Todo mês, as revistas de programação do Cinema do IMS trazem a lista completa dos filmes programados no IMS Paulista e no IMS Rio, com datas e horários, além de ensaios e entrevistas.
Entre o final dos anos 1980 e o começo dos anos 1990, Marlon Riggs produziu oito filmes, – longas, médias e curtas-metragens – nos quais a experiência de ser um homem negro gay que vive com HIV nos EUA é somada ao rigor da pesquisa histórica, à inventividade formal e à produção de seus parceiros de ativismo e produção artística. Pela primeira vez, essa obra será exibida na íntegra nos Cinemas do IMS e no Galpão Bela Maré, em diálogo com curtas-metragens brasileiros contemporâneos. A mostra Bixaria Negra – O cinema de Marlon Riggs tem curadoria de Bruno F. Duarte e conta com a presença de pesquisadores e cineastas que discutirão o legado de Riggs. Entre eles, Cornelius Moore, que foi parceiro de criação e é distribuidor dos filmes do artista.
Invasão, ocupação violenta, deslocamentos forçados e apagamento de memórias ancestrais são temas que orientam Atravessamentos, programação especial da Bienal de Arquitetura de São Paulo, e também a exibição de Mariópolis, de Mantas Kvedaravičius – assassinado por tropas russas em abril deste ano –, junto aos filmes Carta a um amigo, de Emily Jacir, e Apyka´i “Banco do pensamento”, de Xadalu Tupã Jekupé, num diálogo entre Ucrânia, Palestina e a população indígena Mbya.
A aparição de Zé do Caixão exposta a vítimas de um experimento alucinógeno é a premissa de Despertar da besta, filme de José Mojica Marins censurado pelo regime militar, que será exibido na Sessão Cinética deste mês.
Junto aos filmes em cartaz, o Cinema do IMS exibe curtas-metragens produzidos para o IMS Convida: incêndios criminosos, artigos de neutralidade de gênero, a live que as amigas não podem perder e um poema do século XVIII subitamente transformado em rap.