Modzain, Baudrillard, Didi-Huberman e Rancière
Curso
Com Ronaldo Entler
Parte de Cursos e oficinas 2019/2
Quando
6, 13 e 27/11 e 4/12/2019, quartas, das 19h às 21h
Ingressos
IMS Paulista
Sala de aula
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP
Existe hoje uma teoria da fotografia? Na segunda metade do século XX, a busca de uma essência própria a essa imagem resultou em obras importantes, mas absolutamente divergentes em suas respostas. De um lado, reconhecemos hoje na fotografia a convivência de vocações diversas que a aproximam outras linguagens. De outro, as imagens alcançam na contemporaneidade uma fluidez que nos convida a pensar a existência de uma cultura visual mais ampla. Este curso introduz o pensamento de quatro autores (Marie-José Modzain, Jean Baudrillard, Georges Didi-Huberman e Jacques Rancière) sobre as imagens, mapeando sua abrangência e, paralelamente, buscando neles respostas pontuais para questões que atravessam o trabalho de quem pesquisa e produz fotografia hoje.
Esgotado (lista de espera disponível).
Quando
6, 13 e 27 de novembro e 4 de dezembro de 2019, quartas, das 19h às 21h
R$200, pelos 4 encontros
45 vagas
Estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 50% de desconto em todos os cursos
É pesquisador e crítico de fotografia, mestre em multimeios pelo IA-Unicamp, doutor em artes pela ECA-USP e pós-doutor pelo Decine-Unicamp. É professor da Faap, onde coordena a extensão e a pós-graduação da Faculdade de Comunicação e Marketing. Edita o site Icônica e é colunista do site da revista ZUM.
1) Marie-José Modzain e a teologia das imagens
Transitando entre o sagrado e o profano, as imagens encontraram no cristianismo um lugar problemático, que resultou em debates sofisticados, mas também em disputas violentas. Ainda assim, as imagens participaram ativamente – como, de certa forma, ainda fazem – da gestão das relações entre uma dimensão material e uma dimensão imaterial da realidade.
2) Jean Baudrillard e a pornografia das imagens
Enquanto as imagens prometem desnudar a realidade por completo, Baudrillard denuncia uma inversão: as imagens moldam a realidade e dissolvem todas as referências que permitem reconhecê-la. Como um dos mais apocalípticos pensadores do século XX, seu pensamento influenciou pensadores, mas também artistas que trabalham com imagens.
3) Georges Didi-Huberman e a patologia das imagens
Com frequência, olhamos para as imagens do passado interrogando “o que o artista quis dizer?”, ou, de modo mais amplo, “o que seu momento histórico expressa?”. Em vez de seu significado, Didi-Huberman busca os sintomas da cultura que, de uma só vez, lançam a imagem para além das intenções do artista e, também, para um diálogo com outros tempos.
4) Jacques Rancière e a política das imagens
Um bem coletivo não está necessariamente disponível a todos, porque a sensibilidade que permite reconhecê-lo é sonegada a uma parte da sociedade. Independentemente de um conteúdo político, Rancière reconhece na produção estética um instrumento eficaz que permite reorganizar a partilha daquilo que é visível, dizível e pensável.
Com destaque para a fotografia e voltada tanto para o público leigo quanto para quem deseja aprofundar os conhecimentos, a programação de cursos contempla também áreas como música, cultura pop e artes visuais, além de dialogar com as exposições em cartaz no centro cultural.