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Carolina Maria de Jesus em pauta

Ciclo de conversas

Relacionado à exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros

Quando

9, 16 e 23/3/2022, quartas, às 19h

Evento online

Grátis. Mais informações abaixo.

O ciclo Carolina Maria de Jesus em pauta acompanhará as últimas semanas da mostra Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros. A exposição apresenta a escritora, que incursionou em vários gêneros literários, como mulher negra, mãe, artista circense, compositora, cantora – uma multiartista. Carolina é observada como uma intérprete do país, uma pensadora incontornável sobre nossa realidade social, política e cultural.

Nesses encontros virtuais, conversaremos acerca de alguns dos temas que circundam a escritora e a exposição: as imagens, a literatura e o mercado editorial. Será uma oportunidade de celebrar a obra e o legado de uma das autoras mais importantes do país no mês de seu aniversário.

#CarolinaPresente

 

Transmissão ao vivo com interpretação em Libras pelo YouTube e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.

Programação

23/3/2022, quarta, às 19h

Mesa 3 - Editoras negras e o mercado editorial

Com Iris Amâncio, Israel Neto e mediação de Jane Leite

As editoras negras têm na atualidade um papel importante na difusão de autores e autoras que antes publicavam as próprias obras, pela falta de espaço no mercado. A demanda por uma literatura que reflita a complexidade racial, social e cultural do país nas prateleiras das livrarias e nos festivais contribuiu para dar maior visibilidade para novos nomes e títulos. Neste encontro, será possível saber mais sobre a trajetória de algumas dessas editoras, suas publicações, o mercado, pontos críticos e questões específicas da publicação da autoria negra brasileira.

Iris Amâncio
Professora universitária e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF). Coordena o Laboratório de Literaturas e Culturas Africanas e da Diáspora Negra (Licafro-UFF) e o Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Literatura Infantojuvenil (UFF-Lij). Além de artigos e livros acadêmico-científicos, é autora de obras de literatura infantojuvenil. Em 2019, foi agraciada pelo Governo do Estado de Minas com a Medalha “Mérito Santos Dumont” por sua atuação como editora no estado. Há 15 anos publica autoras e autores negros pela Nandyala Editora, promovendo interações entre a África e a Diáspora Negra.

 

Israel Neto
Escritor, músico e editor na Kitembo Edições literárias do Futuro, cofundador do coletivo Literatura Suburbana, no qual edita a Coleção Literária Besouro. Integra diversas antologias literárias dos movimentos de literatura periférica e negra de 2009 a 2015. Autor dos livros Amor banto em terras brasileiras, Os planos secretos do regime, Ancestral e Não podemos esperar. Recebeu os prêmios Jovem Brasileiro (2011), Funarte Hip Hop (2014) e Odisseia, de literatura fantástica (2021). Ajuda a fomentar a cena de literatura negra afrofuturista, em sua produção literária e na publicação de outras autoras e autores.

 

Jane Leite
Mãe, 37 anos, é formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e tem pós-graduação em Gestão de Documentos pela Unileya. Trabalha desde 2015 como bibliotecária na Coordenadoria de Literatura do IMS. Atualmente integra a equipe que desenvolve o site sobre a escritora Carolina Maria de Jesus, uma das titulares de acervos do instituto.

16/3/2022, quarta, às 19h

Mesa 2 - Mulheres negras e suas narrativas

Com Esmeralda Ribeiro, Geni Guimarães, Miriam Alves e mediação de Raquel Barreto

Carolina Maria de Jesus foi uma autora de vasta produção, grande parte ainda inédita. Formou uma tradição na literatura brasileira que permitiu e garantiu a possibilidade e a presença de outras mulheres negras. Além disso, em muitas de suas obras vocalizou questões presentes na vida de muitas mulheres. Rompeu barreiras de raça, gênero e classe para ser editada e lida. Esta conversa com três escritoras aborda suas publicações, suas relações com a própria Carolina e as possibilidades e os desafios presentes no campo editorial para escritoras negras hoje.

Esmeralda Ribeiro
Paulistana. Jornalista, escritora e pesquisadora da literatura negra. Faz parte dos coletivos Quilombhoje Literatura e Flores de Baobá (escritoras negras). Edita e escreve nos Cadernos Negros. Incentiva a escrita feminina na literatura. Além de Cadernos Negros, tem trabalhos publicados em antologias no exterior e no Brasil. É autora dos livros  Malungos e Milongas (conto) e Orukomi – Meu nome (infanto-juvenil) pelo Quilombhoje.

 

 

Geni Guimarães
Nasceu na fazenda Vilas Boas, município de São Manuel (SP), em 1947. Na infância e adolescência esboçou pequenos textos, posteriormente publicados em jornais da região. Lançou em 1979 o primeiro livro: Terceiro filho (poemas), que a pôs em contato com o movimento negro literário. Publicou vários livros de poemas, contos e infanto-juvenis. Ganhou o prêmio Jabuti com A cor da ternura (contos), o que motivou convites para palestras na Alemanha, Suíça e Áustria. Integra antologias nacionais e internacionais, entre as quais Shwarze Poesie, na Alemanha.

 

Miriam Alves
Bacharel em Serviço Social, integrante do Quilombhoje Literatura de 1980 a 1989. Tem poemas e contos publicados em Cadernos Negros. Lançou nove livros, entre eles Momentos de busca, poemas (1983); Brasilafro autorrevelado, reflexões (2010); Mulher mat(r)iz, prosas (2011); e Mareia, romance (2019). Integra várias antologias nacionais e internacionais.  Como escritora visitante, ministrou cursos na Universidade do Novo México e no Middlebury College, EUA. Co-organizou as antologias bilíngues Finally us: Contemporary Black Brazilian Women Writers (1995); Women righting – Afro-Brazilian Women’s Short Fiction (2005).

 

Raquel Barreto
Historiadora e pesquisadora. Desenvolve pesquisa no doutorado a respeito do Partido dos Panteras Negras e as relações entre visualidade, política e poder, na UFF. Seu mestrado concluído tem como título Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça: narrativas de libertação em Angela Davis e Lélia Gonzalez. Participou do projeto de publicação dos livros das pensadoras Lélia González e Beatriz Nascimento, produzidos pela União dos Coletivos Pan Africanistas de São Paulo, e prefaciou a edição brasileira de Angela Davis, uma autobiografia. É cocuradora das exposições Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, no IMS, e Vazar o invisível, na OM.art RJ.

9/3/2022, quarta, às 19h

Mesa 1 - Novas imagens para Carolina

Com Antonio Obá, Criola e mediação de Hélio Menezes e Raquel Barreto

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora de muitos talentos, que teve sua importância e complexidade rasuradas, sendo quase sempre representada de forma estereotipada. As obras comissionadas para a exposição, sustentadas na pesquisa fotográfica que a exposição levantou e apresentou, trazem novas possibilidades de ver e apreciar a autora, capazes de celebrar Carolina de muitas faces, destacando em especial sua beleza, sua elegância e seu orgulho.

O artista Antônio Obá e a artista Criola conversam sobre seus processos de criação e suas obras comissionadas para a exposição, com a mediação dos curadores da mostra.

Antonio Obá
Nascido em Ceilândia, em 1983, vive e trabalha em Brasília. Investiga as relações de influência e contradições dentro da construção cultural do Brasil, dando margem a um ato de resistência e reflexão sobre a ideia de uma identidade nacional.  Entre as muitas exposições individuais e coletivas de que participou encontram-se Antonio Obá: Fables, X Museum, Beijing (2022); Carolina Maria de Jesus, um Brasil para os brasileiros, IMS, São Paulo (2021); Tuymans – Cahn – Oba, Bourse de Commerce, Pinault Collection, Paris (2021); Histórias Afro-Atlânticas, MASP/ Tomie Ohtake, São Paulo (2018).

 

Criola
Artista visual nascida em 1990 em Belo Horizonte, reflete em sua arte a tríade ancestralidade, espiritualidade e natureza. Sua pesquisa tem como base as subjetividades da mulher preta e os grafismos de matrizes afro-brasileiras. Na sua prática artística, busca representar personagens com geometrias sagradas em cores vibrantes que traduzem suas vivências enquanto artista afro-diaspórica. Já pintou murais de larga escala em países como Brasil, França, Bielorússia e Estados Unidos.

 

Hélio Menezes
Antropólogo, atua como curador, crítico e pesquisador. Mestre e Doutorando pela Universidade de São Paulo e Affiliated Scholar ao Brazil Lab da Princeton University. Foi curador de Arte Contemporânea e Literatura do Centro Cultural São Paulo (2019-2021) e coordenador internacional do Fórum Social Mundial de Belém (2009), Dacar (2011) e Túnis (2013). Entre seus trabalhos recentes, destacam-se a curadoria das exposições Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros (IMS) e Histórias Afro-Atlânticas (MASP/Instituto Tomie Ohtake). Em 2021, a ArtReview o reconheceu como uma das 100 pessoas mais importantes da arte contemporânea no mundo.

 

Raquel Barreto
Historiadora e pesquisadora. Desenvolve pesquisa no doutorado a respeito do Partido dos Panteras Negras e as relações entre visualidade, política e poder, na UFF. Seu mestrado concluído tem como título Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça: narrativas de libertação em Angela Davis e Lélia Gonzalez. Participou do projeto de publicação dos livros das pensadoras Lélia González e Beatriz Nascimento, produzidos pela União dos Coletivos Pan Africanistas de São Paulo. É cocuradora das exposições Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, no IMS, e Vazar o invisível, na OM.art RJ.

Como participar

Quando
9, 16 e 23/3/2022, quartas, às 19h

Evento online
Grátis, não é necessário se inscrever antecipadamente.
Transmissão ao vivo com interpretação em Libras pelo YouTube do IMS e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.

 

Vacine-se. Use máscara, lave as mãos e use álcool em gel. Evite aglomerações.


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