filmar. E filmou. Contra todas as expectativas, contra todos os “não”. Construiu uma obra que é espelho e documento. E, mesmo sem o espaço que lhe era devido, deixou rastos – imagens, sons, afetos – que hoje nos ajudam a repensar o que entendemos por cinema brasileiro. Desse modo, escutar Adelia, mais do que ouvir, é partilhar uma forma de ver o mundo. Em cada relato, há a consciência crítica do seu lugar e do lugar dos outros. Há uma mulher que não romantiza o que viveu, mas também não se rende ao cinismo. Ela fala de perdas e de conquistas. Dos filmes que sumiram e dos que ressurgiram. Dos amigos que a apoiaram e dos que viraram o rosto.

Há nela uma ternura combativa. Um olhar que sabe da injustiça, mas também da beleza de persistir. Quando me contou a história do cineasta Luiz Guilherme Teixeira de Barros, conhecido como Luís de Barros, que para ela sempre fora Lulu de Barros, me disse: “Pouca gente conhece ou fala sobre Lulu de Barros”. Nascido no Rio de Janeiro, em 1893, e falecido em 1982, Lulu foi um dos pioneiros do cinema brasileiro, tendo atuado como cineasta, diretor teatral, produtor, montador, roteirista, diretor de fotografia e ator. Um verdadeiro homem de múltiplos talentos e assinaturas: também era creditado como Teixeira Barros, Guilherme Teixeira e Teixeira de Barros. “Ele é um dos grandes nomes apagados da nossa história”, afirma Adelia, destacando o racismo estrutural que permeia a memória oficial do cinema nacional. “Era negro. Isso ninguém diz.” Segundo ela, o silenciamento sobre a identidade racial de Lulu de Barros é um reflexo do processo contínuo de embranquecimento das figuras fundamentais da cultura brasileira, especialmente no audiovisual. Adelia lembra que Lulu de Barros dirigiu mais de 80 filmes entre os anos 1910 e 1950, sendo uma figura central na transição do cinema mudo para o falado no Brasil. “Ele estava lá desde o começo. Mas quantos estudantes de cinema hoje já ouviram falar dele?”, questiona. Ao recuperar a memória de Lulu, Adelia traça paralelos com sua própria trajetória, marcada por resistências e tentativas de silenciamento. “É como se nós não pudéssemos existir como autoras, como criadoras. Mas estamos aqui, e sempre estivemos.”

A cineasta relembra com entusiasmo e emoção do momento em que foi convidada por Lulu para cuidar da produção de seu último filme, Ele, ela, quem (1980). “O filme do Lulu é um filme muito importante, e eu me sinto muito feliz de ter aceitado o convite dele. Ninguém sabe por quê, mas ele me escolheu pra cuidar da produção do filme e de todo o orçamento que ele estava recebendo da Embrafilme.” Na época, Lulu já tinha 97 anos.

Adelia Sampaio. Foto de divulgação.

Sabe aqueles velhinhos que andam arrastando o pé? Era assim que ele andava. Eu tinha muito medo dele não aguentar o físico e morrer antes do filme terminar, tanto é que eu mantinha uma ambulância no set, uma série de precauções. Mas ele não teve absolutamente nada. Fez o filme dentro do prazo, nos horários normais de filmagem. Nós começávamos às 7 da manhã e às 17h ele parava – era uma coisa bem de operário mesmo. E ele fazia isso diariamente [...]. O filme tem uma coisa legal: a abertura é o Lulu de Barros na moviola. Uma imagem que diz muito. Além do profissionalismo, Lulu levava ao set um toque pessoal e cativante. Ele tinha uma coisa muito doida: pra cada dia de filmagem, ele fez uma roupa – como um uniforme, o paletozinho e tudo. Uma gracinha.

Ao revisitar essa história, Adelia reafirma a grandeza de Lulu de Barros como cineasta, e também o afeto que permeia os encontros e as memórias do cinema negro. Um cinema de resistência, de cuidado e de pertencimento. Nesse gesto, ilumina não apenas o passado, mas o caminho possível para outras mulheres negras que desejem filmar. Adelia é essa primeira luz do cinema negro feminino – facho que rompeu o silêncio, dissipou sombras e segue aceso, mesmo diante das ausências, como testemunho de uma trajetória marcada por apagamentos, mas sustentada pela força da criação.

Assim, suas memórias demarcam, porque Adelia recebeu de seus amigos o título de “Rainha da pesada”. Pergunto sobre sua mais importante produção, e ela responde sem hesitar: “Tudo que produzi, tudo que coloquei as mãos tem um significado muito especial na minha vida”. Sabendo que vou levar uma bronca, insisto em nomes, e, depois de muito resmungar, ela me diz: “Produzi para o Geraldo Santos Pereira. Também produzi para o apresentador de um programa muito famoso na época, O Homem do Sapato Branco. Era o Alcino Diniz”, esclarece. “O nome do filme dele é O grande mentecapto. Gravamos um longa e uma minissérie, ao mesmo tempo.”

Para Geraldo Santos, Adelia produziu O seminarista (1977). “Fui eu que montei o elenco inteiro. Só o Nino Parente era conhecido. O restante foi tudo ator novo, selecionado em um casting.” Ela não apenas produziu o filme – fez tudo. Lembra com entusiasmo da origem do projeto: “Ganhei o livro de um artista plástico, Luiz Alphonsus de Guimaraens. Ele disse: ‘Lê, esse livro do meu tio pode dar um filme legal. Aí eu faço a cenografia.’ Achei o livro bárbaro: a história de um padre que, no final, se despe de tudo e sai nu pela igreja. Falei com o Geraldo e, apesar da resistência dele em relação ao fotógrafo, insisti que fosse o Zé Medeiros, porque eu confiava nele. Depois de muito resmungar, ele aceitou. O filme foi um sucesso e ainda ganhou prêmio.”

À medida que vou puxando, ela desanda a falar: “Trabalhei também com Pedro Novaes, do Cinema da Boca do Lixo, em São Paulo, mas não lembro o nome do filme. Fiz ainda Costinha e o King Mong, que adorei fazer. Era do Alcino Diniz, que era famoso na TV e decidiu se aventurar no cinema com apoio da Embrafilme. Além disso, fiz direção de produção e maquiagem em O monstro de Santa Teresa, do meu cunhado William Cobbett. Já no filme Jesuíno brilhante, dele também, fiz apenas produção.”

Adelia explica: “As escolas procuravam a Difilmes para pegar filmes em 16 mm e exibir nos cineclubes. Eu organizava isso. Era uma forma de abrir o olhar do adolescente para o cinema.” Da cinefilia ao cinema, Adelia conta que tudo começou na Difilmes, onde iniciou como telefonista, continuísta, maquiadora, até chegar à produção. “Ah, não. Sou um livro aberto. Tenho plena consciência do que fiz no cinema. Por exemplo, convencer um diretor de que o maquinista e o eletricista também precisavam ter acesso ao roteiro foi uma luta grande. Mas consegui. Depois disso, surgiu o sindicato do cinema.” Adelia conta que, na época, só existia o sindicato dos atores. “O ator ganha muito e trabalha três horas no set. A gente, da produção, entra às cinco da manhã e sai quando tudo termina. Com o tempo, percebemos que estávamos sendo lesados. Então comecei a lutar pelo sindicato do setor técnico. Hoje ele existe.”

Sobre ser mulher em um meio majoritariamente masculino e branco, ela afirma: “Fui muito abusada! Nunca aceitei conversa fiada. Era diretora de produção, e, para comandar homens, é preciso ter força, energia e didática. Eu não levava desaforo. Por isso me chamavam de ‘rainha da pesada’.” Adelia também relembra a sensação de proteção por ter uma irmã como produtora executiva e um cunhado atuando na área. “Nunca sofri cantadas. Outras mulheres sofriam. Comigo, ninguém se atrevia.”

Após muitas horas de conversa, pergunto como é chegar aos 80 anos. Como ela enxerga tudo isso? “É estranho. Não senti os 80 anos chegarem. Só percebi quando minha filha, Gogoya, disse que ia organizar uma festa, fazer camiseta, cuidar da decoração... Foi ela quem fez tudo. Os 80 não pesam na minha cabeça. Talvez só daqui a dois, três anos.” E brinco: “Daqui a vinte”. Ela ri: “Talvez. Essa minha ida recente ao Recife foi uma tentativa de resistência. Queria ver se ainda dava conta de comandar um set, com gente que não é atriz nem ator. E consegui. Foi tranquilo.”

O filme que Adelia está gravando neste momento conta a história de Joana, autora da música “Vassourinhas” – mais uma mulher apagada da história. Joana teve seu nome suprimido dos créditos do frevo. “A música ‘Corre, corre, vassourinha’ nasceu ali. Mas a história de Joana foi silenciada. E é por isso que continuo aqui, fazendo cinema: para lembrar que existimos, para dar nome às mulheres que sempre estiveram, mesmo quando quiseram apagá-las”.

Ao revisitar um pedacinho de sua trajetória, Adelia Sampaio nos convida a enxergar os bastidores do cinema brasileiro com outros olhos – os de uma mulher negra que, contra todas as estatísticas e resistências, ousou ocupar espaços que lhe foram negados historicamente. Produtora, diretora, montadora, maquiadora, continuísta, programadora de cineclube, construtora de caminhos: Adelia foi e é muitas. E segue sendo memória viva de um cinema que, embora muitas vezes lhe tenha virado as costas, só existe porque ela esteve lá, firme, enfrentando a dureza das estruturas e abrindo frestas para outras passarem.

Sua história é parte fundamental da história do cinema brasileiro. E é também um chamado para que reconheçamos, valorizemos e difundamos o trabalho de tantas mulheres negras que, como ela, ajudaram a levantar o cinema com suas mãos, sua inteligência e sua coragem. Porque, sem elas, a imagem nunca será inteira e perderá luminosidade.

Adelia Sampaio segue sendo essa primeira luz do cinema negro feminino – uma presença que inaugura caminhos, inspira comprometimentos e afirma que resistir também é brilhar.

 



Edileuza Penha de Souza é professora, cineasta e pesquisadora. É amiga e biógrafa de Adelia Sampaio.

 

A mostra Retrospectiva Adelia Sampaio: se eles apagam, a gente reescreve está em cartaz no cinema do IMS Paulista e IMS Poços.