Curso
com Paulo Aragão
Parte de Rádio Batuta apresenta
Quando
9, 16, 23 e 30 de maio de 2019, quintas, das 19h às 21h
Ingressos
Vendas pelo Eventbrite. Mais informações em Como participar
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP
Um passeio auditivo e visual por um período fervilhante da história musical brasileira, quando uma música de sabor único aparece por aqui – decorrente da fascinante síntese de experiências musicais bastante distintas (música de câmara, música dos bailes, ópera, música das bandas de sopros e música negra) que conviviam e se misturavam nas ruas do Rio de Janeiro do final do século XIX. De meados da década de 1870 até a época de ouro do rádio, nos idos de 1930, surgem as bases de músicas populares urbanas como o choro e o samba, que se consolidariam depois como das mais antigas e tradicionais do Brasil. Serão ouvidas e analisadas a obra dos compositores mais importantes do período, com destaque para Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha – compositores cujos acervos estão sob a guarda do IMS.
O curso é aberto a todos, não necessariamente a músicos, não sendo necessário nenhum conhecimento técnico sobre o assunto.
R$ 200, por 4 encontros
45 vagas
Vendas apenas pelo Eventbrite
Estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 50% de desconto em todos os cursos, mediante apresentação de documento comprobatório no dia do evento.
É músico, fundou e integra o Quarteto Maogani de Violões, que recentemente recebeu o 26º Prêmio da Música Brasileira como melhor grupo instrumental. Como arranjador, já trabalhou ao lado de Guinga, Francis Hime, Dori Caymmi, Mauricio Carrilho, Nailor Proveta e Monica Salmaso, entre outros. Suas composições e arranjos já foram tocados por orquestras brasileiras e internacionais. Foi consultor do acervo de Música do IMS entre 2009 e 2017.
1) Os primórdios da música popular no Império (1870-1890)
O intenso cenário musical do Império: temporadas de óperas, clubes de música de câmara, a cidade dos pianos, as lojas de música, os bailes imperiais; a música que vai dos salões para as ruas. A “primeira geração” de gêneros abrasileirados: polcas, schottischs, valsas, tangos brasileiros, quadrilhas. Simplicidade e sofisticação nas melodias e na rítmica de Chiquinha Gonzaga. Henrique Alves de Mesquita, Joaquim Callado.
2) Ernesto Nazareth e seu tempo (1890-1910)
A “segunda geração” de gêneros abrasileirados: choros e maxixes. Nazareth e o refinamento das texturas. O fechamento de um ciclo: a música que volta das ruas para o piano. A questão “tango brasileiro versus maxixe”. Anacleto de Medeiros, Mário Álvares, Irineu de Almeida.
3) A consolidação de uma linguagem (1910-1927)
Estilo, instrumentação e forma nas primeiras gravações. Primeiros passos de Pixinguinha: as obras da década de 1910, a fixação e as experiências formais. Tradição e modernidade em Pixinguinha: um ouvido aberto. Maxixe versus samba.
4) A música brasileira segundo Pixinguinha (1928-1940)
O mediador: o encontro de muitas tradições musicais nos arranjos de Pixinguinha. O apogeu do arranjador: a fixação de uma sonoridade brasileira no samba e nas marchinhas. O apogeu do compositor: o manejo da forma, da instrumentação, da polifonia. Os legados de Pixinguinha.