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Arquivos de Imagens de Povos Indígenas

Seminário

Ciclo de encontros relacionado à exposição Xingu

Quando

29 e 30/6/2022, quarta e quinta

Evento gratuito

Mais informações abaixo

Online

Através do YouTube e do Facebook do IMS

Ritual do Jawari no Alto Xingu, em 1955. Foto de Henri Ballot. Acervo Instituto Moreira Salles

O seminário discute questões que se apresentam para instituições, pesquisadores e artistas que lidam com acervos históricos de filmes e fotografias de povos indígenas. Como avançar na identificação dessas imagens? Como expô-las? Como criar a partir delas novas obras e discursos? E como se dá a participação dos indígenas nesses processos? O seminário é um evento preparatório para a exposição Xingu, que será realizada no IMS Paulista a partir de outubro de 2022.

 

Transmissão ao vivo com interpretação em Libras pelo YouTube e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.

 

29/6/2022, quarta


Mesa 1, 14h: Acervos

Com Marlene Moura, Thiago da Costa Oliveira e Vanessa Cavalcante. Mediação de Roberta Zanatta

Historicamente, imagens de indígenas produzidas por não indígenas foram arquivadas com informações insuficientes ou incorretas. Como requalificar a identificação de pessoas, lugares e situações retratadas nesses acervos?

Marlene Moura
É doutora em Antropologia pela Universidade Marc Bloch de Strasbourg (2000). Atualmente, é professora titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás e integra o Programa de Pós-Graduação em História/PUC Goiás. Participa do grupo de Pesquisa sobre Patrimônio Cultural do CNPq e coordena o projeto de Pesquisa de Qualificação das Imagens da Coleção Audiovisual Jesco Puttkamer.

 

Thiago da Costa Oliveira
Antropólogo, curador e documentarista. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado no Museu Etnológico e no Jardim Botânico, Museu Botânico em Berlim. Desde 2011, atua em colaboração com comunidades indígenas da Amazônia em contextos relacionados a museus. Coleções etnográficas, de história natural e acervos audiovisuais são usados como ponto de partida para se pesquisar a arte, o território e a tecnologia da floresta amazônica e de seus povos, bem como os limites das ciências e tradições de conhecimento ocidentais em compreendê-los.

 

Vanessa Cavalcante
Historiadora de formação, atualmente cursa o doutorado no Programa de Pós Graduação em História da UNIRIO. Atua desde 2008 na área de catalogação e difusão de acervos tendo passado por instituições como CPDOC/ FGV e Museu da Imagem e do Som (MIS/RJ). Desde 2019 integra o Núcleo de Catalogação e Difusão do Acervo IMS.

 

 

Roberta Zanatta
É responsável pela gestão do banco de dados e pela difusão de acervos em formato digital do IMS. Atua na área de pesquisa, preservação, catalogação e difusão de arquivos fotográficos há 17 anos. Trabalhou em projetos de organização de acervos junto ao setor audiovisual do CPDOC da FGV e ao Departamento de Arquivo e Documentação da Fiocruz. De 2008 a 2012, coordenou o setor iconográfico do Museu da Imagem e do Som do Rio.


Mesa 2, 17h: Museus

Com Gustavo Caboco, Santo Cruz Mariano Clemente Ticuna e Suzenalson Kanindé. Mediação de Ileana Ceron

Quais são os desafios para instituições que abrigam ou expõem acervos de imagens de indígenas? Como pesquisadores e comunidades indígenas podem atuar nesses processos?

Gustavo Caboco
Artista visual Wapichana, trabalha na rede Paraná-Roraima e nos caminhos de retorno à terra indígena Canauanim. Sua pesquisa se produz nos encontros com os parentes e é apresentada através de desenhos, bordados, textos, vídeos, murais, performances e objetos.

 

Santo Cruz Mariano Clemente Ticuna
Músico e poeta do povo Ticuna. Possui graduação em Antropologia, Sociologia e Filosofia. Desde 2018 é diretor do Museu Magüta. Trabalhou com educação durante 38 anos e participou de movimentos indígenas, na defesa da preservação da cultura e do meio ambiente e na luta contra a discriminação. Foi presidente da OGPTB (Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues) em 2000 e 2001.

 

Suzenalson Kanindé
Indígena do Povo Kanindé do Ceará, Mestre em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB. Doutorando em História pela Universidade Federal do Ceará. Coordenador do Ponto de Cultura e Memória: Museu Indígena Kanindé. Professor da Escola Indígena Manoel Francisco dos Santos. Membro articulador da Rede Indígena de Memória e Museologia Social no Brasil. Representante da Rede Indígena de Museus Indígenas no Comitê Gestor de Políticas Culturais Indígenas no Ceará.

 

Ileana Ceron
Pesquisadora e historiadora de arte, é mestra em história social da cultura pela PUC-Rio. Foi diretora da Divisão de Artes Visuais no Instituto Municipal de Arte e Cultura (RioArte). É autora de Marc Ferrez: uma cronologia da vida e da obra (2019) e coautora da Coleção Palavra do Artista (2000). Organizou os livros Galeria de Artistas: Centro Empresarial Rio 1983-1990 (2020) e Kant: crítica e estética na modernidade (1999). No Instituto Moreira Salles desde 2016, é responsável pelo Núcleo de Pesquisa em Fotografia.

 

30/6/2022, quinta


Mesa 3, 14h: Devoluções

Com Kamikia Kisedje, Renato Athias e Valentina Tong. Mediação de Rachel Rezende

Nos últimos anos, diversas iniciativas têm buscado levar imagens históricas de indígenas de volta aos povos retratados. Como se organizam essas ações? E como se dá o diálogo com as comunidades envolvidas?

Kamikia Kisedje
Do Território Indígena do Xingu, MT. Formado pelo Vídeo nas Aldeias, é videojornalista e fotógrafo. Registra manifestações culturais e políticas que difunde em seu canal na web, é agente multiplicador em oficinas de audiovisual por todo o país e ativista do movimento de discussão das mudanças climáticas. Esta atuação múltipla o torna uma referência para diversas comunidades e cineastas indígenas em formação.

 

Renato Athias
Antropólogo, é professor da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE). Doutor em Antropologia pela Universidade de Paris X (França), estudou mídia e televisão na Universidade de Southampton (Reino Unido). Trabalhou com povos indígenas do Brasil em questões de xamanismo, saúde, depois em antropologia visual em coleções etnográficas e museologia. Publicou livros e artigos e fez filmes enfatizando a política de reconhecimento e o conhecimento dos povos indígenas da Amazônia.

 

Valentina Tong
Arquiteta, fotógrafa e curadora. Foi curadora-assistente do departamento de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles (2014 a 2020). Curadora-assistente das exposições Claudia Andujar: no lugar do outro (IMS, 2015) e Claudia Andujar: a luta Yanomami (IMS, 2018).

 

 

Rachel Rezende
Pesquisadora da imagem, é graduada em jornalismo e mestra em história social da cultura pela PUC-Rio, com especialização em antropologia da imagem pelo NAI-UERJ (2002). Atua há 20 anos na realização de projetos documentais no campo das artes e do audiovisual. No Instituto Moreira Salles desde 2009, trabalha na curadoria, pesquisa e no desenvolvimento de projetos da Fotografia.


Mesa 4, 17h: Reapropriações

Com Gê Viana, Márcia Mura e Yamalui Kuikuro. Mediação de Guilherme Freitas

Como artistas, escritores e pesquisadores indígenas podem fazer uso de imagens de acervo para criar seus próprios trabalhos e desenvolver novos olhares sobre a história e a atualidade dos povos indígenas no Brasil?

Gê Viana
Inspirada pelos acontecimentos da vida familiar e seu cotidiano em confronto com a cultura colonizadora hegemônica e seus sistemas de arte e comunicação, Gê produz colagens decoloniais a partir de imagens de arquivo, criando experimentos urbanos em formato lambe-lambe.

 

 

Márcia Mura
Nome étnico e político de Márcia Nunes Maciel, nome do registro oficial. Tanãmak, nome espiritual recebido por Namãtuyky. Nasceu em Porto Velho (RO), às margens do rio Madeira, território ancestral Mura. Autora do livro Espaço lembrado: experiência de vida em seringais da Amazônia. Faz parte da antologia As 29 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda. Publicou ensaios, contos e poemas. Integra o coletivo Mura de Porto Velho e o Instituto Madeira Vivo. Doutora em História social pela USP,  membra conselheira do movimento Wayrakunas, atua na articulação de mulheres indígenas.

 

Yamalui Kuikuro
Filho de Kumatsi Mehinaku e Yamunua Ipi kuikuro, neto do pioneiro tradutor, lutador e conhecedor da cultura kuikuro Nárru kuikuro. Vive na aldeia Ipatsé Kuikuro, na terra indígena do Xingu – MT. É pesquisador indígena e cantor, tendo escrito a história da vida e da luta de seu avô Nárru Kuikuro.

 

 

Guilherme Freitas
Editor-assistente da revista serrote e professor no curso de Jornalismo da ESPM-Rio.


Como participar

Quando
29 e 30/6/2022, quarta e quinta

Eventos online
Grátis, não é necessário se inscrever antecipadamente.
Transmissão ao vivo com interpretação em Libras pelo YouTube do IMS e opção de legendas automáticas para quem assistir pelo Facebook.


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