Cartografia Negra (SP)

Formado pelos educadores e pesquisadores Carolina Piai Vieira, Raissa Albano de Oliveira e Pedro Alves, o Coletivo Cartografia Negra realiza mensalmente, há dois anos, a Volta Negra, uma caminhada aberta na qual são compartilhados registros sobre as vivências da população negra nos séculos XVIII e XIX na região central da cidade de São Paulo. O trabalho é fruto de uma pesquisa que o grupo desenvolve desde 2017 sobre esses espaços e narrativas.

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(Foto de João Cardoso Lopes)

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Rua Antonina (atual Rua Quinze de Novembro). São Paulo, SP, Brasil, 1865. Foto de Militão Augusto de Azevedo /Acervo IMS

Este projeto nasce a partir de uma vontade de contarmos histórias. Mas quais histórias? Nossas histórias, histórias do povo negro, que vêm sendo apagadas pela narrativa oficial da cidade de São Paulo.

Quando a população negra é registrada nas narrativas das cidades brasileiras, aparece restrita à sua condição de escravizada. Nosso desejo é trazer à tona mais histórias das pessoas africanas e afro-brasileiras que viveram em São Paulo.

A partir de pesquisas, construímos textos que estão acompanhados de imagens e fotografias do acervo do IMS. Trazemos provocações, que nos levam na direção de uma história mais plural da população paulistana. Aqui, apresentamos apenas uma fresta da janela que temos aberto ao longo dos últimos três anos. É uma apresentação e também um convite para as pessoas pesquisarem, refletirem e conversarem mais sobre o assunto.

Importante lembrar que não fomos nós que iniciamos este caminho e não seremos nós que o iremos terminar. Agradecemos e seguimos.

Este texto foi escrito e narrado por Raissa Albano de Oliveira, Pedro Alves e Carolina Piai Vieira, com trilha sonora de Rafael Pinho e edição de Julia Lucia Oliveira, e faz parte do projeto Um novo olhar, sobre uma narrativa ancestral.

Projeto realizado a convite da área de Educação e acompanhado por Renata Bittencourt, da equipe do IMS