Sina de cigarra

O trio Coco de Oyá se junta ao acordeonista Gabriel Levy para homenagear o “rei do ritmo” no mês de seu centenário. O Coco de Oyá é formado por mulheres percussionistas que têm como maior influência o coco de roda, uma referência crucial para o paraibano Jackson do Pandeiro. Compositor e arranjador, Gabriel Levy integra alguns dos principais grupos voltados às músicas do mundo, como Mawaca e Mutrib, aliando esse interesse a um olhar especial para a música nordestina. Além de composições próprias, o repertório dos músicos destaca a obra de Jackson, com canções que o consagraram como autor e intérprete. O show tem ainda como convidado o percussionista pernambucano Mestre Nico.

Ficha técnica
Gabriel Levy - acordeon
Mestre Nico - voz e percussão
Kelli Garcia - voz e percussão (Coco de Oyá)
Rafaella Nepomuceno - voz e percussão (Coco de Oyá)
Mônica Santos - voz e percussão (Coco de Oyá)

Repertório
Coco do norte (Rosil Cavalcanti)
Morena bela (Juarez Santiago e Onildo Almeida)
Zabelê (Jackson do Pandeiro)
Capoeira mata um (Alvaro Castilho e De Castro)
Beija flor (Amor de mentirinha) (Ivo Marins / Jackson Do Pandeiro)
Casa do zé (Jackson do Pandeiro)
Forró quentinho (Almira Castilho)
Sina de cigarra (Delmiro Ramos e Jackson do Pandeiro)
O Canto da Ema (João do Vale, Ayres Viana e Alventino Cavalcanti)
Chiclete com Banana (Almira Castilho e Gordurinha)
Samba do Ziriguidum (Jadir de Castro e Luiz Bittencourt)
Pai Orixá (Edgar Ferreira)
Micróbio do Frevo (Genival Macedo)
A Ordem é Samba (Jackson do Pandeiro e Severino Ramos)
Cantiga do Sapo (Buco do Pandeiro e Jackson do Pandeiro)
Ogum de Malé (Jackson do Pandeiro)
Forró em Limoeiro (Edgar Ferreira)
Terra e Lua (Gabriel Levy)
Rastapé (Gabriel Levy)
Coco pancada (Guluga Roberto)
Coco de Princesa (Mônica Santos)

Oyá, orixá dos ventos e das tempestades, é a homenageada. Guerreira de energia forte se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, assim como nos tambores das tradições afro brasileiras e indígenas, onde a presença feminina não é muito comum e em alguns casos nem é permitida. O trio é formado por mulheres - Kelli Garcia, Rafaella Nepomuceno e Mônica Santos - que somam a força da percussão com a energia do sagrado feminino. O coco de roda é a maior influência rítmica, um estilo de origem discutível, muito conhecido no Nordeste, e disseminado culturalmente através do Quilombo dos Palmares. O nome é por conta do ritmo, inspirado na quebra do coco para retirada de amêndoas e sua forma musical é cantada acompanhada apenas por percussão. Outros ritmos da cultura tradicional, como coco rural, da zona da mata norte de Pernambuco, o Baianá alagoano e a Ciranda praieira estão presentes no repertório, com canções autorais e cantigas da cultura tradicional.