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Millôr: obra gráfica

Exposição

Encerrada.
De 16 de abril a 21 de agosto de 2016.

IMS Rio

Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ

Horário

De terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h.

Contato

(21) 3284-7400
[email protected]

Apresentação

Curadoria

Cássio Loredano

Julia Kovensky

Paulo Roberto Pires

Na Internet

#MillorObraGrafica

Imprensa

(11) 3371-4455
[email protected]

A exposição, que fica em cartaz até 21 de agosto de 2016 no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, é a primeira retrospectiva dedicada aos desenhos do humorista, dramaturgo e tradutor Millôr Fernandes. Em 500 originais, os curadores Cássio Loredano, Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires mapeiam os principais temas que estiveram presentes ao longo de 70 anos de produção do artista. Ao ganhar as galerias, os desenhos, feitos principalmente para serem publicados na imprensa, revelam a força e a complexidade de uma obra fundamental para a arte brasileira. Acompanha a mostra um livro que, além de reproduzir os originais, traz ensaios críticos e uma cronologia de vida e obra de Millôr.

A mostra divide em cinco grandes conjuntos a obra gráfica de Millôr, dos autorretratos à crítica implacável da vida brasileira, passando pelas relações humanas, o prazer de desenhar e a imensa e importante produção do “Pif-Paf”, seção que manteve na revista O Cruzeiro entre 1945 e 1963. O acervo de Millôr, que reúne mais de seis mil desenhos e seu arquivo pessoal, está sob a guarda do Instituto Moreira Salles desde 2013.


Os grandes conjuntos

“Millôr por Millôr” traz os desenhos em que o artista encontra-se consigo mesmo. Personagem inventado pelo cidadão Milton Viola Fernandes, Millôr é um desses casos em que criador e criatura tornam-se uma coisa só, com a liberdade de referir-se a si mesmo na terceira pessoa: “Millôr isto”, “Millôr aquilo”, “Millôr avisa”, “Millôr tem razão” etc. Essa parte da exposição apresenta uma coleção de autorretratos e variações do seu próprio nome.

“Pif-Paf, o laboratório” mostra seu primeiro grande trabalho como colunista da revista O Cruzeiro, onde trabalhou de 1945 a 1963. No início da coluna “Pif-Paf”, embrião de tudo o que faria ao longo da sua longeva carreira, Millôr apenas escrevia o texto, ilustrado pelo cartunista Péricles. Pouco tempo depois, assumiria o trabalho todo, texto e desenho. Neste núcleo, estarão expostos os leiautes preparados para a coluna junto com as páginas impressas, para permitir que o visitante conheça o processo jornalístico.

Em “Brasil” e em “Condição humana”, Millôr percorre a vida do país e dos brasileiros tratando com seu humor característico, ácido, desde as grandes questões da política e da economia até os embates cotidianos do homem com a morte, o casamento e a vida familiar. As obras serão apresentadas em seus suportes originais, com anotações e imperfeições que o flagram no ato de criação e, ao mesmo tempo, não o sacralizam. Millôr é apresentado de forma plena, e seu trabalho, da maneira como melhor o entendia: impresso, sobretudo em jornais e revistas.

O último núcleo, “À mão livre”, traz seus exercícios essencialmente visuais, que revelam a primazia e o prazer do olhar. Céus, sóis, cães e gatos, ratos como cobaias, peixes, galinhas, uma dezena delas... São desenhos feitos quando estava ao telefone, ou sem qualquer compromisso de publicação.

Millôr: obra gráfica, exposição e livro, propõe uma visão de conjunto sobre uma obra que, de forma fragmentada, fez e faz parte da vida dos brasileiros.

Desenho para publicação em Veja, 15.02.1978. Acervo Millôr Fernandes / IMS

Sobre Millôr Fernandes

Nascido no Rio de Janeiro e dono de um estilo próprio e de um humor ácido e inconfundível, Millôr Fernandes definia a si mesmo como jornalista. Para os leitores e admiradores, que o acompanharam ao longo dos seus mais de 70 anos de carreira, a definição parece insuficiente. Grande desenhista, escritor e tradutor, Millôr fugiu, desde sempre, do óbvio. Ficou órfão de pai e mãe muito cedo, mas contornou as adversidades da vida e, de maneira autodidata, aprendeu línguas e desenvolveu seu traço e seu texto.

Millôr Fernandes por José Medeiros / Acervo IMS

 


Vídeos

Leitura de Jô Soares - 'Fábulas fabulosas, O rei dos animais'
Em O rei dos animais, da série Fábulas fabulosas, um clássico de Millôr Fernandes, Jô Soares narra a peregrinação do leão em pesquisa para saber se ainda é o rei das selvas.

 

Leitura de Sérgio Augusto - ‘Provérbios prolixizados’
Sérgio Augusto lê os ‘provérbios prolixizados’ do Millôr: “Quando o Sol está abaixo do horizonte, a totalidade dos animais domésticos da família dos felídeos são de cor mescla entre o branco e o preto (À noite, todos os gatos são pardos).”

 

Leitura de Marcelo Rubens Paiva - Pensamentos sobre literatos e literatura
Coube ao escritor e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva a leitura dos pensamentos do Millôr sobre literatos e literatura: “Um escritor para ser genial não precisa ter muitas ideias, bastam que sejam incompreensíveis.”

 

Leitura de Bruna Beber - ‘Compozissõis infantis’
Inspirado no que passa pela cabeça das crianças, Millôr escreveu uma série de ‘compozissõis infantis’, aqui apresentadas na leitura da poeta Bruna Beber: “O beijo no escuro demora mais porque todo beijo no escuro não acaba mais.”

 

Leitura de Gregorio Duvivier - 'Fábulas fabulosas'
Gregorio Duvivier interpreta dois personagens coreanos de uma das ‘Fábulas fabulosas’ de Millôr Fernandes, cuja moral da história é a seguinte: “Nada fracassa mais do que a vitória. E vice-versa.”

 

Leitura de Bianca Ramoneda e Xico Sá - Sexo, amor e casamento
Sexo, amor e casamento, segundo Millôr Fernandes, na interpretação de Bianca Ramoneda e Xico Sá: “Você só compreende o significado profundo de ‘sexo oposto’ quando se casa.”

 

Leitura de Matthew Shirts - Traduções literais
Matthew Shirts empresta seu sotaque americano às traduções literais para o inglês que Millôr fazia de expressões populares brasileiras: “The cow went to the swamp – A vaca foi pro brejo.”

 

Leitura de Antonia Pellegrino - 'Alfabeto concreto'
‘Alfabeto concreto’, livre pensar de Millôr sobre a aparência das letras, em leitura de Antonia Pellegrino: “O ‘B’ é um ‘I’ que se apaixonou por um 3; o b minúsculo é uma letra grávida”.

 

Leitura de Alberto Dines - Máximas sobre jornalismo
Na voz de Alberto Dines, algumas máximas bem-humoradas sobre a prática do jornalismo: “O que prejudica a nossa liberdade de imprensa é a mania de certos cidadãos de se defenderem quando são atacados.”

 

Leitura de Bia Lessa
Você provavelmente jamais vai se olhar no espelho com os mesmos olhos depois de conhecer a crônica que Millôr escreveu sobre seu fascínio pela própria cara. A interpretação é da atriz e diretora Bia Lessa.

 

Leitura de Hubert - 'Fábula fabulosa'
Na leitura do humorista Hubert, a ‘fábula fabulosa’ em que Millôr narra partida amistosa extraordinária: em que um time de insetos reunido pela formiga virou o jogo e estraçalhou a equipe convocada pelo elefante em sua manada.

 

Leitura de Claudius Ceccon - 'Selva selvagia'
O cartunista Claudius Ceccon flagra na leitura da crônica ‘Selva selvagia’ um momento de terror que sacode Millôr Fernandes na hora de escrever: “Estou perdido na terrível floresta da linguagem.”

 

Leitura de Bianca Ramoneda - Ideias
Em crônica com leitura da jornalista Bianca Ramoneda, Millôr conta como nascem, crescem, envelhecem, morrem e ressuscitam certas ideias, aí incluídas as que adquirem sabedoria ou tornam-se senis com o passar do tempo.

 

Leitura de Antonia Pellegrino -'Brasil'
O Brasil e os brasileiros em textos do Millôr com leitura de Antonia Pellegrino: “Todos os países são difíceis de governar, só o Brasil é impossível. É o país mais maravilhoso do mundo, só que o mundo não sabe.”

 

Leitura de Reinaldo Moraes - Poema
Com leitura aqui do escritor Reinaldo Moraes, poema de Millôr diz que “é regra humana: todo homem de bem tem direito a uma canalhice por semana”. Por exemplo: “O amor é cego, mas casar é operação que lhe devolve a visão.”

 

Leitura de Paulo Henriques Britto
A tradução e a língua eram assuntos recorrentes nos textos de Millôr, aqui registrados na leitura do poeta e tradutor Paulo Henriques Britto: “Devemos ser gratos aos portugueses. Não fossem eles, estaríamos até hoje falando o tupi-guarani, uma língua que não entendemos.”

 

Leitura de Reinaldo Moraes e Álvaro Costa e Silva - Ministério de perguntas cretinas
Os escritores Reinaldo Moraes e Álvaro Costa e Silva contracenam na leitura de uma série de textos que Millôr batizou de 'Ministério de perguntas cretinas (com respostas engatilhadas)'.

Exposição encerrada.

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