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TV CORAGEM: 2ª TEMPORADA

A Segunda Temporada da TV Coragem fomenta e experimenta formatos alternativos de produção e distribuição audiovisual através de obras (comissionadas ou disponibilizadas) provocadas por um convite-correspondência inspirado no longa-metragem De cierta manera (1977), de Sara Gomez, que radicaliza o imaginário sobre a classe operária moradora dos bairros pobres de Havana após a Revolução Cubana.

O programa de filmes disponível reflete o interesse na ideia de espaço como algo produzido e percebido no tensionamento entre a vida cotidiana e o drama social.

Cena de Allegro Ma Non Troppo, de Everlane Moraes.
Allegro Ma Non Troppo, de Everlane Moraes
Documentário, 6min, colorido. Havana/Cuba, 2016. LIVRE

Uma investigação acerca da vaidade e da autorrepresentação que constituem parte da juventude negra e periférica cubana na cidade de Havana.


Caminhada Lunar, de BaixadaCine
Ficção,13min, colorido. Belford Roxo, Rio de Janeiro, 2021. LIVRE

Um jovem casal da Baixada Fluminense compartilha seus desejos e diferenças em 2009, quando um fato comum lhes une a atenção.

Cena de Caminhada Lunar, de BaixadaCine.

Cena de Espelhos, de biarritzzz.
Espelhos, de biarritzzz
Filme experimental/Vídeo, 2 min 28 seg, colorido. Recife/São Paulo/Rio de Janeiro, 2021. LIVRE

Esse videopoema é um caminho de andança para dentro e para fora, para frente e para trás. Navego em dimensões onde o tempo se faz labirinto, e onde tudo o que já se viveu retorna em pequenas eternidades. Dos grãos de areia se fizeram os espelhos da vida, e neles habitam multidões ancestrais. A partir de um poema escrito em espiral, acompanha o trajeto do arquivo 2D para o tridimensional de uma impressora 3D, cujos pontos e palavras adquirem profundidades outras no espaço-tempo tido como virtual.


Destino, de Jéferson Vasconcelos
Filme híbrido, 14min, colorido. Rio de Janeiro, 2021. LIVRE

Observação sobre deslocamentos ordinários na cidade. Sobretudo na perspectiva dos condutores e usuários do transporte alternativo. Centro <> Sepetiba via Av.Brasil, domingo. Aleatoriedade de situações e paisagens que impõe lentidão aos indivíduos perante o fluxo de veículos em alta velocidade.

Cena de Destino, de Jéferson Vasconcelos

Cena de Tropicaos, de Rafael Bqueer, 2020.
Tropicaos, de Rafael Bqueer
Videoperformance, 4 min, colorido. Bahia, 2020. LIVRE

Tropicaos é um dos desdobramentos de uma série de ações performáticas com roupas costuradas em objetos, estruturas instalativas e cenográficas.
O tecido estampado remete aos estereótipos da tropicalidade, do imaginário romântico de Macunaíma, o trocadilho com a palavra caos nos leva a reinterpretar a nossa própria realidade brasileira, em suas invisibilidades e signos do imaginário nacional. A destruição do tecido fala sobre romper com as expectativas de um corpo dócil, de uma imagem confortável.


Sobre os artistas

Everlane Moraes
Diretora de curtas-metragens como Pattaki (2019) e Aurora (2018). Seus filmes foram exibidos em festivais, galerias e VOD como Sundance, Rotterdam, BFI, Womxn in Windows e premiados no Göteborg Film Fund (2021), IDFA Bertha Fund 2021, Sundance Institute Documentary Fund 2021.

Foto: Sundance Institute

 

BaixadaCine
É um coletivo de pessoas ligadas ao cinema e à produção cultural na Baixada Fluminense, que acreditam na democratização do acesso ao cinema atuando com produção, exibição e formação cinematográfica.

 

 

biarritzzz
Artista transmídia de Recife, investiga a falsa questão da tecnicidade x amadorismo / ciência x magia na criação de realidades, a partir das interações entre o mundo das imagens e os corpos não hegemônicos. Remixa cultura pop, videoarte, política de memes, estéticas de videogame e poesia.

Foto: DESNA

 

Jéferson Vasconcelos
Nascido e morador da Maré. Graduando em Ciência Política na UNIRIO, com formações múltiplas pela Escola de Fotógrafos Populares, UCLA Extension, Nextimagem/UFRJ. Diretor e roteirista dos curtas-metragens [In]consciência e Jorge e do documentário longa-metragem Brizolão.

Foto: Valda Nogueira

 

Rafael Bqueer
Artista que atua com fotografia, vídeo e performance. Na sua obra traz os desfiles de samba, arte drag e cultura periférica para questionar os símbolos de poder e a ausência de narrativas afro-brasileiras e LGBTIA+ na arte. Expôs seu trabalho em exposições nacionais e internacionais.

Foto: Caio Lirio

Sobre o Escuta Festival

O Escuta Festival é um evento integrado por manifestações de artistas e agentes culturais de múltiplos territórios periféricos do Rio de Janeiro. Em sua terceira edição, a ser realizada nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2021 no espaço virtual do Instituto Moreira Salles e na TV Coragem, busca refletir e colocar em questão as cenas artísticas contemporâneas, o acesso e a permanência ao trabalho dos artistas, trazendo para o centro da discussão os artistas periféricos como reinventores dos espaços reais e imaginários, além da esperança e do respeito à intergeracionalidade.

O festival foi concebido e realizado por uma curadoria coletiva de artistas e articuladores culturais, bem como por comunicadores e produtores de territórios da metrópole fluminense, para construir estratégias de articulação coletiva, formas de expressão, construção e manutenção de redes de apoio ao fazer artístico. A culminância deste processo pode ser vista, apreciada e experimentada na programação do Escuta Festival 2021.