O botão de pérola
- Título Original: El botón de nácar
- Ano: 2015
- Duração: 82 min.
- Idiomas: Espanhol, Kawésqar
- Formato de tela: 16:9
- Cor: Colorido
- Legenda: Português
- Classificação indicativa: 12 anos
- País: Chile
- Informações adicionais / Extras:
Encontros, de Patricio Guzmán (Chile, 2012-2015. 35 min). Filmado durante a realização de O botão de pérola.
Livreto com ensaio de Eduardo Escorel e entrevista de Patricio Guzmán a Frederick Wiseman.
Patricio Guzmán
O Emprego
Oitavo título da coleção de DVDs do IMS, O emprego (Il Posto, 1961) é dirigido por Ermanno Olmi, diretor italiano mais conhecido no Brasil por A árvore dos tamancos (1978) e Caminha, caminha (1983). O filme conta a história de Domenico, jovem da classe operária de uma pequena cidade, que se candidata a uma função administrativa em uma grande empresa de Milão. Após um longo dia de testes, em que conhece Antonietta, também candidata, ele é contratado. E sente-se ainda mais feliz ao descobrir que Antonietta também foi aceita na empresa. As esperanças de Domenico, entretanto, são duplamente frustradas quando o colocam em um departamento longe dela e quando lhe recusam temporariamente o trabalho administrativo com o qual sonhava, para admiti-lo como mensageiro. “No início, não penso na câmera. Penso no que devem ser apresentado: o lugar, a iluminação, as pessoas. Construo a ficção que preciso e quando sinto que ela corresponde às minhas necessidades, vou para a câmera para ser conduzido pela cena, sem estabelecer de antemão que ‘aqui’ vou fazer um close-up, um plano geral ou um movimento de câmera. Não decido nada com antecedência. Quase sempre trabalho com a câmera na mão, na altura de meus olhos e se preciso movimentá-la procuro fazer como se ela fosse parte de meu corpo.” – Ermanno Olmi
- Título Original: Il Posto
- Ano: 1961
- Duração: 93 min.
- Idioma: Italiano
- Formato de tela: 4:3
- Cor: Preto e Branco
- Legenda: Português
- Classificação indicativa: 12 anos
- País: Itália
- Informações adicionais / Extras:
Livreto com o ensaio "O descrédito do milagre econômico", de Millicent Marcus.
Ermanno Olmi
O futebol
Sergio e seu pai, Simão, não se viram ao longo de 20 anos. A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil fornece ao filho, que mora na Espanha, um pretexto para conviver algum tempo com o pai, retomando o antigo hábito de assistirem a jogos juntos.
Segundo Sergio Oksman e Carlos Muguiro, as primeiras palavras anotadas no caderno de trabalho durante o processo de elaboração do filme foram: “gravar a Copa com Sergio e Simão, um pai e um filho, infância, ficção da realidade, voltar atrás, reproduzir as circunstâncias da felicidade da infância, construir o imaginário, regras de futebol, eclipse”.
“Nessa sequência de palavras”, comentam os autores, “estavam anotadas as ideias que continuamos desenvolvendo ao longo dessas três semanas, antes do início da Copa, e isso nos permitiu adentrar num território totalmente desconhecido. Mais do que uma solução para o roteiro, para a história, para o enfoque narrativo, para o conteúdo dramático, o que estávamos realmente buscando era justamente o esquecimento, a viagem, a transformação, o cinema no presente, a ausência de palavras. Esse território que marcava limites desconhecidos para nós. Não era um problema de roteiro, e sim de metodologia.”
- Ano: 2015
- Duração: 68
- Idioma: Português
- Formato de tela: 16:9
- Cor: Colorido
- Legendas: Espanhol, Francês, Inglês
- Classificação indicativa: 10 anos
- País: Espanha
- Informações adicionais / Extras:
Bloco de notas, de Sergio Oksman e Carlos Muguiro: Anotações filmadas sobre o processo de realização de O futebol; Alemanha, de Sergio Oksman: Nota para o terceiro aniversário da final da Copa de 2014; Livreto com depoimento de Carlos Muguiro e Sergio Oksman e ensaio de João Moreira Salles
Sergio Oksman
Os dias com ele
“Há dois protagonistas que vivem papéis duplos: a filha-cineasta e o pai-personagem. Se a relação cineasta-personagem já é, em qualquer documentário, complexa e permeada de tensões e dilemas éticos, a relação parental vai acrescentar graus ainda maiores de complexidade à obra” — observa Carla Maia sobre Os dias com ele de Maria Clara Escobar. A aproximação da filha ao pai, continua, “não se dá com precisão e segurança, mas de maneira vacilante, incerta, ao modo da tentativa e erro. Talvez venha daí a escolha de manter, em boa parte das entrevistas, os momentos que antecedem o bater da claquete – ajustar o enquadramento, colocar o microfone, testar o som. Sempre em preparação, nem pai nem filha parecem prontos para o encontro agenciado pelo filme.”
Duas viagens a Portugal, a primeira de quatro meses, a segunda de dois meses, “e um método mais automático do que resultado de uma reflexão” – observa Maria Clara –, “ele usando a construção das palavras e eu, o aparato da câmera. Ele repetindo um método de construir e eu, um de desconstruir. O que retrata e o retratado. O que olha e o que é visto. E, por que não, dentro dessa mesma lógica de relação de poderes negociados e apropriação de sua matéria, o que é pai e a que é filha. Repetimos muitas vezes este procedimento; e de maneira estranha, através da repetição, íamos nos aproximando e conhecendo pouco a pouco as armadilhas de cada um e talvez as armadilhas em que cada um estivesse preso.”
- Ano: 2013
- Duração: 105 min.
- Idioma: Português
- Formato de tela: 16:9
- Cor: Colorido
- Legendas: Espanhol, Inglês
- Classificação indicativa: 12 anos
- País: Brasil
- Informações adicionais / Extras:
"Fragmentos de uma conversa sobre Marxismo", depoimento não incluído na montagem final de Os dias com ele, de Maria Clara Escobar. [Brasil, 2015. 25 min. aprox.] Livreto "Duas notas sobre Os dias com ele" com depoimento da realizadora e introdução crítica de Carla Maia.