Por ocasião das exposições Stefania Bril: desobediência pelo afeto e Thomaz Farkas, todomundo, em cartaz em seu centro cultural em São Paulo, o IMS organiza as “Conversas Bril/Farkas: Fotografia em expansão, Brasil 1970/1990”.
O encontro busca abordar, através de conversas com professores e especialistas brasileiros, as diversas vertentes da produção fotográfica no período subsequente ao AI-5 e o ativismo da fotografia na construção do campo cultural na redemocratização brasileira.
Haverá ainda, ao final, o lançamento do livro Fotografia moderna no Brasil 1900-1950: arte, saber e poder, que investiga, através de artigos de 12 autores, a modernidade fotográfica no país.
Evento ao vivo com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
10h | Fala de abertura
Com Ileana Pradilla Ceron, Miguel Del Castillo e Sergio Burgi
10h30 | Mesa 1: Práticas fotográficas em expansão nos anos 1970
Com Ana Maria Mauad, Juliano Gomes e Rosa Gauditano. Mediação de Sergio Burgi
14h | Mesa 2: Articulações e ativismos do campo fotográfico na redemocratização
Com Claudia Ferreira, Fabrícia Cabral de Lira Jordão e Rosely Nakagawa. Mediação de Ileana Pradilla Ceron
16h | Mesa 3: Apresentação do livro Fotografia moderna no Brasil 1900-1950: arte, saber e poder
com Helouise Costa
Mesa seguida de sessão de autógrafos
Ana Maria Mauad
Doutora em história pela Universidade Federal Fluminense e professora titular do Departamento de História da mesma universidade. Desde 1996 é pesquisadora do CNPq, em 2013 tornou-se Cientista do Nosso Estado FAPERJ e em 2018 atuou como pesquisadora visitante do St. John’s College, Universidade de Cambridge, no âmbito da Cátedra Celso Furtado (Cambridge-Capes), entre jan-mar de 2024 foi pesquisadora visitante sênior no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Entre 2021 e 2023 atuou como membro do CA de História do CNPq e entre 2023 e 2024, assumiu a sua coordenação. Atua no setor de Teoria e Metodologia da História ministrando cursos no âmbito da Graduação e da Pós-Graduação em História e orienta regulamente em nível de Graduação, Mestrado e Doutorado. Dedica-se ao estudo das relações entre fotografia e história, com publicações de livros, capítulos e artigos acadêmicos em que convergem questões associadas aos campos da História Visual, História Oral e História da Memória. Coordena projetos financiados pelas principais agências de fomento brasileiras, integra Rede Brasileira de História Pública e coordena juntamente o Dr. Marcus Vinícius Oliveira o Fórum Anual - Uma agenda para a Fotografia, em que se articula uma ampla rede de pesquisadores e pesquisadoras nacionais e internacionais.
Claudia Ferreira
Fotógrafa e historiadora. Trabalhou para os jornais brasileiros Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Correio Brasiliense, e para as agências internacionais Sipa Press e Cone Sur press. Fez still em vários filmes de longa e curta metragem e fotografou espetáculos teatrais e musicais no RJ nas décadas de 80 e 90. Desde a década de 80 vem dedicando-se a documentar os movimentos sociais, especialmente os movimentos feministas, e a vida cultural do Rio de Janeiro. É autora dos livros Marcha das Margaridas – Ed. Aeroplano, 2015 e Mulheres e Movimentos - Ed. Aeroplano, 2004; pesquisadora associada do Programa Avançado de Cultura Contemporânea, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e do Laboratório de História Oral e Imagem, da Universidade Federal Fluminense. Recebeu, em 2004, o prêmio Rio Mulher, na área da cultura, concedido pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, além do seu projeto de documentação dos movimentos sociais, presta serviços como fotógrafa para a ONU Mulheres, e coordena o Banco de Imagens Memória e Movimentos Sociais, composto por fotos de sua autoria, que recebeu, em 2014, o prêmio Memórias Brasileiras, conferido pelo Instituto Brasileiro de Museus/Ministério da Cultura.
Fabrícia Jordão
Doutora e Mestre em Artes pela ECA/USP. Em 2019 recebeu o prêmio de melhor tese da CAPES (Artes). Professora nos cursos de licenciatura e bacharelado em Artes Visuais da UFPR e no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da EMBAP-UNESPAR. Suas pesquisas e reflexões enfocam a relação entre arte e capitalismo na arte contemporânea. Desde 2020 coordena o Laboratório de Imaginário Radical (projeto de extensão vinculado ao DeArtes/UFPR) e integra a Red de Estudios Visuales Latinoamericanos.
Ileana Pradilla Ceron
Bacharel em artes cênicas, com especialização em história da arte e mestrado em história social da cultura pela PUC-Rio. Nasceu em Bogotá e vive no Rio de Janeiro. É coautora de Kant: crítica e estética na modernidade (Senac) e da Coleção Palavra do Artista (Lacerda/CAHO), e autora de Marc Ferrez: uma cronologia da vida e da obra (IMS) e Galeria de Artistas: Centro Empresarial Rio 1983-1990 (FGV). É responsável pelo núcleo de pesquisa em fotografia no IMS.
Juliano Gomes
Crítico de arte, diretor, curador e professor. Formado em Comunicação (PUC-Rio), Mestre em Comunicação (ECO-UFRJ). Leciona no curso de cinema da FAAP (SP). Redator na Revista Cinética desde 2009. Foi comitê de seleção do Sheffield Doc Fest (2020 e 2021). Júri da DocLisboa (2019), RIDM Montreal (2022), Festival de Brasília (2022), Forum Doc BH (2021), Mostra Tiradentes (2019), FBCU (2012), Cachoeira Doc (2014), Festcurtas BH (2014) e Fronteira Festival (2015). Publicou na Film Quarterly, World Records Journal, Folha, Piauí, Filme&Cultura, e diversos catálogos. Publicou nos livros "1967 - Meio século depois" , "O Cinema Brasileiro em Resposta ao país". "Crítica e curadoria" (Selo PPGCOM UFMG) e "O Som que Manda" (Editora 34) . Participou de banca de avaliação de projetos nos editais estaduais do DF (2021), Ceará (2015) e Pernambuco (2018). Programa a Sessão Cinética no IMS desde 2009. Dirigiu os curtas "..."(2007) e "As Ondas"(2016), com Léo Bittencourt; e "Nada haver" (2022). Dividiu a direção de fotografia com Léo Bittencourt, do curta "Vagalumes" (2021), indicado ao prêmio ABC de fotografia.
Miguel Del Castillo
Escritor, tradutor, editor e curador. Carioca radicado em São Paulo, é autor do livro de contos Restinga e do romance Cancún (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura), ambos publicados pela Companhia das Letras. Foi editor da Cosac Naify e do site da revista ZUM, manteve uma coluna sobre fotolivros no site da livraria Megafauna e desenvolve atualmente seu mestrado em literatura comparada na USP. É coordenador da Biblioteca de Fotografia do IMS.
Rosa Gauditano
Fotógrafa desde 1976. Formada em Vídeo Digital (UNIP). Trabalhou como fotógrafa e editora no jornal Versus, Folha de São Paulo e revista Veja. Fundou a agência Fotograma e Studio R, onde hoje trabalha com projetos de documentação e cultura brasileira. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil, Londres, França, México, Rússia, Itália, USA e China. Publicou os livros Índios os Primeiros Habitantes, Raízes do Povo Xavante, Guaranis M’Byá na Cidade SP, Povos indígenas no Brasil, Saltillo, Festa de Fé, Forbidden Lives e A Mesma Luta, que recebeu prêmio de melhor livro autoeditado no PhotoEspaña em 2022. Participou da 35a Bienal de SP, 2023/2024. Tem trabalhos nos acervos da Biblioteca de Paris/França, Centro de la Imagem/Mexico, Cinemateca de Monterrey/Mexico, Museu da Solidariedade/Chile, Museu de Arte de São Paulo, Museu da imagem e do Som/SP, Museu Afro-Brasil/SP e Museu de Fotografia de Curitiba.
Rosely Nakagawa
Curadora e editora de arte e fotografia. Atuou em diversas instituições culturais, como a Galeria Fotoptica, fundada por ela e Thomaz Farkas em 1979, o Espaço Cultural Citibank, que criou e onde atuou como curadora de 1985 a 1990, a Casa da Fotografia Fuji, na qual foi curadora das exposições nacionais e internacionais de 1997 a 2004, e as Galerias FNAC no Brasil, onde foi curadora de 2004 a 2009 e publicou a coletânea de entrevistas Encontros com a fotografia. Realizou mostras como curadora independente no Brasil e no exterior, tendo em seu portfólio exposições e publicações de Anna Mariani, Fernando Lemos, Carlos Moreira, Luiz Braga, Tiago Santana, Martín Chambi, Keiichi Tahara, Luc Chessex, Pedro Lobo e outros. Editou livros de fotografia para tiragens especiais de autor e para as editoras Tempo d’Imagem e Edições SESC. Atualmente é gestora do Centro Cultural do Cariri, no Crato, interior do Ceará.
Sergio Burgi
Coordenador e curador de Fotografia do Instituto Moreira Salles desde 1999. Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo em 1981, concluiu em 1984 o mestrado (MFA) em Conservação Fotográfica pela School of Photographic Arts and Sciences do Rochester Institute of Technology SPAS/RIT(NY, EUA). Foi coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Fundação Nacional de Arte, no Rio de Janeiro, entre 1984 e 1991.
Quando
27/11/2024, quarta, 10h às 17h30.
Onde
IMS Paulista
Cinema - 3º andar
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP
Entrada gratuita
Distribuição de senhas para qualquer uma das mesas da programação do dia, a partir das 9h.
Limite de uma senha por pessoa. Sujeito à lotação da sala.
Evento ao vivo com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).