Transgeneridades nas artes e em processos criativos

Em diálogo com a exposição Zanele Muholi: Beleza Valente, o encontro propõe uma reflexão sobre como corpos trans experimentam o mundo por meio da arte, explorando afetos, desejos e intimidades sob uma perspectiva interseccional. Tomando como ponto de partida os processos criativos dos artistas convidados, refletiremos sobre como as performances e práticas artísticas funcionam como estratégias de desobediência de gênero e enfrentamento à construção colonial.

Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Castiel Vitorino Brasileiro
Artista plástica, escritora e psicóloga clínica. Em sua prática multidisciplinar, estuda o mistério entre vida e morte, a chamada Transmutação, e as formas de se locomover entre essas zonas existenciais. É autora do livro Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude (2022). Sua mais recente exposição individual aconteceu em Bruxelas, com o título de A linguagem dos anjos. Integrou a 35ª Bienal de São Paulo, com a obra Montando a História da Vida (2023). Atualmente desenvolve o projeto de longa duração Kalunga: a origem das espécies.

Fefa Lins
É um artista visual pernambucano, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE. Partindo de reflexões sobre corpo, afetos e desejidades de corpo e sexualidade para além das normas hegemônicas binárias. Desde 2016 tem participado de exposições em galerias de arte e instituições como o MASP (Histórias Brasileiras, 2022, e Histórias LGBTQIA+, 2024) e a Pinacoteca do Ceará (Negros na Piscina, 2022). Fefa realizou três exposições individuais, Tecnologias de Gênero na Galeria Amparo 60 em Recife (2021), Vira-casaca na Galeria Verve (2023) e sua mais recente, Um Plano de Corte na Torre Malakoff em Recife (2024). Artista indicado ao Prêmio PIPA em 2022 e selecionado para o ciclo de residências do Pivô Salvador em 2025.

Lia D Castro
Atua de maneira transversal no terreno das Artes Visuais. Há 9 anos é mediadora em espaços expositivos, desenvolvendo esse trabalho de forma concomitante em instituições de arte. Pesquisa as possibilidades de leituras de obras além das camadas de tinta, realizando palestras na Suíça, Vevey e Lausane. Dedica-se ao projeto Seus filhos também praticam, no qual utiliza a prostituição como ferramenta de trabalho e investigação, aproximando-se de garotos com idade entre 18 e 25 anos, brancos, ricos e autodeclarados héteros. Nele, busca cultivar o diálogo e a escuta no domínio da raça, classe, gênero e sexualidade.