É um espaço de proteção, construção e reivindicação da memória trans. Atualmente, o AMT reúne uma coleção de mais de 15.000 documentos, produzidos entre o início do século XX e o final da década de 1990. O arquivo inclui registros fotográficos, fílmicos, sonoros e jornalísticos, bem como documentos de identidade, passaportes, cartas, notas, boletins policiais, artigos de revistas e diários. A missão do AMT é reunir e resgatar um acervo documental sobre a história de vida da comunidade transgênero argentina. O objetivo é constituir um órgão documental e uma memória coletiva das identidades trans.

Em consonância com o projeto, foi criada a Editora Arquivo da Memória Trans, com o objetivo de contar as infinitas histórias da comunidade travesti/trans. Memórias e experiências que tiveram de viver no esquecimento, no exílio, na tortura, mas também no amor, nas famílias e sobretudo na memória coletiva das identidades trans. A editora faz livros que vão além da leitura; objetos feitos com paixão para tornar visíveis as histórias de sua comunidade.

Para a criação deste último livro Nuestros Códigos, o AMT convidou Liliana Viola para ser a editora. Liliana Viola é fundadora e editora do suplemento SOY do jornal Página/12. Editora das coleções: Anagrama 30 años, BIBLIOTECA 8M e BIBLIOTECA SOY, que reúnem ficção de Mariana Enriquez, Camila Sosa Villada, Paquito Jaumandreu, Marlene Wayar e Sylvia Molloy, entre outras. Autor de MIGRÉ, o mestre das telenovelas, que revolucionou a educação sentimental de um país e de No soporto el anonimato, biografia de Aurora Venturini. É co-editora da série de podcasts Me lo llevo a la tumba.