Assista ao registro em vídeo da conversa de Rafael Bqueer com Paulete Lindacelva e Symmy Larrat após a projeção do projeto Themônias, série com quatro curtas-metragens, selecionado na Bolsa ZUM 2020. O evento marcou o Dia da Visibilidade Trans na programação do IMS Paulista.

Thêmonias

Rafael Bqueer | Brasil | 2022, 23 min., Livre, Digital

O filme O nascimento apresenta Uhura Bqueer como uma drag alienígena que nasce em meio ao desmatamento da floresta amazônica na cidade de Manaus. Durante a ação, surgem imagens de focos de queimadas enquanto seu corpo é tomado pelo fogo, em uma luta por sobrevivência em meio à destruição de seu solo ancestral.

Em A bela é ploc, a drag-themônia Tristan Soledade incorpora um espírito ancestral da revolta popular da cabanagem em uma performance de bate-cabelo. Sua dança, o som e a visualidade criam contraste com a arquitetura do Palacete Bolonha, um prédio de estilo francês do início do século XX, do período da Belle Époque. A ação questiona o desejo colonizador de europeização da Amazônia no período da extração da borracha e ironiza a herança desse pensamento nos dias de hoje. O bate-cabelo como ação artística, política drag-themônia e decolonial.

Em Torre de Babildre a artista drag-themônia Monique Lafond usa passos e coreografias de vogue-ninja para uma performance de luta contra a estátua da liberdade da loja da Havan, em Belém. Cultura local e global se colidem para questionar o imperialismo estadunidense, elaborando um contra-ataque e a retomada da paisagem urbana da cidade e do imaginário cultural da Amazônia.

Em Hierogritos, treze themônias invadem o mercado do Ver-o-Peso, anunciando a presença do coletivo das drag-themônias na cidade de Belém. Uma performance sonora, onde o público pode conhecer o significado político e ancestral dos hierogritos, uma forma de proteção, ataque e demarcação de território criado pelas themônias durante a ocupação de espaços públicos da cidade. Corpas que emanam sons, vibrações e energias em um ritual coletivo para extravasar tudo aquilo que sufoca.

Após a exibição dos quatro curtas-metragens, Rafael Bqueer, Paulete Lindacelva e Symmy Larrat participam de uma conversa.

Rafael Bqueer | perfil no Instagram
Tem formação pelo curso de Artes Visuais da UFPA. Trabalha com performance e vídeo, investigando arte e ativismo LGBTQIA+ na Amazônia e práticas dissidentes na vivência entre cultura drag, moda, artes visuais e escolas de samba. (Foto: Caio Lirio)

Paulete Lindacelva | perfil no Instagram
É curadora independente, DJ, artista visual e apresentadora. Sua pesquisa tem como foco de interesse questões raciais, desobediência de gênero e políticas de afirmação. (Foto: Tiago Franco)

Symmy Larrat | perfil no Instagram
É presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). Foi coordenadora do Programa Transcidadania da prefeitura de São Paulo e coordenadora nacional LGBT no governo de Dilma Rousseff. Coordena a Casa Neon Cunha em São Bernardo do Campo (SP). (Foto: acervo pessoal)

Quando
29/1/2022, sábado, às 17h

Entrada gratuita
* Mediante apresentação do certificado de vacinação e documento oficial com foto.
50 vagas.
Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Os filmes serão exibidos com legendas e o debate terá interpretação em Libras.

Vacine-se. Use máscara sempre, lave as mãos e use álcool em gel. Evite aglomerações.