Uma amizade incondicional: Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje. Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres e a onipresença do mar. Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé apontaram para "um modo de estar no mundo" dos baianos e influenciaram gerações de artistas.
"Quando eu comecei a fazer cinema, meu primeiro filme, Cidade Baixa, a minha primeira ideia foi fazer um filme meio que baseado nas histórias do Jorge Amado, com músicas de Dorival Caymmi e fazer uma espécie de storyboard inspirado nas fotos de Carybé e Verger”, conta Sérgio Machado em entrevista ao portal Meio Amargo. “Quem me convenceu a desistir dessa ideia foi Eduardo Coutinho, que falou 'não, esquece esse negócio de Carybé, Jorge Amado, depois você faz uma homenagem, mas agora – foi o Cidade Baixa – faz um filme seu, contemporâneo. Mas então esses caras estão na minha vida desde muito tempo. Esses caras que, de certa maneira, não sei se foram os inventores, mas certamente os difusores maiores de uma espécie de espírito de baianidade".
“Inicialmente seria um filme sobre as cartas deles, e eu resolvi trazer a coisa do candomblé. O fato de eles serem Obás de Xangô e falar um pouco deles, que são reputados como inventores de uma Bahia. Mas acho que quem inventou a Bahia são Mãe Aninha, Mãe Senhora, que são as mães de santo, mulheres pretas do candomblé. Acho que elas inventaram um jeito de ser baiano e convidaram eles e outros artistas e difusores pra levar essa ideia adiante. Então eu trouxe a ideia dos Obás de Xangô, que é um cargo que só existe na Bahia, que são pessoas que não são iniciadas, que são convidadas em tese por Xangô pra protegerem e fazerem uma ligação entre o candomblé e o mundo que circunda o candomblé".
3 Obás de Xangô teve sua estreia mundial no Festival do Rio em 2024 e saiu vencedor na categoria Melhor Documentário. No mesmo ano, o filme foi escolhido pelo público como Melhor Documentário na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e, em 2025, foi eleito também pelo público como o Melhor Longa-Metragem da Mostra de Cinema de Tiradentes.
Entrevista do diretor Sérgio Machado ao portal Meio Amargo (na íntegra) ►
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Blog do cinema:
Bahia, onde o Brasil não acaba - por José Geraldo Couto ►

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