Carlos Sandroni, Mãe Beth de Oxum e Nice do Cavalo Marinho
Conversa
Quando
Evento online e gratuito
Entre abril e dezembro de 2020 o IMS comissionou 171 artistas, individuais e coletivos, para produzirem projetos para o IMS Convida, um programa de incentivo à criação artística – nas áreas da fotografia, do cinema, da música, da literatura, das artes visuais e do desenho gráfico – concebido para vigorar durante o período da quarentena.
Um vasto acervo de trabalhos está disponível no site e nas redes sociais da instituição, constituindo um documento significativo dos tempos de pandemia, e igualmente representativo de questões essenciais de diversidade e identidade de raça, gênero, região e contexto social e cultural do Brasil contemporâneo.
Em 22 de junho, às 18h, as marcas culturais do Nordeste estarão no centro da conversa entre Carlos Sandroni, Mãe Beth de Oxum, Mestra Nice Teles e Renata Amaral. Participante do IMS Convida, a Associação Respeita Januário, que tem Sandroni entre seus fundadores, trabalha desde 2000 para valorizar a música tradicional da região. Foi a ONG quem selecionou Mãe Beth de Oxum, nome fundamental do coco de Pernambuco, para o IMS Convida. O cavalo marinho e o maracatu rural, de Mestra Nice Teles, são outras manifestações também comentadas pela professora e musicista Renata Amaral.
O Convida é agora objeto do programa de encontros online de reflexão e discussão crítica IMS Convida para conversar, que começou no dia 4 de maio de 2021.
Transmissão ao vivo com tradução simultânea em Libras pelo YouTube do IMS e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.
Carlos Sandroni | Associação Respeita Januário
Professor do Departamento de Música da UFPE e fundador, em 2000, da Associação Respeita Januário, ONG com sede em Recife, dedicada à pesquisa e valorização das músicas tradicionais do Nordeste. Foi presidente da Associação Brasileira de Etnomusicologia (2002-2004). Foi professor-visitante na universidade do Texas e na universidade de Indiana. É autor dos livros Mário contra Macunaíma: cultura e política em Mário de Andrade (São Paulo: Vértice, 1988) e Feitiço decente: transformações do samba carioca, 1917-1933 (Rio de Janeiro: Zahar/UFRJ, 2012).
Mãe Beth de Oxum
Ialorixá, musicista e articuladora social e cultural, residente em Guadalupe, bairro do sítio histórico de Olinda-PE. Seu marido, o músico Quinho Caetés, é neto dos mestres coquistas João Amâncio e Zé da Hora, cuja antiga zabumba herdou e toca. Em 1998, o casal começou a promover com a família e os vizinhos a Sambada de Coco do Guadalupe, que, até a pandemia, vinha se realizando sempre no primeiro sábado de cada mês, reunindo centenas de pessoas.
Nice do Cavalo Marinho
Artista popular negra criada nas tradições interioranas da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filha de cortador de cana, desde os 10 anos acompanhava os pais nos folguedos na cidade de Condado. Desafiando a predominância masculina no Cavalo Marinho e no Maracatu Rural, atua como cantadeira e dançarina. Iniciou sua trajetória como brincante do Cavalo Marinho Estrela Brilhante e hoje está à frente do Maracatu Estrela de Ouro.
Renata Amaral
Formada em composição e regência, mestre e doutoranda em Performance Musical pela UNESP, tem se apresentado no Brasil e na Europa ao lado de artistas como A Barca, Ponto br, Tião Carvalho, Sebastião Biano e Orquestra Popular do Recife. Pesquisadora e contrabaixista, desde 1991 reúne o Acervo Maracá, tendo produzido mais de 30 CDs e 12 documentários de gêneros tradicionais que receberam prêmios como Latin Grammy, Rodrigo Melo Franco de Andrade e outros. Ministra cursos e oficinas com foco em Cultura Tradicional em escolas e universidades.
Quando
22 de junho de 2021, terça, às 18h
Evento online
Grátis, não é necessário se inscrever antecipadamente.
Transmissão ao vivo com tradução simultânea em Libras pelo YouTube do IMS e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.
Use máscara sempre, lave as mãos e use álcool em gel. Evite qualquer tipo de aglomeração.
Lançado pelo Instituto Moreira Salles em abril de 2020 como resposta aos danos causados na produção das artes pela pandemia, o programa Convida disponibilizou mais de R$ 1 milhão em suas suas três fases para comissionar 171 artistas, individuais e coletivos, apresentados no site e nas redes sociais do IMS.
Os projetos tiveram afinidades com as áreas de programação e acervos do IMS (fotografia, cinema, música, literatura, artes visuais e desenho gráfico), mas não seguiram formatos fixos ou rígidos. Solicitou-se aos criadores apenas que respeitassem todas as medidas de proteção sanitária adotadas pelas organizações de saúde nos territórios onde vivem e trabalham.