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Contraste

Fotografia e ditaduras latino-americanas

Memória e resistência

Curso

Com Márcio Seligmann-Silva

Quando

4, 11, 18 e 25 de abril, quintas, das 19h às 21h

Inscrições

ESGOTADO (lista de espera disponível). Mais informações em Como participar

IMS Paulista

Sala de aula
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

Este curso aborda a imagem fotográfica como registro da violência ditatorial na América Latina entre os anos 1960 e 1980, analisando tanto suas implicações no calor do momento como sua reverberação posterior, que se estende até os dias de hoje – seja pela repetição dessas imagens jornalísticas, seja por sua apropriação e transformação por parte de artistas visuais. Essas inscrições fotográficas e artísticas permitem a construção de uma memória crítica, calcada em seu teor testemunhal e voltada a uma cultura mais ética. O caso brasileiro será confrontado ao de outros dois países, a saber, Argentina e Chile.

Este curso não exige conhecimento prévio acerca dos temas que serão abordados.

Tomada do Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, 1/4/1964. © Evandro Teixeira

Como participar

ESGOTADO (lista de espera disponível).
R$ 200 por 4 aulas
45 vagas

Estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 50% de desconto em todos os cursos, mediante apresentação de documento comprobatório no dia do evento.


Sobre Márcio Seligmann-Silva

É doutor pela Universidade Livre de Berlim, pós-doutor por Yale e professor titular de Teoria Literária na Unicamp. É autor de, entre outras obras, Ler o livro do mundo (vencedor do prêmio de ensaio literário da Fundação Biblioteca Nacional), O local da diferença (ganhador do Jabuti de teoria/crítica literária), Para uma crítica da compaixão e A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno. Entre 2006 e 2011 coordenou o projeto temático Escritas da Violência, pela Fapesp.


Programa

1) Fotografia e inscrição da memória violenta

História e teoria. Se as fotografias feitas durante os anos de repressão violenta se assemelham, por um lado, às imagens repetitivas do trauma, por outro, permitem também a conquista de um ponto de vista distinto, ao mesmo tempo próximo e distante – e, sobretudo, crítico com relação à realidade.

2) O caso brasileiro

Os trabalhos de importantes fotógrafos que atuaram entre 1964 e 1985, como Evandro Teixeira, Orlando Brito e Luis Humberto, serão discutidos ao lado da obra de fotógrafos-artistas e de artistas da época que utilizaram a fotografia como meio de expressão, como Claudia Andujar, Maureen Bisilliat, Carlos Vergara, Helio Oiticica, Cláudio Tozzi, Maurício Fridman e Waldemar Cordeiro. A construção da memória da ditadura pós-1985 será pensada a partir das obras de artistas como Rosângela Rennó, Regina Silveira, Lais Myrrha, Rafael Pagatini, Clara Ianni, Gilvan Barreto, Fúlvia Molina e Leila Danziger.

3) O caso chileno

Os fotógrafos que resistiram à ditadura de Pinochet em torno da AFI, a Asociación de Fotógrafos Independientes, como Kena Lorenzini, Miguel Ángel Larrea, Luis Navarro, Claudio Pérez, María Luz Pozo, Luis Weinstein e José Moreno. Discussão das obras de artistas fotográficos pós ditadura, como Cristián Kirby e Mauricio Toro Goya, assim como sobre a utilização de fotografias no Museu da Memória e dos Direitos Humanos de Santiago.

4) O caso argentino

As fotografias de desaparecidos, os casos das imagens de Victor Basterra da ESMA, os siluetazos, o Parque da Memória e a sua utilização de imagens fotográficas. Apresentação de obras de fotógrafos-artistas como Julio Pantoja e Helen Zout, com destaque para os trabalhos de Marcelo Brodsky; discussão sobre obras de artistas que se apropriam da fotografia em seus trabalhos, como León Ferrari e Gabriela Sacco.


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