Considerado o tipo mais numeroso de fotografia, as fotos de família não costumam ser encontradas em museus, mas dentro de nossas casas. É um documento da vida cotidiana pois evidencia aspectos sociais que outras fontes históricas não seriam capazes. No Brasil, quando falamos em famílias negras e indígenas, não é incomum que a relação com esse arquivo (e com a própria imagem) seja marcada por certa ambivalência. O que podemos aprender com álbuns e fotos de família que, de outra maneira, não seria possível? Na conversa, estará em questão o papel da fotografia pessoal na vida de pessoas negras a partir das contribuições da teórica feminista bell hooks (1952-2021), em especial seu ensaio Em nossa glória: fotografia e vida negra (1995), traduzido por Rodrigo Lopes e Val Souza.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Apoio:
Rodrigo Lopes
Artista, arte-educador e pesquisador. Doutorando e mestre em Arte e Educação pela Unesp e graduado em Comunicação Social pela UFC. Em sua pesquisa, investiga os usos e sentidos do álbum de fotos de família na arte contemporânea e na arte-educação. Coordena o LAC – Laboratório de Arte Contemporânea e é membro do NUPE – Núcleo Negro de Pesquisa e Extensão. Integrou a equipe de pesquisa educativa da exposição Dos Brasis: arte e pensamento negro.
Val Souza
Artista e pesquisadora. Sua prática artística se baseia em pesquisas iconográficas sobre a representação histórica de mulheres negras. Através da produção de imagens de si, sua obra contrapõe o imaginário social brasileiro com noções de abundância e alegria. Doutoranda em Artes Visuais pela UNESP, mestra em Dança pela UFBA e formada em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Participou de exposições e festivais nacionais e internacionais. Em 2020, recebeu a Bolsa de Fotografia ZUM/IMS.