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Memórias Pretas em Movimento

Oficina de Preservação Audiovisual

Curso

Com Laura Bezerra, Maya Cade, Terri Francis, Hernani Heffner, Gabriel Martins, Luiz Antonio Santana da Silva, Keila Serruya, Daniela Giovana Siqueira e Mauricio Lima

Quando

De 8 a 12/11/2021, segunda a sexta

Inscrições prévias de 18/10 a 26/10

Evento online e gratuito

5 encontros, via plataforma Zoom

Idealizada pelo Instituto Moreira Salles e realizada em parceria com o Instituto NICHO 54, no contexto do evento Nicho Novembro, esta oficina gratuita de preservação audiovisual voltada para profissionais negros será dividida em cinco encontros virtuais, entre os dias 8 e 12 de novembro, propondo discussões que abrangem fundamentos de preservação, o papel da memória para a comunidade negra, experiências de construção de arquivos internacionais, entendimento técnico e subjetivo da preservação, cases brasileiros, preservação e internet, etc.

Um dos objetivos da formação é aproximar o ofício da preservação das populações negras, particularmente os jovens, colocando ao centro a urgência do cuidado com a memória. Entre os professores e debatedores confirmados estão Terri Francis, diretora do Black Film Center/Archive (EUA), Laura Bezerra, professora da UFRB e coordenadora do projeto Filmografia Baiana, Gabriel Martins, da produtora Filmes de Plástico, e Maurício Lima, criador do Museu dos Meninos.

As inscrições ficarão abertas entre os dias 18 e 26 de outubro. A oficina tem 30 vagas e as pessoas selecionadas serão informadas por e-mail até o dia 2 de novembro.

 

Parceria do Instituto NICHO 54 com o Instituto Moreira Salles.

 Cena de Something Good - Negro Kiss (1898), de William Nicholas Selig

Programa

Aula 1 | 8/11/2021, segunda, das 19h às 21h30
Fundamentos da preservação audiovisual: Perspectivas negras

Com Laura Bezerra

 

Aula 2 | 9/11/2021, terça, das 17h às 19h30
Construindo arquivos negros

Com Maya Cade e Terri Francis

 

Aula 3 | 10/11/2021, quarta, das 19h às 21h
Notas introdutórias à prática de preservação

Com Hernani Heffner

 

Aula 4 | 11/11/2021, quinta, das 19h às 21h
Transformações tecnológicas: Internet, audiovisual, racismo e vozes negras

Com Gabriel Martins (Filmes de Plástico) e Luiz Antonio Santana da Silva

 

Aula 5 | 12/11/2021, sexta, das 19h às 21h
Estudo de caso: Direito à Memória (AM) e Museu dos Meninos (RJ)

Com Keila Serruya (Direito à Memória) e Mauricio Lima (Museu dos Meninos) — Mediação: Daniela Giovana Siqueira


Sobre os ministrantes

Laura Bezerra
Professora adjunta do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT/UFRB). Doutora em Cultura e Sociedade pelo Instituto de Humanidades Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC) da Universidade Federal da Bahia (Salvador, 2013). Mestre em Literatura e Ciência da Mídia pela Universität Trier (Alemanha, 2001) e graduada em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia (1985). Coordenadora do projeto Filmografia Baiana. Pesquisadora do CULT (Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura). Membro da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), que presidiu no biênio 2014-2016. Entre 2012-2014 exerceu o cargo de assessora de formação em cultura na Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Maya Cade
Criadora do Black Film Archive, um repositório que celebra a rica e abundante história do Cinema Negro a partir dos Estados Unidos. Projeto em constante atualização, busca reunir filmes realizados entre 1915 e 1979 sobre pessoas negras que estejam disponíveis nas plataformas de streaming. O primeiro rascunho do Black Film Archive foi criado em junho de 2020, em uma thread no Twitter. Além disso, também atua como estrategista de formação de público na The Criterion Collection, principal distribuidora mundial em home video de filmes de arte. Maya é formada em Jornalismo pela Howard University, uma das principais universidades negras dos EUA.

Terri Francis
Autora do livro Josephine Baker’s Cinematic Prism (Indiana University Press, 2021), é também professora associada de Cinematic Arts e diretora associada do Inclusive and Critical Publics da Universidade de Miami. Entre 2017 e 2021 dirigiu o Black Film Center/Archive (Universidade de Indiana), instituição estabelecida em 1981 como repositório de materiais e filmes feitos ou sobre pessoas negras. O Black Film Center/Archive tem entre seus objetivos expandir a coleção de filmes históricos e contemporâneos do Cinema Negro e fomentar a criação fílmica por realizadores independentes negros. Durante seu período à frente da instituição, Francis assegurou a aquisição dos materiais do cineasta pioneiro Paulin Soumanou Vieyra, além de ter estabelecido novas parcerias e programas voltados a pesquisadores visitantes e a curadores.

Hernani Heffner
Pesquisador, graduado em Comunicação Social/Cinema pela UFF. Começou a carreira profissional na Cinédia em 1986, onde trabalhou com levantamento de fontes e dados e coordenou a restauração de filmes como Ébrio, Alô! Alô! Carnaval! e Bonequinha de seda. Ingressou na Cinemateca do MAM-RJ em 1996, passando pela Curadoria de Documentação e Pesquisa, assumindo em 1999 o cargo de conservador-chefe e, em 2020, o de gerente da instituição. No ano seguinte passou também a lecionar em diversas universidades e cursos livres, como UFF, Fundação Getúlio Vargas, Fundação de Artes do Paraná, Usina João Donato, Vila das Artes e PUC-Rio. É autor da pesquisa e do roteiro do vídeo A lógica do silêncio, sobre a atuação da censura durante a ditadura civil-militar. Escreveu mais de 100 verbetes para a Enciclopédia do Cinema Brasileiro, bem como dezenas de artigos e textos para catálogos, revistas e livros. Foi curador do Festival Cine Música, de 2007 a 2014, e da temática Preservação da Mostra de Cinema Ouro Preto – CineOP, de 2012 a 2016, além de inúmeras mostras para instituições como CCBB, Caixa Cultural e Sesc, e de exposições sobre cinema no MAM-RJ. É o idealizador da série /lost+found, sobre preservação audiovisual, atualmente em finalização.

Luiz Antonio Santana da Silva
Autor do livro Documentos audiovisuais: reflexões no contexto arquivístico brasileiro (2020), publicado pela editora Alexa Cultural/Editora UFAM. É Professor Adjunto I no curso de Arquivologia na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Doutor e Mestre em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Campus de Marília. Integra o Grupo de Estudos em Relações Públicas da Faculdade de Informação e Comunicação (UFAM). Dentre seus interesse de pesquisa estão a arquivologia; gestão de documentos e informações; documentação audiovisual e iconográfica; ambiente e objetos digitais.

Gabriel Martins
Nasceu em Belo Horizonte e é radicado na periferia de Contagem. Graduou-se na Escola Livre de Cinema/BH e em Comunicação Social com Habilitação em Cinema e Vídeo, em 2010, no Centro Universitário UNA. É sócio-fundador da produtora Filmes de Plástico, junto a André Novais Oliveira, Maurílio Martins e Thiago Macêdo Correia. Entre seus principais trabalhos como diretor estão os curtas Rapsódia para o homem negro e NADA e o longa No coração do mundo (codirigido por Maurilio Martins).

Keila Serruya
Artista visual, realizadora audiovisual e produtora, natural de Manaus (AM), onde vive e trabalha. Concebeu e dirige o projeto Direito à Memória, que trabalha em prol da visibilização de figuras negras importantes para a história do Amazonas. Formada em Comunicação Social pelo ProUni, é também especialista em gestão de produção cultural pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Compreende a rua como espaço de diálogo com a cidade, produzindo instalações audiovisuais que exibem filmes, fotos e videoartes. Utiliza a fotografia e o audiovisual como ferramentas para propor autoestima e questionar apagamentos de pessoas negras. Atualmente utiliza seu corpo como protagonista na construção de suas obras. Tem vasta experiência em direção de produção de projetos audiovisuais como séries e curtas, além de produção de mostras, festivais e espetáculos de diversas linguagens artísticas. Gestora do Grupo Picolé da Massa, membra da APAN Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro e do Coletivo Tupiniqueen.

Daniela Giovana Siqueira
Professora dos cursos de Jornalismo e Audiovisual da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), é doutora em ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA/USP e mestre em história e culturas políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desenvolve pesquisas com foco no estudo das relações entre cinema, história e memória, com desdobramentos no campo da preservação audiovisual. Coordenadora o projeto de extensão “O audiovisual nas escolas: construindo o conhecimento a partir de imagens e sons”. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa História e Audiovisual: Circularidades e Formas de Comunicação, da Universidade de São Paulo.

Mauricio Lima
Ator, bailarino e performer formado pela Escola de Teatro Martins Pena e graduando do curso de Teoria da Dança, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atua junto ao grupo Teatro de Extremos e ao Coletivo Líquida Ação, em paralelo à sua pesquisa artística autônoma. Em seu trabalho autoral, tensiona as questões ético-estéticas relacionadas à negritude contemporânea latino-americana, suas identidades e ancestralidades.


Como participar

Inscrições a partir de 18/10/2021.

Quando
De 8 a 12/11/2021, segunda a sexta.

Curso online
Grátis. Necessária inscrição prévia.
5 encontros online via plataforma Zoom.

Vagas
A oficina dispõe de 30 vagas, selecionadas a partir de formulário de inscrição e observando critérios de gênero e regionalidade.

Inscrições e seleção
As inscrições estarão abertas dos dias 18 a 26/10 e terão um limite de 100 inscritos.

Serão observados critérios de gênero e regionalidade ao escolher as pessoas selecionadas.
Até a data de 2/11 todas as pessoas selecionadas serão avisadas por e-mail sobre o aceite da inscrição.


Instituto NICHO 54

Lançado em novembro de 2019, o Instituto NICHO 54 atua no fomento às carreiras de profissionais negras, negres e negros do audiovisual no Brasil. Atento à necessidade de um trabalho que contemple os diferentes pontos do setor, nossa atuação está estruturada em três pilares: Curadoria, na qual apostamos na construção de um outro imaginário acerca das vidas negras; Formação, que compreende tanto o aprendizado técnico quanto o compartilhamento de saberes; e Mercado, por meio da qual sensibilizamos agentes contratantes no que tange à presença negra.

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