O coletivo nasceu na Terra indigena Sete de Setembro, localizada em Rondônia e Mato Grosso, e é formado por comunicadores indígenas do povo Paiter Suruí e apoiadores não indígenas. Resultado de um movimento mais amplo de fortalecimento cultural e político, o coletivo tem início após as intensas lutas pela demarcação do território, marco fundamental na história Paiter. Como resposta estratégica à conquista de seus direitos territoriais, os Paiter-ey elaboraram o “Plano de Gestão de 50 Anos”, um documento visionário que estabelece diretrizes para o futuro dos Paiter Suruí, incluindo a formação de uma rede própria de comunicação e arte.
Dentro desse plano, a juventude indígena da Terra Sete de Setembro foi incentivada e capacitada no uso de novas tecnologias, com o objetivo de desenvolver e registrar narrativas, sob sua própria perspectiva. O Coletivo Lakapoy tornou-se uma ferramenta essencial para preservar, fortalecer e difundir a cultura Paiter Suruí, promovendo o protagonismo na produção de conteúdo audiovisual, jornalístico e digital.
Desde a sua criação em 2022, o Coletivo Lakapoy vem crescendo. Hoje, conta com uma equipe formada por fotógrafos, influenciadores, produtores e tradutores, e segue crescendo. O objetivo é ter representantes em todas as dezenas de aldeias Paiter Suruí, formando uma rede de comunicação em todo o território.
Neste projeto específico, participaram Ubiratan Gamalodtaba Suruí, Oyexiener Suruí, Gabriel Uchida, Christyann Ritse, Kennedy Suruí, Txai Suruí, Oyago Suruí, Samily Suruí e Oyorekoe Luciano Suruí.
