As mulheres da arte urbana na construção da Rede Graffiteiras BR
Roda de conversa
Com Ana Clara Marques, Carol Itza e Om - Tpm crew
Quando
26/8/2023, sábado, 17h
Evento gratuito
Vagas limitadas.
Mais informações abaixo
IMS Paulista
Sala de aula - 2º andar
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP
O Graffiteiras BR é uma rede de mulheres graffiteiras/artistas urbanas que surgiu por necessidade do reconhecimento e fortalecimento das mulheres no graffiti e no espaço social-urbano. Ela se iniciou em meados de 2003 virtualmente, através de um grupo de e-mail. Ana Clara Marques, Fernanda Sunega e Marcela Zaroni encontraram-se na internet depois de anos pesquisando e tentando buscar mais mulheres na cena. Fundaram a Rede com o objetivo inicial de montar encontros e mostras de graffiti criados e geridos por mulheres. Nesta conversa todo o processo de construção da Rede Graffiteiras Br será apresentado de forma dialogada.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Apoio:
Ana Clara
Grafiteira, educadora e socióloga, foi criadora da Crew Só Calcinha em 1997 e uma das fundadoras da Rede Latina Graffititeiras Br. Organizou encontros nacionais com mulheres artistas para registrar sua atuação em diversos estados. Participante do Grupo de Intervenção Feminista Maçãs Podres, em que realiza estudos de gênero e sexualidade. Também atua nas ruas e faz arte digital buscando ampliar as formas de acessar os conhecimentos referentes aos processos de opressão e misoginia.
Carolina Itzá
Grafiteira, educadora e artista visual, de ascendência asiática. Mora na periferia sul de São Paulo e iniciou sua trajetória fazendo pixação de bairro e tendo os primeiros contatos com o hip hop em oficinas na escola. Migrou para o graffiti com o fortalecimento da cena feminina e hoje transita entre diversas linguagens, instigando questionamentos sobre memória social, corporalidades e território. Integra a Rede Graffiteiras BR e Graffiti Mulher Cultura de Rua.
Om - TPM Crew
Nascida no Rio de Janeiro, autodidata, é uma das pioneiras do graffiti feminino na cidade. Seus trabalhos trazem formas delicadas e psicodélicas, além de letras de diferentes estilos. Em 2002 se junta ao TPM Crew, primeiro grupo de graffiti feminino carioca, um dos primeiros da América Latina, atuante há 23 anos. Participou de várias exposições, entre elas Estética da periferia (Centro Cultural Correios), Movimento periférico (Sesc RJ) e Fayga revisitada (Sesc Niterói). Já realizou trabalhos em países como Suíça, Espanha, França e Itália.
Aline Lorenzon
Designer de moda, artista visual, artista-educadora e grafiteira. Residente em São Paulo, começou no graffiti em meados de 1997 e integra a crew TSC. Seu trabalho com letras engloba os estilos throw up e wildstyle. Também desenvolve personagens, sempre retratando a figura feminina.
Babi Lopes
Tem 26 anos, é artista visual, técnica em Artes Visuais e Design de Moda e estudante de História da Arte na Unifesp. Expressa afetos por meio de pinturas, graffiti, murais, ilustrações e esculturas. Sua pesquisa mais recente investiga as cosmovisões ancestrais sobre o tempo e a relação de pessoas negras com a memória e o passado. Fez projetos de ilustração para Museu das Favelas e Sesc. Compõe o time de ilustradores do blog Sou Ciência na Folha de S. Paulo e desenvolve projetos artísticos para o Canto Baobá.
Bonnie
Nascida e criada em Mauá, no ABC paulista, tem 39 anos, é mãe, marceneira sustentável, pintora residencial/comercial, muralista e artista de rua. Atuante no movimento hip hop desde muito jovem, utiliza as linguagens do graffiti e da pixação desde 2013 e vem aprimorando seus conhecimentos e técnicas para retomar territórios. Organiza desde 2018 o projeto Grapixurras das Minas, que reúne por cada edição mais de 120 mulheres pintando e despejando arte.
Caótica
Nascida em Juiz de Fora (MG), envolvida com graffiti desde a adolescência, vem aprendendo a experimentar e transitar entre mídias, meios e suportes. Explora a fluidez da linha, a compulsão de criar e todas as possibilidades sensíveis da vivência urbana. Entre a rua e a cozinha, a percepção de pequenos detalhes e a possibilidade de movimentar, criar, enxergar e pensar outros caminhos e novas fórmulas. Entre as relações, laços, trocas, soma e energia.
Carolina Itzá
Grafiteira, educadora e artista visual, de ascendência asiática. Mora na periferia sul de São Paulo e iniciou sua trajetória fazendo pixação de bairro e tendo os primeiros contatos com o hip hop em oficinas na escola. Migrou para o graffiti com o fortalecimento da cena feminina e hoje transita entre diversas linguagens, instigando questionamentos sobre memória social, corporalidades e território. Integra a Rede Graffiteiras BR e Graffiti Mulher Cultura de Rua.
Luíza Gancho
Artista urbana desde 2012, atuando coletivamente nos grupos Graffiti Mulher e Cultura de Rua e hoje se articulando com o Graffiteiras BR. Nas ruas, realizou graffitis em diferentes quebradas da cidade de São Paulo, além de ter pintado uma empena na Zona Leste em 2022. Seu mais recente trabalho foi um mural em homenagem ao Dia das Mães em Caeté (MG). Sua arte alude a imagens culturais da América Latina, ao universo das mulheres e a figuras orgânicas.
Nay HC
Artista-educadora, oficineira, tatuadora e mãe. Graduada em Artes Visuais e Pedagogia, ensina graffiti na Fundação Gol de Letra.
Negana
Artista visual, muralista e educadora, nascida em João Pessoa (PB) em 1988 e radicada em São Paulo. Seu trabalho tem influência da cultura e da estética preta, com ênfase na figura da mulher negra como elemento principal. Sua arte reflete questões sobre raízes e espiritualidade, com obras que evidenciam existências apagadas pelo padrão social, contribuindo para o empoderamento da comunidade negra e criando cenários de futuros possíveis.
Nenesurreal
Mulher negra, periférica, mãe, avó, artista visual, curadora, artesã, educadora social, escultora, pintora e graffiteira, criadora da grife NeneSurreal. Começou a trajetória artística em vivências diárias, tendo sido aprendiz de artesã com a avó. Hoje atua como multiplicadora, fazendo mulheres, crianças e adolescentes transformarem o aprendizado em geração de renda. Participou de exposições em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, Sesc, Casa da Imagem e Museu do Ipiranga e de eventos em Viena, na Áustria, como o Festival de Arte e Ativismo Wienwoch.
Veronica Nuvem
Designer gráfica, artista visual autodidata e graffiteira. Desde 2006 pesquisa usando linguagens da arte urbana, como stêncil, colagem e graffiti. Sua poética é norteada pela retomada de memórias originárias e tecida pela medicina subversiva do afeto entre mulheres. Idealizou dois mapeamentos no cenário da arte urbana, Graffiteiras Indígenas e Sapatão das Tintas, para visibilizar e fomentar a produção dessas artistas. Arte-educadora, já facilitou oficinas de graffiti para jovens em medida socioeducativa, eventos culturais, escolas e crianças e jovens de movimentos de direito à moradia.
Quando
26/8/2023, sábado, 17h
Onde
IMS Paulista
Sala de aula - 2º andar
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP
Entrada gratuita
Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais)
Arte e cultura nas bordas da metrópole
O Encontro Estéticas das Periferias chega a sua 13ª edição em 2023. Realizado desde 2011, a trajetória do evento foi ininterrupta até aqui. Durante esse período, formou-se a rede que lhe dá sustentação política, formada atualmente por 52 coletivos. Uma articulação que preferimos chamar de grupo curatorial. E isso não é retórica. A partir dessa curadoria coletiva, o evento se torna participativo, descentralizado, territorializado e distributivo. Temos assim uma cadeia de efeito que revela o conceito por trás desse que se tornou uma das mais importantes mostras da arte e da cultura que é produzida nas bordas da metrópole paulistana.
A Área de Educação do IMS formula e realiza programas para as suas três unidades: Rio de Janeiro, Poços de Caldas e São Paulo, alinhando ações para promover a fruição de exposições diversas, incluindo as mostras dos acervos do IMS. Os programas são dirigidos aos mais variados públicos, de diferentes perfis e faixas etárias, visando a sensibilização, o estímulo à experiência artística e estética, o incentivo ao pensamento crítico e reflexivo sobre arte, cultura e memória, em especial sobre a imagem fotográfica. São atividades frequentes as visitas mediadas, os ateliês de férias, os projetos continuados em parceria com escolas, e com associações e lideranças comunitárias, encontros com professores, formação interna, atividades para famílias e ações de acessibilidade.
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