II Seminário Memórias Negras
Arquivos para o Futuro
Conversas
Com pesquisadores e ativistas.
Quando
Evento gratuito
Mais informações abaixo
UERJ
Auditório 111
Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
Olhar o ancestral, aprender com os fundamentos, assentar-se no presente e semear histórias, práticas e memórias para frutificar um afro devir. É na continuidade deste caminho que o II Seminário Memórias Negras propõe a discussão Arquivos para o Futuro. O intuito é debater a importância de acervos e arquivos sobre as memórias da população negra brasileira na produção de narrativas e imaginários livres dos estigmas racistas historicamente construídos. Esta edição propõe o compartilhamento de reflexões e experiências que partem da preservação e pesquisa de memórias negras e avançam para práticas de educação, difusão e produção artística na disputa por um futuro antirracista.
O evento, organizado no lastro da primeira edição, mantém como eixos orientadores em sua curadoria a valorização do protagonismo negro, o reconhecimento de práticas de revisão e de difusão de acervos negros, o respeito pelos conhecimentos ancestrais do sagrado afro-brasileiro e a relevância da educação como agente antirracista. Mas desta vez a proposta dos diálogos e debates se dará no cruzamento entre tais eixos. O seminário, promovido pelo Instituto Moreira Salles, é uma iniciativa no âmbito da pesquisa e do processamento do Arquivo Januário Garcia, que reúne um grande conjunto de documentação das vivências afrodiaspóricas, no Brasil e em diversos países.

Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
10h às 12h | Turno da manhã
GT1: Memória, Ancestralidade e Experiências do Sagrado
Com apresentações de André Victor Alves, Iya Marlene de Lufã, Erida Aparecida, Dejí, Marcus Vinícius França, Vagner Gonçalves, Iyamoro Regina Fontes D'Inhasã e Iyalorixa Thana D'Oxum
GT2: Visualidades Afro-Atlânticas
Com apresentações de Alex Brito, Sed Miles, Felipe Camilo, Álvaro Graça Jr. e Gabriel Ferreira
GT3: Acervos e Estratégias de Ação Política
Com apresentações de Helen dos Santos, Jay Preto, Julio Ricardo Silva, Maitê Freitas, Natália Neris, Taina Santos, Marcelo Rocha, Emerson Menezes e Willian Silva
GT4: Narrativas, Memórias e Território
Com apresentações de Graziele Vidal, Carolline Oliveira, Caróu Oliveira, Suelen Siqueira, Laura Ramos, Miguel Lino, Deusa Profana, Anna Raquel da Silva, Gleyce Kelly Heitor e João Paulo Andrade
15h às 17h | Turno da tarde
GT5: Arquivos, História e Sociedade
Com apresentações de Ceci Bandeira, Claice Magalhães, Júlia Tássila, Stephane Ramos e Michele Silva
GT6: Arquivos, Corpo e Diáspora
Com apresentações de Carla Araújo, Deise de Brito, Layla Maryzandra Sankara, Giulia Simões, Nycole Toseli, Camila Daniel, Pedro Adalu e Tania Regina
GT7: Curadorias e Narrativas Visuais Negras
Com apresentações de Alessandra Tavares, Ana Carolina Oliveira, Brenda Lobo, Francisca Mendes, Vera Rodrigues e Francisco Moura
GT8: Musicalidades Negras, Patrimônio e Memória
Com apresentações de Carol Selecta, Daniel Dias, Larissa Oliveira, Maryane Martins, Amanda Rosa, Jana Guinond, DJ Coajim eTadeu Kaçula
GT9: Afropedagogias em Múltiplas Linguagens
Com apresentações de Giordanna da Silva Macedo, Nelson Simplício, Vítor Henrique Lima, Rubia da Silva, Ale e Tábatta Santos
9h30 - Chegança
10h - Boas-vindas
Falas oficiais com Ana Maria de Almeida Santiago, a Pró-reitora de Extensão e Cultura/UERJ, e diretores do IMS
10h20 às 12h - Abertura: Janu presente!
Exibição do filme Tributo a Januário Garcia, de Dom Filó.
Palestra: Luz e Sombra: memórias negras sob as lentes de Januário Garcia
Com Lethícia Sacramento (Arquivo Januário Garcia do Arquivo Edgar Leuenroth - AEL/Unicamp)

Lethícia Sacramento
Historiadora formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua na organização e preservação de acervos voltados à memória social e à cultura brasileira. Colaborou na organização do acervo da Soweto Organização Negra (2022) e foi responsável pela organização do acervo de Antonio Augusto Arantes (2023). Atualmente, integra a equipe de organização do acervo do fotógrafo e militante Januário Garcia.
12h às 13h45 - Almoço
14h às 16h - Mesa 1: A memória como valor civilizatório afro-brasileiro e a educação: o legado de Azoilda Trindade
Com Janete Ribeiro (Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ/FAETEC) e Geisa Ferreira (Coordenação pedagógica da Jangada Escola)
Mediação: Renata Sampaio

Janete Ribeiro
Mestra em educação (UFF) e licenciada em história pela mesma universidade. Professora de história da Rede Faetec, atua hoje no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Faetec/Iserj). Coordenadora do projeto Tudo É Motivo para um Oriki e das oficinas Rio de Estudantes do Museu Virtual Rio Memórias. É membra da Rede de Historiadorxs Negrxs e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Raízes (NEP Raízes−Iserj).

Geisa Ferreira
Pedagoga, mestra em educação pela UniRio. Especialista em corpo, diferença e educação pela Faculdade Angel Vianna. Uma das idealizadoras do coletivo de educação Casa Escola. Compõe a equipe de coordenação pedagógica da Jangada Escola. Realiza oficinas e rodas de conversas na temática das relações étnico-raciais. Participa do grupo de estudos e pesquisas Degenera (Desconstrução de Gêneros) na Uerj.

Renata Sampaio
Artista multidisciplinar, educadora e curadora. Mestra em artes visuais (UFPel) e bacharela em artes cênicas (UniRio). Possui vasta experiência em arte-educação, com destaque para a coordenação do educativo das 11ª e 12ª edições da Bienal do Mercosul e à gerência de Educação e Participação do MAM Rio. Foi uma das curadoras da exposição Dignidade e luta: Laudelina de Campos Mello, no IMS Poços, em 2025, e atualmente é supervisora da Ação Educativa do IMS Rio.
16h às 16h30 - Coffee break
16h30 às 18h - Mesa de comunicações 1: Compartilhantes - afropedagogias da lembrança
Experiência 1: Marco Aurélio - SER CRIA e os cinemas negros como acervo vivo na escola pública (RJ)
Experiência 2: Yérsia Assis - Cultura afrosergipana como acervo da educação: O projeto "Kizomba dos Saberes" (SE)
Experiência 3: Edilane Oliveira - Memórias que nos sustentam: Re(conhecendo) nossos corpos carregados de história (RJ)
Mediação: Pâmela Souza da Silva (Gerência de Relações Étnico-raciais - GERER/SME)

Marco Aurélio
Professor da rede municipal do Rio de Janeiro (SME-RJ), doutorando em educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPed-Uerj), pós-graduado em ensino de história da África (PROPGPEC-CP2). Coordena a Escola Criativa Audiovisual Àwòrán e organiza o CineMGH. É autor do romance Câmera escura, do infantil Luiza e o som do tempo, dos poemas de Calema pequena, do teórico Cinemas afro-atlânticos e dos contos Necropoéticas.

Yérsia Assis
Doutora em antropologia (UFSC), com estágio sanduíche na Universidade Agostinho Neto, Angola. Realizou estágio pós-doutoral em história (UFS). Professora, integra os grupos de pesquisa GERTS/UFS; GEPHADA/UFS; NEABÍ/UFS e NUPEF/UFBR. Realizadora audiovisual, é integrante do Samba de Aboio/Festa de Santa Barbara. Ekedji no Ilè Asé Ìyá Ágbà L’odò Omiró.

Edilane Oliveira
Professora de educação infantil, atua como professora articuladora (SME-RJ). Doutoranda e mestra pela UniRio.

Pâmela Souza da Silva
É um broto da nação Kariri na cidade do Rio de Janeiro. Professora de artes na SME-RJ desde 2012, integra a Gerência de Relações Étnico-Raciais. Doutora e mestra em educação pelo ProPED/Uerj e graduada em história da arte pela Uerj. Pesquisa o ensino da arte, cotidianos e educação como tecnologias ancestrais de fortalecimento.
18h20 às 21h - Sessão de cinema de abertura com conversa
Exibição do filme Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos
Sessão seguida de conversa com Emílio Domingos, Márcia Vaz (Cinema IMS); Marcell Carrasco (Comunicação IMS) e Kariny Martins (Curadora convidada)

Emílio Domingos
Cineasta, antropólogo, pesquisador, roteirista e produtor. Diretor dos documentários de longa-metragem Chic Show (2023), Favela é Moda (2019), Deixa na Régua (2016), A Batalha do Passinho (2012) e L.A.P.A. (2008). Diretor Geral da série Enigma da Energia Escura com Emicida. Como roteirista, além dos seus filmes, escreveu Gilberto Gil Antologia Vol.1; o longa Viva São João; as séries Anitta: Made in Honório; Viajando com os Gil; Romário, o cara. Membro da Academy of Motion Pictures Arts and Sciences.

Márcia Vaz
Supervisora de programação e curadoria de cinema do Instituto Moreira Salles, onde apresentou retrospectivas de Adélia Sampaio, Marlon Riggs, Billy Woodberry, Ida Lupino e outros. Formada em Comunicação pela UNESP, tem mais de 20 anos de experiência em curadoria e programação. Em 2025, integrou o programa Courants du Monde, pesquisando a Cinemateca Ideal dos Filmes de Subúrbio do Mundo, em Paris.

Marcell Carrasco
Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio e pós-graduado em Jornalismo Cultural pela UERJ. Atualmente, faz parte da equipe de Comunicação do Instituto Moreira Salles (IMS) e desenvolve pesquisas sobre cinema brasileiro contemporâneo e cinemas negros, além de atuar com direção e roteiro. Recentemente dirigiu o curta-metragem Janu - a fotografia como movimento (2024), realizado para o IMS.

Kariny Martins
Curadora, pesquisadora e roteirista. Mestra em cinema e artes do vídeo (Unespar) e doutoranda em comunicação (UFF). Integra a comissão de curadoria nos festivais Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e Griot – Festival Contemporâneo de Cinema Negro. É autora do livro Ficção especulativa no cinema negro brasileiro – A estética afrofuturista em curtas-metragens (A Quadro Edições, 2023).
10h às 10h30 (on-line) - Palestra: Memórias negras na construção de uma universidade pública: experiências de servidores técnico-administrativos da Uerj
Com Ana Paula Alves Ribeiro (Centro de Tecnologia Educacional - CTE/UERJ) e Patrícia Santos (Superintendência de Equidade Étnico-racial e de Gênero UERJ)

Ana Paula Alves Ribeiro
Antropóloga, professora da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF - Pedagogia, Departamento de Formação de Professores/Uerj) e do Programa de Pós-Graduação em História da Arte (PPGHA/Uerj). Coordenadora do Programa de Extensão Museu Afrodigital Rio de Janeiro (Uerj). Desde 2024, dirige o Centro de Tecnologia Educacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (TV Uerj, Rádio Uerj e Núcleo de Memória Audiovisual – NuMA).

Patrícia Santos
É mãe da Ashia e Mahin, professora associada do Departamento de Educação da Faculdade de Formação de Professores da Uerj, em São Gonçalo, coordenadora do GENTE (Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Negritudes e Transgressões Epistêmicas). Atualmente desenvolve seu trabalho à frente da Supeerg (Superintendência de Equidade Étnico-Racial e de Gênero) da Uerj.
10h30 às 12h (on-line) - Mesa 2: Preservar memórias, construir afrofuturos
Com José Carlos Ferreira (Zumví Arquivo Afro Fotográfico) e Isabel Gomes (Centro de Memória do Renascença Clube)
Mediação: Horrana Santoz

José Carlos Ferreira (Zezão)
Pesquisador e gestor institucional. Licenciado em história e mestre profissional em história da África, diáspora e dos povos indígenas (UFRB). Atuou como professor/pesquisador do curso de pós-graduação lato sensu em história da África, da cultura afro-brasileira e africana (UFRB/MEC/FNDE/UniAfro). Atualmente é diretor institucional do Zumví Arquivo Afro Fotográfico e âncora do podcast Zumví.

Isabel Gomes
Museóloga pela UniRio, é vice-presidente da Rede Museologia Kilombola e co-idealizadora da Medalha pela Reparação da Memória Negra na Museologia Neyde Gomes de Oliveira. Atua como museóloga do Renascença Clube, colabora no Museu de Favela e integra o Icom-BR, no qual participa do Comitê Permanente Antirracista. Tem como propósito a preservação da memória negra e seus saberes.

Horrana Santoz
Educadora, curadora vinculada à diretoria artística do Instituto Moreira Salles e membra do Icom Brasil. Graduada em artes visuais pela Ufes, é especialista em gestão cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP e cursa o MBA em gestão de museus e inovação (EXPOMUS/UNIMAIS/ABGC/Instituto Tomie Ohtake). Atua no desenvolvimento de práticas decoloniais e novas abordagens educativas em museus e espaços culturais.
12h às 14h - Almoço
14h às 15h30 (on-line) - Mesa de comunicações 2: Relatos de experiências
Experiência 1: Joelma Ferreira | Raras: afro-memórias de mulheres negras (BA)
Experiência 2: Joelington Rios | Mocambaiou- Arquivo Memória Quilombo Jamary dos Pretos (MA/RJ)
Experiência 3: Camila Marins | Lesboescrevivências com Neusa das Dores: história, memória e luta sapatão (RJ)
Mediação: Marcus Oliveira | Laboratório de História Oral e Imagem - LABHOI/UFF

Joelma Ferreira
Filha de dona Lurdinha, neta de Maria Lúcia, catadora de siri, feirante, acupense e feliz. É diretora do Instituto Rainhas do Mar. Pesquisadora e escritora afroconfluente, é doutoranda em arquitetura e urbanismo (UFBA), urbanista e mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (Proet/Uneb). Autora da cartilha Se essa casa fosse minha, eu mandava ela morar (2025) e organizadora e coautora do livro Rio Subaé, corpos-memórias e territórios (2025).

Joelington Rios
Nascido no quilombo Jamary dos Pretos (Turiaçu–MA), é artista visual e pesquisador. Vive e trabalha entre o quilombo onde nasceu e a Zona Norte do Rio de Janeiro, onde investiga as relações entre memória, território e deslocamento. É fundador do Mocambaiou – Arquivo Memória Quilombo Jamary dos Pretos, participou da 1ª Bienal das Amazônias, com a obra Cruzeiro do Sul, e da exposição Um defeito de cor (Museu de Arte do Rio, 2024).

Camila Marins
Jornalista, mestra em políticas públicas em direitos humanos pela UFRJ, com a dissertação Lesboescrevivências com Neusa das Dores: história, memória e luta sapatão no Rio de Janeiro, é cofundadora e editora da Revista Brejeiras, publicação feita por e para lésbicas, e idealizadora do projeto de lei Luana Barbosa, de enfrentamento ao lesbocídio.

Marcus Oliveira
Doutor em história pelo Programa de Pós-Graduação em História/UFF (2024), com um período de doutorado sanduíche no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Possui graduação e mestrado em história (UFF) e uma especialização em ensino de história, no Colégio Pedro II. Integra o Laboratório de História Oral e Imagem/UFF e a rede Historiadorxs Negrxs.
15h30 às 15h45 - Pausa
15h45 às 17h15 (on-line) - Mesa de comunicações 1: Compartilhantes - afropedagogias da lembrança
Experiência 1: Marco Aurélio | SER CRIA e os cinemas negros como acervo vivo na escola pública (RJ)
Experiência 2: Yérsia Assis | Cultura afrosergipana como acervo da educação: O projeto "Kizomba dos Saberes" (SE)
Experiência 3: Edilane Oliveira | Memórias que nos sustentam: Re(conhecendo) nossos corpos carregados de história (RJ)
Mediação: Pâmela Souza da Silva | Gerência de Relações Étnico-raciais - GERER/SME

Marco Aurélio
Professor da rede municipal do Rio de Janeiro (SME-RJ), doutorando em educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPed-Uerj), pós-graduado em ensino de história da África (PROPGPEC-CP2). Coordena a Escola Criativa Audiovisual Àwòrán e organiza o CineMGH. É autor do romance Câmera escura, do infantil Luiza e o som do tempo, dos poemas de Calema pequena, do teórico Cinemas afro-atlânticos e dos contos Necropoéticas.

Yérsia Assis
Doutora em antropologia (UFSC), com estágio sanduíche na Universidade Agostinho Neto, Angola. Realizou estágio pós-doutoral em história (UFS). Professora, integra os grupos de pesquisa GERTS/UFS; GEPHADA/UFS; NEABÍ/UFS e NUPEF/UFBR. Realizadora audiovisual, é integrante do Samba de Aboio/Festa de Santa Barbara. Ekedji no Ilè Asé Ìyá Ágbà L’odò Omiró.

Edilane Oliveira
Professora de educação infantil, atua como professora articuladora (SME-RJ). Doutoranda e mestra pela UniRio.

Pâmela Souza da Silva
É um broto da nação Kariri na cidade do Rio de Janeiro. Professora de artes na SME-RJ desde 2012, integra a Gerência de Relações Étnico-Raciais. Doutora e mestra em educação pelo ProPED/Uerj e graduada em história da arte pela Uerj. Pesquisa o ensino da arte, cotidianos e educação como tecnologias ancestrais de fortalecimento.
17h15 às 17h30 - Pausa
17h30 às 19h - Mesa 3: Tramar e tecer imaginários negros
Com Padre Mauro (Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos - Muquifu (BH)) e Filipe Graciano (Museu da Memória Negra de Petrópolis (RJ))
Mediação: Gustavo Barreto (Departamento Cultural - Decult/UERJ)

Padre Mauro
Negro, sacerdote católico, doutor e mestre em ciências sociais, pós-graduado em psicopedagogia, graduado em filosofia e teologia (PUC Minas) e em história e tutela do patrimônio cultural (Universitá Degli Studi di Pádua/Itália). Pároco da Paróquia Santo Afonso de Ligório, capelão dos Reinados Negros e da Capela Curial Maria Estrela da Manhã, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Diretor e curador do Muquifu – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos.

Filipe Graciano
Curador, pesquisador, arquiteto e urbanista formado pela Uerj. Idealizador e fundador do Museu da Memória Negra de Petrópolis, entre 2022 e 2024 integrou a prefeitura de Petrópolis como coordenador de promoção da igualdade racial e presidiu o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial. Atualmente, é analista de memória social e patrimônio cultural no Polo Sociocultural Sesc Paraty e integra a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil.

Gustavo Barreto
Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Graduado em artes visuais (Uerj) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes na mesma instituição. Atualmente, é técnico universitário, atuando na assessoria do Departamento Cultural (Decult-Uerj). Sócio-fundador do Centro Cultural Capiberibe 27. Desenvolve trabalhos como educador, curador e pesquisador, com interesses nos campos da arte, educação, políticas públicas culturais e sistema de arte.
14h às 16h (on-line) - Mesa de comunicações 3: Relatos de experiências
Experiência 1: Joana Penêdo | Afrofabulação no Cais do Valongo: Experiências e Narrativas Visuais Negras (RJ)
Experiência 2: Frederico Augusto | Resgatar para lembrar: memória cultural negra e mundos ficcionais em séries latino-americanas de streaming (MG)
Experiência 3: Francisco Valdean | Museu da Imagem Itinerante da Maré - MIIM (RJ)
Mediação: Carolina Alves | Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC/FGV

Joana Penêdo
Nascida em Belford Roxo (RJ), é mestra em cultura e territorialidades (UFF), com a pesquisa Afrofabulações no cais do Valongo: sistematização de experiências e narrativas negras. Pós-graduada em direitos humanos e gênero (Fiocruz) e bacharela em biblioteconomia (UFF), com mobilidade na UEM, em Maputo, Moçambique. Diretora dos curtas Natureza em transe (2017) e Afrofabulação no cais do Valongo (2025). Ministrou oficinas sobre território e afrofabulação no Clube Renascença (2025).

Frederico Ângelo
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (UFMG), na linha de processos comunicativos e práticas sociais. Mestre em comunicação social na mesma instituição, produtor multimídia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte. Servidor público estadual, lotado na Fundação TV Minas Cultural e Educativa, ligada à Secretária de Comunicação do Estado de Minas Gerais. Na emissora pública, trabalha no acervo televisivo e na pesquisa de imagens.

Francisco Valdean
Fotógrafo popular, artista visual e pesquisador das imagens da Maré. Doutor em arte e cultura contemporânea (PPGArtes-Uerj) e mestre em antropologia visual (PPCIS-Uerj), atualmente é professor substituto no Instituto de Artes da Uerj. Em 2019, fundou o Museu da Imagem Itinerante da Maré (MIIM). É também autor do livro Imagens da Maré – Narrações fotográficas da favela.

Carolina Alves
Doutora em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS/Uerj), atua com ênfase em memória, gênero, raça e cultura, entre arquivos e narrativas esquecidas. É professora e pesquisadora no CPDOC da FGV, onde coordena a área de Documentação. Seu trabalho busca compreender e valorizar as vozes silenciadas na história, promovendo reflexões sobre representação e pertencimento.
Quando
Esquenta: 27/10/2025
Seminário: 28, 29 e 30/10/2025
Onde
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Auditório 111
Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã
Rio de Janeiro/RJ
Entrada gratuita
Lugares limitados.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
As informações completas sobre datas e horários de abertura e fechamento de inscrições estão no formulário abaixo.
Parceria:

Parceria:

Filmes selecionados:
Banzeiro e Maresia, de Pablo Monteiro
Boi Romeiro, de Milena Rocha
Casa de Luiza, de Rodrigo Antonio
Luis do Charme, de Tuanny Medeiros
My Ray of Sunshine, de Laís Andrade
O PANTANAL É PRETO , de Raylson Chaves
Sombras de Macumba na Luz da Memória, de Mysteryo
Sonho em Ruínas, de Priscila Nascimento
Nomes selecionados para participação nas mesas:
Joelington Rios
Joelma Gomes Ferreira
Camila Marins
Francisco Valdean
Frederico Augusto dos Santos Ângelo
Joana Penêdo da Conceição
Marco Aurélio da Conceição Correa
Yérsia Souza de Assis
Edilane Oliveira da Silva; Lais de Castro Somberg; Rosane Tesch de Oliveira
Nomes selecionados para participação no Esquenta IISMN (online):
Ale
Alessandra Tavares
Alex Brito
Ana Carolina Oliveira de Araújo
André Victor Alves Ramos; Iya Marlene de Lufã
Anna Raquel da Silva
Brenda Lobo
Carla Araújo da Conceição
Caroline de Jesus Barbosa
Caróu Oliveira
Ceci Bandeira
Claice Urânia Magalhães da Silva
Daniel Henrique de Menezes Dias
Deise Santos de Brito
Dejí
Deusa Profana
Erida Aparecida José da Silva
Felipe Camilo; Álvaro Graça Jr.
Flavio Rogerio Rocha; Janaina Moscal; Patricia Martins
Gabriel da Silva Ferreira
Giordanna da Silva Macedo
Giulia Simões da Costa
Gleyce Kelly Heitor; João Paulo Andrade
Graziele de Moraes Vidal e Carolline Ferreira Sotero Oliveira
Helen Rose dos Santos
Iyamoro Regina Fontes D'Inhasã; Iyalorixa Thana D'Oxum
Jana Guinond
João Pedro Bragança
Joaquim Barbosa dos Santos Júnior
Júlia Tássila
Julio Ricardo Menezes Silva
Kennedy Valério
Larissa Ivie Mendonça de Oliveira; Maryane Portugal Martins; Amanda Beatrisse Santos Rosa
Layla Maryzandra Sankara
Leandro Passos
Maitê Freitas; Natália Neris e Taina Silva Santos
Marcelo da Paz Rocha; Emerson Pires Menezes
Márcio Gabriel da Silva
Marcus Vinícius França Santos; Vagner Gonçalves da Silva
Maria Eduarda Nascimento dos Santos
Melina Bomfim, Ingá Patriota
Michele Silva Joaquim
Náthaly Marques da Costa; Luciana Schleder Almeida; Suzana Barroso de Mattos
Nelson Simplício
Nycole Toseli; Camila Daniel
Pablo Monteiro
Pedro Otavio Cardamone Pinto Cordeiro e Tania Regina Pinto
Rubia Luiza da Silva
Sed Miles
Stephane Ramos da Costa
Suelen Siqueira Julio, Laura Aparecida dos Santos Ramos e Miguel da Silva Francisco Lino
Tábatta Santos
Tadeu Kaçula
Valéria Lima
Vera Regina Rodrigues da Silva ;Francisco Wellington Leite da Costa Moura
Vítor Henrique Guimarães Lima
Willian Marcos Antonio Silva
A seleção aconteceu entre 8 e 25/8/2025
O II Seminário Memórias Negras: Arquivos para o Futuro abre sua programação para exibições de filmes em curta-metragem, numa parceria com a área de cinema do Instituto Moreira Salles. O evento está previsto para acontecer de 28 a 30 de outubro, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. O seminário é uma iniciativa do IMS em parceria com o Departamento Cultural da universidade e com a Gerência de Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação.
O evento tem por objetivo debater a importância de acervos e arquivos sobre as memórias da população negra brasileira na produção de narrativas e imaginários livres dos estigmas racistas historicamente construídos. A proposta celebra o legado do fotógrafo Januário Garcia e busca dar visibilidade às múltiplas formas de preservação e elaboração de memórias negras.
Nesta segunda edição, o seminário amplia sua programação ao incorporar sessões de cinema que promovem o debate em torno da memória e dos arquivos afrodiaspóricos. Para isso, convidamos pessoas negras realizadoras, de todas as regiões do país, a enviarem seus filmes que dialoguem com essas temáticas.
Sobre a seleção:
- Serão selecionados filmes em formato curta-metragem;
- Os filmes farão parte de 2 sessões especiais da programação do seminário;
- Cada filme selecionado receberá um valor de licenciamento pela exibição;
- O licenciamento dos filmes contempla apenas a exibição durante o seminário e atividades relacionadas diretamente ao evento, não incluindo circulação posterior ou uso em outras plataformas;
- Além da exibição, as sessões poderão ser compostas por debate. Nesse caso, haverá pagamento de pró-labore às pessoas realizadoras pela participação na atividade. As despesas com transporte, hospedagem e alimentação para realizadores de fora do estado do Rio de Janeiro serão cobertas pelo IMS;
- A curadoria será composta por profissionais da área de cinema, com atuação voltada para as temáticas afrodiaspóricas;
- Os critérios de seleção levarão em conta a coerência com a temática proposta.
Requisitos para inscrição:
- O filme deve ser um curta-metragem (com até 25 minutos de duração);
- A direção deve ser assinada por pessoa(s) negra(s);
- O tema do filme deve dialogar com memória, arquivo ou história da população negra no Brasil ou na diáspora;
- São aceitos filmes finalizados em qualquer ano e em qualquer formato (ficção, documentário, experimental, animação etc.).
Documentos e materiais exigidos:
- Link do filme (preferencialmente via Vimeo ou YouTube com senha, se necessário);
- Ficha técnica completa;
- Sinopse (máximo de 500 caracteres com espaço);
- Minibio da(s) pessoa(s) diretora(s);
- Indicação de formato e duração;
- 2 stills em alta resolução;
- Autodeclaração étnico-racial da pessoa diretora;
- Caso disponível, recomendamos o envio de cópia do filme com legendas descritivas ou audiodescrição. Essa informação não é eliminatória;
- Ao se inscrever, a pessoa diretora declara que detém os direitos de exibição do filme e que assume total responsabilidade por questões legais relativas à obra.
Inscrições:
- As inscrições devem ser realizadas até o dia 25 de agosto de 2025, às 23h59, por meio do formulário de inscrição;
- Não serão aceitas inscrições após o período indicado;
- O resultado da seleção será divulgado até o dia 5 de setembro, por e-mail, às pessoas selecionadas, no site e nas redes sociais do Instituto Moreira Salles, podendo ser prorrogado a critério da organização.
Informações adicionais:
A programação principal do seminário tem duração prevista de três dias, com mesas temáticas, comunicações livres e sessões de cinema.
Dúvidas?
Envie um e-mail para [email protected] e coloque no assunto II SMN: chamada de filmes.
O II Seminário Memórias Negras: Arquivos para o Futuro abre sua programação para apresentação de trabalhos e relatos de experiência com acervos e arquivos negros. O evento está previsto para acontecer de 28 a 30 de outubro, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. O seminário é uma iniciativa do IMS em parceria com o Departamento Cultural da universidade e com a Gerência de Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação.
O evento tem por objetivo debater a importância de acervos e arquivos sobre as memórias da população negra brasileira na produção de narrativas e imaginários livres dos estigmas racistas historicamente construídos. A proposta celebra o legado do fotógrafo Januário Garcia e busca dar visibilidade às múltiplas formas de elaboração, preservação e difusão de memórias negras.
A chamada, novidade desta segunda edição, visa compor as mesas de comunicações do seminário, com apresentação de relatos de experiências de pesquisas ou iniciativas que se inscrevam no debate em torno da memória e dos acervos afrodiaspóricos. Para isso, convidamos pessoas negras pesquisadoras, educadoras (de espaços escolares e não escolares), agentes culturais e lideranças comunitárias/religiosas de todas as regiões do país a enviarem seus trabalhos.
Inscrições:
- As inscrições devem ser realizadas até o dia 25 de agosto de 2025, às 23h59, por meio do formulário de inscrição;
- Não serão aceitas inscrições após o período indicado.
Requisitos para inscrição:
- Poderão se inscrever pessoas negras pesquisadoras, educadoras (de espaços escolares e não escolares), agentes culturais e lideranças comunitárias/religiosas de todas as regiões do país;
- As pessoas responsáveis pelos trabalhos poderão tanto estar vinculadas a instituições (públicas ou privadas) como atuarem de forma independente;
- Serão permitidas até 3 pessoas autoras do trabalho, mas apenas a indicação de uma pessoa responsável para apresentação;
- Os trabalhos deverão ser inscritos no formato de resumo expandido, conforme regras desta chamada;
- Os trabalhos deverão estar em curso ou já concluídos e em diálogo com uma das seguintes linhas:
Ubuntu — Memórias negras em acervos comunitários
Experiências de preservação e/ou organização de acervos comunitários com memórias negras.
Ressoar — Práticas de história oral
Experiências com histórias coletivas, histórias de vida, testemunhos e outras narrativas negras a partir da história oral.
Gira — Práticas de circulação de memórias
Práticas diversas de difusão que fazem as memórias negras circularem.
Compartilhantes — Afropedagogias da lembrança
Experiências com foco nas práticas educativas de espaços escolares e não escolares que reivindicam presenças e histórias negras a partir de uma perspectiva antirracista e, preferencialmente, trabalhem a partir de acervos.
Documentos e materiais obrigatórios:
- Sinopse do trabalho (máximo de 500 caracteres);
- Minibio de todas as pessoas autoras do trabalho (máximo de 500 caracteres cada);
- Resumo expandido, no seguinte formato:
- Título do trabalho e de 3 a 5 palavras-chave;
- Mínimo de 2.000 e máximo de 4.000 caracteres, com espaços;
- Redigido em fonte Arial, tamanho 12;
- Espaçamento entrelinhas 1,5 e alinhamento justificado, recuo de 1,25 cm no início de cada parágrafo e sem espaçamento entre parágrafos;
- Em caso de referências, aplicar a norma ABNT [NBR 6023:2018];
- O resumo pode ser dividido em parágrafos, mas não em seções, e deve contemplar introdução, desenvolvimento e considerações.
- O resumo expandido deve conter apenas texto, sem imagens, gráficos e tabelas, e deve estar em formato pdf.
Sobre a seleção:
- Serão selecionados até 9 trabalhos;
- Os relatos das experiências serão apresentados oralmente durante o seminário, no tempo entre 10 a 15 minutos, em mesas de comunicações. Na apresentação, será possível a exibição de material digital em formato pdf;
- As pessoas responsáveis receberão um apoio no valor de R$ 450,00, como ajuda de custo para participação no evento;
- As despesas com transporte e hospedagem para as pessoas responsáveis pelos trabalhos selecionados que são de fora do estado do Rio de Janeiro serão cobertas pelo IMS;
- O resultado da seleção será divulgado até o dia 5 de setembro, por e-mail, às pessoas selecionadas, no site e nas redes sociais do Instituto Moreira Salles, podendo ser prorrogado a critério da organização.
Informações adicionais:
A programação principal do seminário tem duração prevista de três dias, com mesas temáticas, comunicações livres e sessões de cinema.
Dúvidas?
Envie um e-mail para [email protected] e coloque no assunto II SMN: chamada de trabalhos.
Fotógrafo e militante do movimento negro, Januário Garcia (1943-2021) articulou essas duas atividades para produzir uma importante documentação da representação negra na sociedade brasileira. Também atuou na indústria fonográfica e registrou numerosas manifestações culturais do país.
