O módulo "Mirada ao Norte" tem como objetivo promover uma série de seis encontros, com temáticas relacionadas ao campo da arte contemporânea e cultura visual na Baixada Fluminense, que fica ao norte da capital do Rio de Janeiro. A partir de uma perspectiva preta e periférica e com curadoria pedagógica de João Paulo Ovidio, cada encontro será ministrado por uma profissional de referência, convidada a fim de estimular discussões e aprofundamentos teóricos. Aqui, o norte é entendido não como uma região ou hemisfério, mas talvez mais próximo de uma zona do mapa. Aberto a interpretações outras, o nome assume ao mesmo tempo uma orientação e um convite à cidade do Rio de Janeiro. O projeto nos incentiva a pensar criticamente o território da Baixada Fluminense, de dentro para fora, em prol de um maior entendimento do cenário local. Afinal, a mirada é para a nossa própria morada.
Mais sobre a escolha do nome Mirada ao norte ►
Realização
A formação busca fomentar um espaço de trocas simbólicas, intelectuais e visuais, uma vez que a crítica se faz necessária para formulação de narrativas e memórias. Escrever é uma reivindicação estético-política de ser, estar e existir no mundo.
Cada pessoa selecionada como residente receberá uma ajuda de custo no valor de R$40,00 (quarenta reais) por aula para viabilizar a participação nos encontros. O repasse está vinculado à participação e presença durante o curso, sendo imprescindível a participação para o recebimento do auxílio.
Curador Pedagógico
João Paulo Ovidio
Historiador da arte, curador independente, educador museal e professor universitário. Doutorando em História da Arte, na linha de pesquisa Arte e Alteridade, pelo PPGHA/IART/UERJ. Pesquisa, debate e escreve sobre arte moderna e contemporânea no Brasil, produção cultural na Baixada Fluminense, narrativas contra-hegemônicas e relações étnico-raciais. É fundador e editor-chefe da Revista Desvio, publicação acadêmica online sobre arte, memória e patrimônio. Atualmente é Professor Substituto na Licenciatura em Pedagogia na FEBF/UERJ.
Mediadores convidados
Bárbara Copque
Descende do recôncavo baiano, é suburbana, pós-doutora em Ciências Sociais, profa. adjunta na FEBF/UERJ, antropóloga-que-fotografa, artista visual, curadora, conselheira do Museu Afrodigital do Rio/UERJ, conselheira do acervo Januário Garcia do Instituto Moreira Salles/IMS e foi membra do Comitê de Antropologia Visual da Associação Brasileira de Antropologia. Coordena os grupos NuVisu - Núcleo de estudos visuais em periferias urbanas, Rádio UERJ e Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra, participa do projeto Mapeando Arte & Cultura Visual na Periferia, de exposições coletivas, publicou livros, textos críticos na 35ª Bienal de São Paulo e para o IMS, realizou documentários e possui obras no acervo do Museu de Arte do Rio.
Carolina Rodrigues
Historiadora da arte (EBA/UFRJ), mestre em Artes Visuais, linha de Imagem e Cultura, pelo PPGAV/UFRJ e pesquisadora integrante do Núcleo de Antropologia, Patrimônio e Artes/CNPq. Atualmente, é curadora geral do Museu Bispo do Rosario e articula questões relacionadas às fronteiras do sistema da arte, relações étnico-raciais, territorialidade e gênero. Nos últimos anos, contribuiu com o desenvolvimento da concepção curatorial do Museu do Comércio do Sesc RJ enquanto curadora adjunta e pesquisadora, desenvolveu projetos em Arte e Educação na Gerência de Cultura e Arte Firjan SESI e realizou mentoria curatorial no programa de residência Territórios Curatoriais, no MAM Rio. Realizou curadoria de exposições no Museu Bispo do Rosario, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, no MAMAM Recife, na Casa França-Brasil, no Centro Cultural dos Correios, na Caixa Cultural RJ, no Instituto Pretos Novos e em diversas unidades do Sesc Rio.
Gabriel Gomes
Sambista, cria do Centenário (Duque de Caxias), pedagogo pela FEBF/UERJ, professor na Prefeitura Municipal de São João de Meriti e produtor cultural. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias/UERJ, pesquisa e pratica as manifestações Sambistas enquanto movimentos culturais que reinscrevem os sujeitos indígenas e negros na sociedade. Compõe, como membro, o Grupo de Pesquisa e Extensão Cultural A Cor da Baixada. Integra a equipe técnica do planejamento museológico do ponto de memória Africanidades, localizado no CIEP 201. Atualmente, é Professor Substituto do Departamento de Ciências e Fundamentos da Educação da FEBF/UERJ.
Leandro Fazolla
Produtor teatral, articulador cultural, crítico de arte e ator. Doutorando em Artes Cênicas pela Unirio, pós-graduado em História do Teatro Moderno e Ocidental (CAL), Mestre em Arte e Cultura Contemporânea (UERJ); e Bacharel em História da Arte (UERJ). Atua como diretor, produtor e membro fundador da Cia. Cerne, com a qual foi contemplado em importantes editais como Rumos Itaú Cultural, SESC Pulsar RJ, Circulação SESI RJ. Idealizador e diretor do Festival Cenáculo de Teatro, mostra de teatro que acontece desde 2012 na Baixada Fluminense. Diretor-geral do Instituto Cultural Cerne e da Escola Popular de Teatro da Baixada, iniciativas que levam teatro, cultura e educação de forma gratuita para São João de Meriti. Venceu diversos prêmios de teatro ao longo de sua trajetória nas categorias ator, Cenário e Figurino.
Onde
Rio de Janeiro
Formato: presencial
Territórios: Duque de Caxias - Rio de Janeiro (Gomeia - Galpão Criativo)
Duração: 24 horas (6 encontros de 4 horas cada)
Vagas: 15 (10 vagas para ampla concorrência e 5 vagas para ex alunos do Gomeia Galpão Criativo)
Edital em PDF ►
