Vozes ancestrais, mulheres indígenas

Sentar no chão para ouvir os mais velhos é tradição nas comunidades tradicionais, assim nascem os contadores de histórias. Ouvir o som da floresta, aprender a pescar, a nadar, a fazer farinha, são conhecimentos passados de geração em geração. O ciclo de conversas com autores indígenas nos convida a ouvir e aprender com os que chegaram primeiro no território que hoje chamamos de Brasil.

Vozes ancestrais, mulheres indígenas é o segundo encontro do ciclo de conversas com os autores indígenas, Auritha Tabajara traz sua voz feminina cordelista para a roda. Será no espaço de convivência, no nono andar do IMS Paulista. Venha participar desta manhã que celebra a escrita que rima e canta.

Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Francisca Aurilene Gomes chorou na barriga de sua mãe antes de nascer, em Ipueiras, interior do Ceará. Veio ao mundo em casa, pelas mãos de sua avó parteira, Francisca Gomes, e ganhou o nome ancestral Auritha Tabajara, com o qual assina suas obras literárias. É escritora, cordelista, contadora de histórias e terapeuta holística em ervas medicinais. Com três livros publicados e textos em antologias no Brasil e no exterior, tem participado de várias feiras literárias, como a Flip, em Paraty, e a FestiPoa, em Porto Alegre. Seu principal livro, Coração na aldeia pés no mundo (2018), é altamente recomendado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e inspirou o filme Mulher sem chão, que conta sua história. É a primeira mulher indígena a publicar livros de cordel no Brasil.