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Lançamento da serrote #33

Racismo e encarceramento em massa

Conversa

Com Adilson José Moreira e Juliana Borges. Mediação de Guilherme Freitas

Quando

5 de dezembro de 2019, quinta, às 19h

Entrada gratuita

Lugares limitados. Mais informações em Como participar.

IMS Paulista

Cineteatro
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

A revista de ensaios do IMS promove uma conversa sobre racismo e encarceramento em massa com dois colaboradores da seção “9 perguntas para o Brasil de hoje”, publicada na serrote #33: o advogado Adilson José Moreira (“Quem ri do racismo?”) e a pesquisadora Juliana Borges (“A quem interessa lotar as prisões?”).

 


serrote
#33

Publicação: Novembro de 2019
224 páginas
R$ 48,50

Vídeo


Como participar

Quando
5 de dezembro de 2019, quinta, às 19h.

Entrada gratuita, sujeita à lotação.

Distribuição de ingressos 60 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa.


Sobre os participantes

Adilson José Moreira (1974) é doutor em Direito Constitucional pela universidade de Harvard, advogado e professor da Universidade Mackenzie. É autor de Racismo recreativo (Pólen Livros) e de Pensando como um negro – Ensaio de hermenêutica jurídica (Contracorrente).

Juliana Borges (1982) é escritora e pesquisadora em estudos da violência. É consultora do Núcleo de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de Combate à Violência da OAB-SP e conselheira da Plataforma Brasileira de Política de Drogas. Foi secretária adjunta de Políticas para as Mulheres na Prefeitura de São Paulo. É autora de Encarceramento em massa (Pólen Livros).

Guilherme Freitas é editor-assistente da revista serrote.


A serrote #33

Este número traz a seção especial “9 perguntas para o Brasil de hoje”, na qual nove intelectuais refletem sobre questões cruciais no país, da proliferação da violência ao silêncio dos escritores diante do autoritarismo.

A psicanalista Maria Rita Kehl analisa as origens do ressentimento que aflora na política. Baseada em sua experiência, a escritora Lola Aronovich trata da disseminação dos discursos de ódio na internet. Adilson José Moreira escreve sobre o humor racista, enquanto o escritor João Silvério Trevisan analisa as ameaças aos direitos LGBTQ. Aparecida Vilaça, por sua vez, trata da perseguição aos grupos indígenas.

Ainda nesta seção, o sociólogo Ricardo Antunes reflete sobre a história dos direitos trabalhistas no país. Luiz Eduardo Soares trata do incentivo ao armamento da população. Juliana Borges discute o encarceramento em massa. O romancista Milton Hatoum reflete sobre o papel do escritor em tempos de opressão.

Esta edição traz também um trecho do novo livro do filósofo francês Georges Didi-Huberman, Desejar desobedecer, inédito no Brasil. O intelectual trata dos sentimentos de revolta que provocaram levantes populares no passado e no presente, comparando-os aos movimentos do oceano. “A história é um mar: forma de dizer que, nela, a agitação nunca tem fim. Ou melhor, que ela é, incessantemente, agitação”, escreve.

Outro destaque é o ensaio da escritora jamaicana Claudia Rankine, radicada nos EUA. Autora do premiado livro de poemas-ensaios Cidadã, ela narra neste texto suas tentativas de questionar homens brancos sobre seus privilégios. “Imaginei a mim mesma – uma mulher negra de meia-idade – caminhando em direção a estranhos e fazendo tal pergunta. Será que reagiriam como o capitão de polícia em Plainfield, no estado de Indiana, quando sua colega, durante um treinamento de diversidade, disse que ele se beneficiava do ‘privilégio do homem branco’? Ele ficou furioso e a acusou de cometer calúnia racial. Eu também seria acusada?”

As reações às demandas identitárias também são abordadas por Lucía Lijtmaer, no livro Ofendidinhos, que a serrote publica na íntegra. A escritora argentina, radicada na Espanha, trata da criminalização e perseguição de militantes ao redor do mundo. Segundo ela, ao desqualificarem movimentos sociais e identitários como simples queixa ou mimimi, os conservadores demonizam o protesto e colaboram para o avanço do obscurantismo e do fascismo.

A serrote #33 publica também uma seleção da correspondência entre os filósofos alemães Hannah Arendt e Gershom Scholem. Nas cartas, de 1963, eles discutem as teses defendidas por Arendt no clássico Eichmann em Jerusalém, principalmente sua teoria sobre a “banalidade do mal”. O debate acalorado viria a provocar o rompimento dos dois.

Este número traz ainda “Uma visita a Montaigne”, uma passagem dos diários de Virginia Woolf. A escritora inglesa descreve a viagem que ela e o marido fizeram ao interior da França, em 1931, para conhecer a torre onde viveu e trabalhou o filósofo Michel de Montaigne, considerado o inventor do ensaio.

Episódio central na história brasileira, a Guerra de Canudos é o tema de dois ensaios da revista. Hélio de Seixas Guimarães, professor de literatura, escreve sobre como Machado de Assis e Olavo Bilac expressaram visões distintas sobre o conflito antes da publicação de Os sertões. Já o pesquisador Carlos Augusto Calil examina o choque de Euclides da Cunha diante do massacre promovido pelo governo contra os sertanejos.

A serrote #33 também publica um ensaio visual da artista Vânia Mignone, além de trabalhos de Antonio Obá, que assina a ilustração da capa, Eva Hesse, Fabrício Lopez, Mel Bochner e Robert Longo.

O lançamento da revista serrote #33 na Livraria Leonardo da Vinci, Rio de Janeiro, acontece dia 19 de novembro de 2019, às 18h30.


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